Como a China pode impulsionar ações da Vale no curto prazo
HSBC sugere que o mercado tem exagerado no pessimismo com os papéis da mineradora
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2013 às 16h33.
São Paulo -Com a economia chinesa crescendo a um ritmo menos impressionante que nos anos anteriores, os investidores passaram a olhar para a Vale com mais cautela. A China é a maior compradora do minério de ferro produzido pela mineradora brasileira e com a diminuição da demanda os preços da commodity despencaram – ano passado, a tonelada chegou a ser cotada abaixo de 100 dólares.
Com isso, os papéis da Vale carregam um pessimismo exagerado em seus preços, segundo o HSBC. Nos últimos 12 meses as ações ordinárias ( VALE3 ) acumulam queda de 18,41% e as preferenciais ( VALE5 ), desvalorização de 24,22%. No mesmo período, o Ibovespa caiu 12,72%.
Na opinião de Leonardo Correa e Luiz Fornari, analistas que assinam o relatório do banco, embora haja riscos no horizonte, há alguns desdobramentos positivos no curto prazo vindos da China que podem aliviar a pressão nas ações.
Eles dizem que percepção para a Vale está bastante negativa e que a maioria dos investidores se posicionam como vendida. “Raramente vimos um consenso tão pessimista sobre a Vale, com diversos analistas vendo a ação sob a óptica "por que devo dar murros em ponta de faca?", explicam.
Os dois analistas pontuam que a fala do primeiro ministro chinês, Li Keqiang, em um comunicado publicado no site do governo central nesta quarta-feira tranquiliza os investidores.
Keqiang afirmou que o país não vai permitir que o crescimento caia abaixo de uma taxa mínima, que na opinião do HSBC deve ser de aproximadamente de 7%, o que é animador.
Além disso, Correa e Fornari destacam que o recente fortalecimento dos preços do minério de ferro (126,5 dólares a tonelada) e a produção de aço bruto indicam que a demanda atual pode não estar tão fraca como dizem.
Embora as expectativas de mercado fossem de uma queda brusca na produção de aço bruto na China devido a uma queda na demanda e paradas para manutenção, os números divulgados continuam a mostrar resiliência.
”Em nossa opinião, 2013 está se desenhando como mais um ano de produção de aço bruto acima do esperado na China”, afirmam os analistas.
Eles calculam que para que a produção de aço bruto na China atinja as projeções da CISA (Associação de Ferro e Aço da China, na sigla em inglês) de 750 milhões de tonelada em 2013, seu ritmo de produção atual teria que cair aproximadamente 10% em relação aos patamares atuais e permanecer estável até o final do ano, o que eles acreditam ser improvável.
Tendo em vista esses fatores, Leonardo e Luiz reforçam sua visão positiva para as ações da Vale, que estão excessivamente descontadas.
Eles destacam ainda a queda nos riscos regulatórios, o corte de custos implantado pela empresa, sua disciplina de capital e os desinvestimentos em curso.
A recomendação para os papéis preferenciais classe A é de overweight (alocação acima da média), com preço-alvo de 41 reais, o que significa um retorno potencial de 55%.
São Paulo -Com a economia chinesa crescendo a um ritmo menos impressionante que nos anos anteriores, os investidores passaram a olhar para a Vale com mais cautela. A China é a maior compradora do minério de ferro produzido pela mineradora brasileira e com a diminuição da demanda os preços da commodity despencaram – ano passado, a tonelada chegou a ser cotada abaixo de 100 dólares.
Com isso, os papéis da Vale carregam um pessimismo exagerado em seus preços, segundo o HSBC. Nos últimos 12 meses as ações ordinárias ( VALE3 ) acumulam queda de 18,41% e as preferenciais ( VALE5 ), desvalorização de 24,22%. No mesmo período, o Ibovespa caiu 12,72%.
Na opinião de Leonardo Correa e Luiz Fornari, analistas que assinam o relatório do banco, embora haja riscos no horizonte, há alguns desdobramentos positivos no curto prazo vindos da China que podem aliviar a pressão nas ações.
Eles dizem que percepção para a Vale está bastante negativa e que a maioria dos investidores se posicionam como vendida. “Raramente vimos um consenso tão pessimista sobre a Vale, com diversos analistas vendo a ação sob a óptica "por que devo dar murros em ponta de faca?", explicam.
Os dois analistas pontuam que a fala do primeiro ministro chinês, Li Keqiang, em um comunicado publicado no site do governo central nesta quarta-feira tranquiliza os investidores.
Keqiang afirmou que o país não vai permitir que o crescimento caia abaixo de uma taxa mínima, que na opinião do HSBC deve ser de aproximadamente de 7%, o que é animador.
Além disso, Correa e Fornari destacam que o recente fortalecimento dos preços do minério de ferro (126,5 dólares a tonelada) e a produção de aço bruto indicam que a demanda atual pode não estar tão fraca como dizem.
Embora as expectativas de mercado fossem de uma queda brusca na produção de aço bruto na China devido a uma queda na demanda e paradas para manutenção, os números divulgados continuam a mostrar resiliência.
”Em nossa opinião, 2013 está se desenhando como mais um ano de produção de aço bruto acima do esperado na China”, afirmam os analistas.
Eles calculam que para que a produção de aço bruto na China atinja as projeções da CISA (Associação de Ferro e Aço da China, na sigla em inglês) de 750 milhões de tonelada em 2013, seu ritmo de produção atual teria que cair aproximadamente 10% em relação aos patamares atuais e permanecer estável até o final do ano, o que eles acreditam ser improvável.
Tendo em vista esses fatores, Leonardo e Luiz reforçam sua visão positiva para as ações da Vale, que estão excessivamente descontadas.
Eles destacam ainda a queda nos riscos regulatórios, o corte de custos implantado pela empresa, sua disciplina de capital e os desinvestimentos em curso.
A recomendação para os papéis preferenciais classe A é de overweight (alocação acima da média), com preço-alvo de 41 reais, o que significa um retorno potencial de 55%.