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Crise da dívida fez bolsas da zona do euro caírem mais de 20% em 2011

A Bolsa mais prejudicada em 2011 era a de Milão, que acumula um retrocesso de 31%, seguida por Paris com 25,82%, o Ibex-35 espanhol com 21,68%, e Frankfurt com 21,49%

A Bolsa de Londres escapa dessa tendência por estar fora da zona do euro, mas também sofre fortes quedas desde o começo do ano (13,09%) (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 18h02.

Redação Central - As grandes bolsas de valores dos países da zona do euro perderam mais de 20% de seu valor neste ano e se aproximam de seus mínimos anuais, arrastadas pela crise das dívidas soberanas.

No fechamento do mercado desta quinta-feira, a bolsa mais prejudicada em 2011 era a de Milão, que acumula um retrocesso de 31%, seguida por Paris com 25,82%, o Ibex-35 espanhol com 21,68%, e Frankfurt com 21,49%.

A Bolsa de Londres escapa dessa tendência por estar fora da zona do euro, mas também sofre fortes quedas desde o começo do ano (13,09%).

Os pregões europeus começaram hoje a jornada com tendência de alta, no que parecia a superação do golpe disparado pelos mercados de dívida do bônus alemão, que ontem só conseguiu colocar 62% do previsto.

As bolsas aguentaram ainda o impacto do relatório emitido ontem pelo Instituto Internacional de Finanças, no qual assegura que a situação na zona do euro "piorou" até cair "em uma nova recessão" e também o rebaixamento da qualificação da dívida portuguesa pela agência de classificação Fitch, que a rebaixou para "bônus lixo".

No entanto, as declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, contra os eurobônus, após uma reunião com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, conseguiram desestabilizar os mercados.

Merkel garantiu que os eurobônus "não são necessários nem apropriados", e acrescentou que "não são uma solução adequada" para reduzir os níveis de dívida dos países da zona do euro.

Os líderes decidiram, após o encontro, impulsionar uma série de reformas nos tratados europeus que não afetariam o mandato do Banco Central Europeu (BCE), ou seja, que não vão permitir que esta instituição compre dívida soberana de forma em massa.

Após estas declarações, as bolsas europeias perderam os lucros acumulados durante a jornada e Milão ganhou um imperceptível 0,03%; Frankfurt perdeu 0,54%; Londres, 0,24%; Madri, 0,23%, e Paris, 0,01%.

Por sua vez, os prêmios de risco europeus também foram afetadas pelas declarações da chanceler alemã, com o que pôs fim às pouco mais de 24 horas de trégua abertas com o leilão de dívida alemã de ontem, que elevou as taxas de juros do bônus de referência e reduziu a pressão sobre os demais.

No fechamento de hoje, Espanha e França conseguiram aguentar a situação e terminaram a sessão melhor que ontem, com o prêmio de risco em 443 e 163 pontos respectivamente, ou seja, com juros de 6,63% e 3,72%.

No entanto, a Itália voltou a ceder e situou seu diferencial em 491 pontos com uma rentabilidade de 6,63%, enquanto a Bélgica voltava a bater seus máximos para se situar em 354 pontos e 5,74% de juros.

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Redação Central - As grandes bolsas de valores dos países da zona do euro perderam mais de 20% de seu valor neste ano e se aproximam de seus mínimos anuais, arrastadas pela crise das dívidas soberanas.

No fechamento do mercado desta quinta-feira, a bolsa mais prejudicada em 2011 era a de Milão, que acumula um retrocesso de 31%, seguida por Paris com 25,82%, o Ibex-35 espanhol com 21,68%, e Frankfurt com 21,49%.

A Bolsa de Londres escapa dessa tendência por estar fora da zona do euro, mas também sofre fortes quedas desde o começo do ano (13,09%).

Os pregões europeus começaram hoje a jornada com tendência de alta, no que parecia a superação do golpe disparado pelos mercados de dívida do bônus alemão, que ontem só conseguiu colocar 62% do previsto.

As bolsas aguentaram ainda o impacto do relatório emitido ontem pelo Instituto Internacional de Finanças, no qual assegura que a situação na zona do euro "piorou" até cair "em uma nova recessão" e também o rebaixamento da qualificação da dívida portuguesa pela agência de classificação Fitch, que a rebaixou para "bônus lixo".

No entanto, as declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, contra os eurobônus, após uma reunião com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, conseguiram desestabilizar os mercados.

Merkel garantiu que os eurobônus "não são necessários nem apropriados", e acrescentou que "não são uma solução adequada" para reduzir os níveis de dívida dos países da zona do euro.

Os líderes decidiram, após o encontro, impulsionar uma série de reformas nos tratados europeus que não afetariam o mandato do Banco Central Europeu (BCE), ou seja, que não vão permitir que esta instituição compre dívida soberana de forma em massa.

Após estas declarações, as bolsas europeias perderam os lucros acumulados durante a jornada e Milão ganhou um imperceptível 0,03%; Frankfurt perdeu 0,54%; Londres, 0,24%; Madri, 0,23%, e Paris, 0,01%.

Por sua vez, os prêmios de risco europeus também foram afetadas pelas declarações da chanceler alemã, com o que pôs fim às pouco mais de 24 horas de trégua abertas com o leilão de dívida alemã de ontem, que elevou as taxas de juros do bônus de referência e reduziu a pressão sobre os demais.

No fechamento de hoje, Espanha e França conseguiram aguentar a situação e terminaram a sessão melhor que ontem, com o prêmio de risco em 443 e 163 pontos respectivamente, ou seja, com juros de 6,63% e 3,72%.

No entanto, a Itália voltou a ceder e situou seu diferencial em 491 pontos com uma rentabilidade de 6,63%, enquanto a Bélgica voltava a bater seus máximos para se situar em 354 pontos e 5,74% de juros.

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