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Copa do mundo e integração do BIG: o que deve impactar o resultado do Carrefour no 4º tri?

Entre as pressões do período estão custos e despesas maiores para todoo setor supermercadista

Carrefour Brasil: complexidade da integração do BIG pesa sobre os números (Carrefour/Divulgação)
RB

Raquel Brandão

Publicado em 13 de fevereiro de 2023 às 07h14.

A rede de supermercados Carrefour Brasil (CRFB3), também dona do Atacadão, divulga hoje seus números do quarto trimestre de 2022 e até mesmo a Copa do Mundo, com redução do tráfego de clientes deve ter algum impacto no resultado.

Com recomendação de compra da ação em muitos bancos e casas de análise, a varejista deve demonstrar resiliência das vendas, algo bastante comum do setor alimentar em momento de baixa do varejo. Mas entre as pressões do quarto trimestre estão despesas maiores para os supermercadistas e, no caso do Carrefour, impactos da integração do BIG.

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Segundo os analistas do Safra, supermercados devem mostrar resiliência quando se pensa em crescimento de receita, apesar haver alguma pressão de custos e despesas, o que faz com que as redes de Assaí e Grupo Mateus sejam destaques positivos. "Para Carrefour temos uma visão mais neutra para os resultados, acreditamos que a integração do Big ainda poderia impactar a performance do trimestre."

A visão é bastante similar à do Itaú BBA, que mantém a ação como uma opção de "short". "Acreditamos que a complexidade da integração do BIG e o período fraco do setor pode continuar a pesar sobre a ação."

O Bradesco BBI diz que as vendas em mesmas lojas do Carrefour Brasil devem crescer 13,5% no varejo e 11% na operação do Atacadão, que opera no modelo atacarejo. A receita total projetada pelo banco é 43% superior em base anual versus o consenso de mercado.

"Esperamos contração na margem bruta, com margem bruta atingindo 18,7%. Além disso, esperamos uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e a amortização) de 6,1%, uma queda de cerca de 1,90 ponto percentual em relação ao ano anterior, explicada principalmente pelas pressões de custo vindas das conversões de grandes lojas", escrevem. No resultado final, estimam lucro de R$ 250 milhões, queda 75%.

A equipe do Santander espera que a receita consolidada do grupo cresça 39%, para R$ 30,46 bilhões, com a principal contribuição de crescimento de vendas vindo da operação de varejo, ou seja, das bandeiras de supermecerado Carrefour. A margem bruta total é esperada em 20.8%. No entanto, a projeção é de redução de 1,55 pontos percentuais para a margem Ebitda, a 6,5%, mesmo com crescimento do Ebitda de 12,4%, para R$ 1,97 bilhão. O lucro líquido deve cair 42%, para R$ 446 milhões, segundo o banco.

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