Dado industrial reforça cenário do BC e juro curto sobe
Alta da produção de bens de consumo levantou o temor de que a inflação fique ainda mais pressionada, influenciando as taxas mais curtas
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2013 às 16h27.
As taxas mais curtas de juros futuros experimentaram um dia de alta nesta sexta-feira, em reação ao resultado da produção industrial acima do esperado em dezembro e à abertura dos dados do indicador, que confirmam as preocupações expressas pelo Banco Central na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O motivo é que a produção de bens de capital seguiu patinando, o que limita a oferta, enquanto os bens de consumo mostraram alta, cenário que pode pressionar ainda mais a inflação. Além disso, a melhora externa, com alta de commodities e Bolsas, ajudou no movimento. As taxas longas, por sua vez, devolveram um pouco da alta vista nos últimos pregões.
Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa para julho de 2013 (111.180 contratos) estava em 7,08%, de 7,05% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (151.210 contratos) marcava taxa de 7,26%, ante 7,22% na véspera. O DI para janeiro de 2015 (308.490 contratos) indicava 7,99%, ante 7,95% no ajuste. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (96.660 contratos) tinha taxa de 8,84%, ante 8,85% na quinta-feira, e o DI para janeiro de 2021 (1.510 contratos) apontava 9,54%, ante 9,58% no ajuste.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial de dezembro ficou estável ante novembro, enquanto a mediana das estimativas do AE Projeções indicava queda de 0,40%. Em 2012, houve queda de 2,70% na produção industrial - pior resultado desde 2009, mas no teto das expectativas, que variavam de -2,90% a -2,70%.
A produção de bens de capital caiu 11,8% no ano passado. Na passagem de novembro para dezembro, houve recuo de 0,8% e, na comparação com dezembro de 2011, o tombo foi de 14,7%, de acordo com o IBGE. Enquanto isso, a produção de bens duráveis avançou 0,5% em dezembro ante novembro e recuou apenas 1% em 2012.
O resultado da equação pode ser mais pressão inflacionária adiante, com a demanda superior à oferta. Também nesta sexta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o IPC-S fechou janeiro em 1,01%. A taxa representa aceleração ante dezembro, +0,66%, mas desaceleração ante a alta de 1,03% na quadrissemana anterior. O resultado ficou abaixo da mediana estimada, de +1,09%. Segundo a FGV, o IPC-S de fevereiro deve ficar em +0,20%, ajudado pelo recuo das tarifas de energia.
No exterior, os indicadores de atividade industrial de China, zona do euro e Estados Unidos trouxeram otimismo para os negócios. A economia norte-americana criou 157 mil empregos no mês passado. Apesar de o valor ser inferior ao esperado (166 mil vagas), revisões feitas em dados anteriores deram sinais mais positivos sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Não obstante, o fato de a taxa de desemprego ter subido de 7,8% para 7,9% deixa distante a possibilidade de o Federal Reserve retirar suas medidas de estímulo à economia.
As taxas mais curtas de juros futuros experimentaram um dia de alta nesta sexta-feira, em reação ao resultado da produção industrial acima do esperado em dezembro e à abertura dos dados do indicador, que confirmam as preocupações expressas pelo Banco Central na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O motivo é que a produção de bens de capital seguiu patinando, o que limita a oferta, enquanto os bens de consumo mostraram alta, cenário que pode pressionar ainda mais a inflação. Além disso, a melhora externa, com alta de commodities e Bolsas, ajudou no movimento. As taxas longas, por sua vez, devolveram um pouco da alta vista nos últimos pregões.
Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa para julho de 2013 (111.180 contratos) estava em 7,08%, de 7,05% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (151.210 contratos) marcava taxa de 7,26%, ante 7,22% na véspera. O DI para janeiro de 2015 (308.490 contratos) indicava 7,99%, ante 7,95% no ajuste. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (96.660 contratos) tinha taxa de 8,84%, ante 8,85% na quinta-feira, e o DI para janeiro de 2021 (1.510 contratos) apontava 9,54%, ante 9,58% no ajuste.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial de dezembro ficou estável ante novembro, enquanto a mediana das estimativas do AE Projeções indicava queda de 0,40%. Em 2012, houve queda de 2,70% na produção industrial - pior resultado desde 2009, mas no teto das expectativas, que variavam de -2,90% a -2,70%.
A produção de bens de capital caiu 11,8% no ano passado. Na passagem de novembro para dezembro, houve recuo de 0,8% e, na comparação com dezembro de 2011, o tombo foi de 14,7%, de acordo com o IBGE. Enquanto isso, a produção de bens duráveis avançou 0,5% em dezembro ante novembro e recuou apenas 1% em 2012.
O resultado da equação pode ser mais pressão inflacionária adiante, com a demanda superior à oferta. Também nesta sexta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o IPC-S fechou janeiro em 1,01%. A taxa representa aceleração ante dezembro, +0,66%, mas desaceleração ante a alta de 1,03% na quadrissemana anterior. O resultado ficou abaixo da mediana estimada, de +1,09%. Segundo a FGV, o IPC-S de fevereiro deve ficar em +0,20%, ajudado pelo recuo das tarifas de energia.
No exterior, os indicadores de atividade industrial de China, zona do euro e Estados Unidos trouxeram otimismo para os negócios. A economia norte-americana criou 157 mil empregos no mês passado. Apesar de o valor ser inferior ao esperado (166 mil vagas), revisões feitas em dados anteriores deram sinais mais positivos sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Não obstante, o fato de a taxa de desemprego ter subido de 7,8% para 7,9% deixa distante a possibilidade de o Federal Reserve retirar suas medidas de estímulo à economia.