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Copom e produção industrial fazem juros futuros subirem

O Copom manteve a Selic estável em 7,25% ao ano e, em comunicado, indicou chance de o Banco Central rever sua estratégia

Às 11h50, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 tinha taxa de 7,24%, de 7,21% no ajuste de quarta-feira (06) (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 13h17.

São Paulo - A retirada da expressão "suficientemente prolongado", que qualificava o período de tempo em que o juro básico da economia seguiria estável, do comunicado que acompanhou a decisão do Comitê de Política Monetária ( Copom ), na quarta-feira (06), e o resultado da produção industrial em janeiro, nesta quinta-feira, impulsionam os juros futuros.

O Copom manteve a Selic estável em 7,25% ao ano e, no comunicado, indicou chance de o Banco Central rever sua estratégia. Mas ao mesmo tempo não se comprometeu com data, o que divide apostas em torno do início de um ciclo de aperto monetário, a partir de abril ou de maio deste ano.

Na avaliação do economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, "pela sinalização, ficou clara a intenção de subir a Selic, com possibilidade de isso ocorrer em abril". Já o gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, afirmou que "fica a dúvida".

"O BC mudou o tom, conforme esperado, mas não deixou claro uma subida de juros em abril", disse Petrassi. "É preciso ler a ata da reunião", completou, referindo-se ao detalhamento sobre a decisão do Copom, a ser divulgado na próxima quinta-feira (14).

O estrategista do WestLB, Luciano Rostagno, avaliou que o BC "deixou a porta aberta para uma alta, mas sem se comprometer". "Deixou explícito que está abandonando a estabilidade por período prolongado como estratégia mais adequada para a convergência da inflação à meta, mas o 'timing' vai depender da evolução de dados, especialmente de atividade e inflação".


De acordo com Rostagno, o resultado positivo da produção industrial em janeiro, o maior desde março de 2010, favorece o avanço, porque uma recuperação econômica deixaria a autoridade monetária "mais confortável" para ajustar a Selic para cima.

No entanto, "a tendência da indústria é devolver essa alta em fevereiro e só com o fechamento do trimestre teremos ideia se a atividade continuou a ganhar força ou mostra novas dificuldades".

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial aumentou 2,5% em janeiro, ante dezembro, na série com ajuste sazonal.

O resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,80% a 3,10%) e acima da mediana (1,60%). Em relação a janeiro de 2012, a produção da indústria cresceu 5,7%, acima da mediana (4,60%) e dentro das estimativas (1,00% a 5,80%).

Às 11h50, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 tinha taxa de 7,24%, de 7,21% no ajuste de quarta-feira (06), e o DI com vencimento em janeiro de 2014 apontava 7,78%, de 7,67% no ajuste anterior. O contrato para janeiro de 2015 tinha taxa de 8,45%, ante 8,35%. Entre os contratos mais longos, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 9,03%, ante 8,98% na véspera.

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São Paulo - A retirada da expressão "suficientemente prolongado", que qualificava o período de tempo em que o juro básico da economia seguiria estável, do comunicado que acompanhou a decisão do Comitê de Política Monetária ( Copom ), na quarta-feira (06), e o resultado da produção industrial em janeiro, nesta quinta-feira, impulsionam os juros futuros.

O Copom manteve a Selic estável em 7,25% ao ano e, no comunicado, indicou chance de o Banco Central rever sua estratégia. Mas ao mesmo tempo não se comprometeu com data, o que divide apostas em torno do início de um ciclo de aperto monetário, a partir de abril ou de maio deste ano.

Na avaliação do economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, "pela sinalização, ficou clara a intenção de subir a Selic, com possibilidade de isso ocorrer em abril". Já o gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, afirmou que "fica a dúvida".

"O BC mudou o tom, conforme esperado, mas não deixou claro uma subida de juros em abril", disse Petrassi. "É preciso ler a ata da reunião", completou, referindo-se ao detalhamento sobre a decisão do Copom, a ser divulgado na próxima quinta-feira (14).

O estrategista do WestLB, Luciano Rostagno, avaliou que o BC "deixou a porta aberta para uma alta, mas sem se comprometer". "Deixou explícito que está abandonando a estabilidade por período prolongado como estratégia mais adequada para a convergência da inflação à meta, mas o 'timing' vai depender da evolução de dados, especialmente de atividade e inflação".


De acordo com Rostagno, o resultado positivo da produção industrial em janeiro, o maior desde março de 2010, favorece o avanço, porque uma recuperação econômica deixaria a autoridade monetária "mais confortável" para ajustar a Selic para cima.

No entanto, "a tendência da indústria é devolver essa alta em fevereiro e só com o fechamento do trimestre teremos ideia se a atividade continuou a ganhar força ou mostra novas dificuldades".

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial aumentou 2,5% em janeiro, ante dezembro, na série com ajuste sazonal.

O resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,80% a 3,10%) e acima da mediana (1,60%). Em relação a janeiro de 2012, a produção da indústria cresceu 5,7%, acima da mediana (4,60%) e dentro das estimativas (1,00% a 5,80%).

Às 11h50, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 tinha taxa de 7,24%, de 7,21% no ajuste de quarta-feira (06), e o DI com vencimento em janeiro de 2014 apontava 7,78%, de 7,67% no ajuste anterior. O contrato para janeiro de 2015 tinha taxa de 8,45%, ante 8,35%. Entre os contratos mais longos, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 9,03%, ante 8,98% na véspera.

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