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Concorrência já está no preço das ações da Cielo, avaliam analistas

Fator elevou a recomendação da companhia de manutenção para compra

Preço-alvo para as ações da Cielo foi elevado para 19 reais (Divulgação/EXAME.com)

Preço-alvo para as ações da Cielo foi elevado para 19 reais (Divulgação/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 14h50.

São Paulo – A queda significativa das ações da Cielo (CIEL3) nas últimas semanas, somada as previsões otimistas sobre as perspectivas para o desempenho da companhia nos próximos trimestres, colaboraram para a alteração, pelo Banco Fator, da recomendação da empresa, de manutenção para compra.

O preço-alvo para o fim de 2011 foi alterado para 19 reais. De acordo com a corretora, o mercado previa um longo ciclo de reduções para a taxa de desconto líquida e um aumento de custos e despesas operacionais. Contudo, isto está “mais do que precificado”, prevê o Banco Fator.

Tanto Cielo quanto Redecard (RDCD3) recentemente sinalizaram que boa parte dos ajustes já foram realizados e deverão ser praticamente concluídos nos próximos dois trimestres. Além disso, ambas as empresas afirmaram que não prevêem novas rodadas de negociações com grandes varejistas.

“O mercado, a nosso ver, também tem superestimado o impacto da entrada de novos players no Brasil. Lembramos que as companhias possuem grandes vantagens competitivas, associação com grandes bancos, base já instalada e expertise em operar em um mercado que possui estrutura e peculiaridades distintas de outros globais”, destacam os analistas Jacqueline Lison, Mateus Renault e Luiz Guilherme Fonseca em relatório enviado aos clientes.

O lucro líquido da Cielo em 2010 totalizou 1,831 bilhão de reais – 19,1% maior que em 2009. O ebitda ajustado cresceu 19,4% e foi para 2,926 bilhões de reais. O volume financeiro de transações aumentou 22,3% em relação a 2009, fechando o ano em 262,0 bilhões de reais.

Redecard x Cielo

Na opinião da equipe de pesquisa do Banco Fator, investir em Cielo é melhor do que em Redecard pelos seguintes fatores: maior capilaridade de rede, sobretudo em regiões com maior potencial de crescimento; expectativa de expansão nas receitas de pré-pagamento (que representam pouco menos de 7% do volume a crédito transacionado, comparativamente a 22% da Redecard); mix de clientes; expectativa de início de operações da bandeira Elo; e elevado dividendo.

Outro lado

Já para a equipe de pesquisas do HSBC, a preferida é a Redecard. “Ela oferece um maior potencial de alta para o alvo e dividendos. A alta taxa de aluguel da Cielo pode levar a um acelerado movimento ascendente do preço se o sentimento passar a positivo”, destaca em relatório o analista Paulo Ribeiro. O banco de investimentos manteve o preço-alvo para CIEL3 de 13,70 reais no final de 2011. A recomendação é neutra.

Riscos

Os analistas do Banco Fator salientam que há risco significativo no investimento no segmento de credenciadoras, principalmente em função do espaço de tempo relativamente curto entre a abertura do mercado e a conseqüente alteração estrutural do ambiente competitivo.

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