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CVM faz plano estratégico para os próximos 10 anos

O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, anunciou a conclusão do Plano Estratégico da autarquia para os próximos 10 anos

Leonardo Pereira, presidente da CVM: “Já temos uma história consistente, mas os mercados estão mudando, não só por causa da crise de 2008, mas pelo que está ocorrendo na sociedade” (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 16h30.

Em entrevista ao blog Arena, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, anunciou a conclusão do Plano Estratégico da autarquia para os próximos 10 anos. Segundo ele, o trabalho de reflexão foi feito pelo órgão ao longo deste ano e incluiu um estudo que ouviu representantes de mercado e da sociedade sobre o papel da autarquia.

O novo Planejamento Estratégico da CVM, divulgado hoje, tem por objetivo repensar o papel do órgão como regulador e fiscalizador do mercado brasileiro de capitais. Para colocar em prática o plano, foi criado o Comitê de Governança Estratégica, que vai trabalhar junto com a Superintendência de Planejamento da CVM.

“Já temos uma história consistente, mas os mercados estão mudando, não só por causa da crise de 2008, mas pelo que está ocorrendo na sociedade”, afirma Pereira. Além de corrigir os erros que levaram à crise de 2008, a nova CVM terá de lidar, por exemplo, com as novas mídias sociais, novas tecnologias e o processo de globalização, que voltou a ganhar força nos mercados.

O trabalho, segundo Pereira, deverá focar em cinco eixos principais: capacitação interna, investimento em tecnologia, educação financeira, aperfeiçoamento do papel de fiscalizador dos mercados e maior presença da CVM junto aos reguladores internacionais.

A CVM deverá investir cada vez mais em sua equipe de profissionais, que já tem um elevado nível técnico, bem como em TI, para acompanhar os novos tempos, afirma Pereira.

Já a ampliação da educação financeira para a população é fundamental e preocupa também outros agentes de mercado, observa. “Os investimentos estão ficando mais complexos, a população está vivendo mais, precisa poupar mais para se aposentar e temos uma classe média mais forte, com mais recursos”, observa.

Na fiscalização , Pereira acredita que é preciso avançar não só na punição. “Devemos aperfeiçoar o trabalho investigatório, a fiscalização, pois os processos sancionadores precisam ser cada vez mais sólidos e fundamentados para desestimular outros a fazerem coisas erradas”, diz.

Outro ponto importante é garantir a participação da CVM nos organismos internacionais de regulação dos mercados. “Somos a sétima maior economia do mundo, um dos maiores mercados de capitais do planeta, e corremos o risco de esses organismos tomarem decisões lá fora que não estejam de acordo com a nossa realidade”, afirma Pereira.

Ele destaca a participação da CVM no Financial Stability Board do G-20, grupo das 20 maiores economias do mundo, bem como na associação internacional das CVMs. “Não podemos ter um mercado de capital tão forte sem ter uma CVM à altura, atuante, atualizada”, afirma Pereira.

O grupo de governança, explica, foi criado em agosto e deve ajudar a colocar em prática os projetos de modernização. “Queremos ter resultados em até quatro anos, pois nosso mercado de capitais vai ter um papel fundamental no desenvolvimento do país”, diz.

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Em entrevista ao blog Arena, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, anunciou a conclusão do Plano Estratégico da autarquia para os próximos 10 anos. Segundo ele, o trabalho de reflexão foi feito pelo órgão ao longo deste ano e incluiu um estudo que ouviu representantes de mercado e da sociedade sobre o papel da autarquia.

O novo Planejamento Estratégico da CVM, divulgado hoje, tem por objetivo repensar o papel do órgão como regulador e fiscalizador do mercado brasileiro de capitais. Para colocar em prática o plano, foi criado o Comitê de Governança Estratégica, que vai trabalhar junto com a Superintendência de Planejamento da CVM.

“Já temos uma história consistente, mas os mercados estão mudando, não só por causa da crise de 2008, mas pelo que está ocorrendo na sociedade”, afirma Pereira. Além de corrigir os erros que levaram à crise de 2008, a nova CVM terá de lidar, por exemplo, com as novas mídias sociais, novas tecnologias e o processo de globalização, que voltou a ganhar força nos mercados.

O trabalho, segundo Pereira, deverá focar em cinco eixos principais: capacitação interna, investimento em tecnologia, educação financeira, aperfeiçoamento do papel de fiscalizador dos mercados e maior presença da CVM junto aos reguladores internacionais.

A CVM deverá investir cada vez mais em sua equipe de profissionais, que já tem um elevado nível técnico, bem como em TI, para acompanhar os novos tempos, afirma Pereira.

Já a ampliação da educação financeira para a população é fundamental e preocupa também outros agentes de mercado, observa. “Os investimentos estão ficando mais complexos, a população está vivendo mais, precisa poupar mais para se aposentar e temos uma classe média mais forte, com mais recursos”, observa.

Na fiscalização , Pereira acredita que é preciso avançar não só na punição. “Devemos aperfeiçoar o trabalho investigatório, a fiscalização, pois os processos sancionadores precisam ser cada vez mais sólidos e fundamentados para desestimular outros a fazerem coisas erradas”, diz.

Outro ponto importante é garantir a participação da CVM nos organismos internacionais de regulação dos mercados. “Somos a sétima maior economia do mundo, um dos maiores mercados de capitais do planeta, e corremos o risco de esses organismos tomarem decisões lá fora que não estejam de acordo com a nossa realidade”, afirma Pereira.

Ele destaca a participação da CVM no Financial Stability Board do G-20, grupo das 20 maiores economias do mundo, bem como na associação internacional das CVMs. “Não podemos ter um mercado de capital tão forte sem ter uma CVM à altura, atuante, atualizada”, afirma Pereira.

O grupo de governança, explica, foi criado em agosto e deve ajudar a colocar em prática os projetos de modernização. “Queremos ter resultados em até quatro anos, pois nosso mercado de capitais vai ter um papel fundamental no desenvolvimento do país”, diz.

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