Compra de fatia da OGX por chineses pode gerar dividendos aos acionistas
Negócio deve injetar caixa de 11 bilhões de dólares e apreciar papéis, diz Bradesco Corretora; maior peso no Ibovespa também beneficia OGX
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2010 às 17h32.
São Paulo - A iminência de uma transação de altas cifras entre a OGX (OGXP3), petrolífera do empresário Eike Batista, e os chineses da Sinopec (China Petroleum & Chemical) deve se tornar um forte catalisador para os dividendos dos papéis ordinários da companhia. A injeção de recursos da negociação, confirmada pelo presidente da Sinopec na manhã desta segunda-feira (23), é apontada pela Bradesco Corretora como um reforço do desempenho "acima do mercado" (outperform) da ação.
Mesmo sem data ou valores confirmados, o diálogo em torno de uma fatia de 20% de um campo de petróleo em águas nacionais deve ter impacto positivo nos papéis. "De acordo com nossos cálculos, caso a OGX venda parte de seus blocos na Bacia de Campos, isso deverá representar uma injeção de dinheiro de 11 bilhões de dólares. É importante lembrar que parte disso será revertida em dividendos", dizem os analistas Auro Rozembaum e Bruno Varella.
Maior peso no Ibovespa
A corretora reiterou o preço-alvo dos papéis, fixando-o em 29 reais, um potencial de valorização de 42% em relação à cotação de fechamento da última sexta-feira (20). Os cálculos do volume financeiro da negociação consideram a perspectiva potencial da área, de 1,1 bilhão de barris de óleo equivalente, e o valor a ser pago por cada barril de óleo, fixado em 10 dólares.
Outro sinal de otimismo para o papel é o aumento esperado para seu peso na carteira do Ibovespa, já sinalizado nas duas últimas prévias do índice. "A OGX deve aumentar seu peso no índice em mais de 100 pontos-base, indo para 3,57%, o que deverá trazer um fluxo ainda maior desses papéis no mercado".
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