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Com pressão da Vale, Ibovespa tem 1ª queda semanal após 2 meses

O Ibovespa fechou em leve queda de 0,28%, a 75.389 pontos, acumulando perda de 0,48% na semana

B3: juros em queda e dados econômicos mais animadores têm ajudado a manter o Ibovespa ao redor das máximas históricas (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 22 de setembro de 2017 às 18h38.

São Paulo - O principal índice acionário da bolsa paulista B3 fechou no vermelho nesta sexta-feira e registrou a primeira queda semanal após oito altas semanais seguidas, com as perdas da Vale abrindo espaço para um movimento de ajuste após os recordes de alta recentes.

O Ibovespa fechou em leve queda de 0,28 por cento, a 75.389 pontos, acumulando perda de 0,48 por cento na semana. No melhor momento do dia, o índice chegou a subir 0,17 por cento e no pior recuou 0,76 por cento. O giro financeiro somou 7,83 bilhões de reais.

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Juros em queda e dados econômicos mais animadores têm ajudado a manter o Ibovespa ao redor das máximas históricas e evitado que o movimento de ajuste seja mais forte.

"A realização é natural e até deveria ser mais forte, mas não está vindo... Não parece ter o vendedor final, é muito mais rotação", disse o gestor de renda variável da Fator Administração de Recursos Obede Rodrigues.

Segundo o gestor, o mercado também tem voltado a considerar alguma chance de aprovação da reforma da Previdência, o que, se confirmado, tem potencial para novo impulso ao mercado.

Nesta sessão, investidores preferiram adotar o tom de cautela enquanto avaliavam os novos desdobramentos da situação geopolítica, após a Coreia do Norte dizer que poderia testar uma bomba de hidrogênio sobre o Oceano Pacífico, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se comprometeu a destruir o país asiático.

Localmente, embora o cenário político não seja considerado por investidores conturbado o suficiente para disparar um movimento forte de realização no mercado acionário, ele também desperta alguma cautela após o Supremo Tribunal Federal encaminhar à Câmara dos Deputados a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, desta vez por obstrução de Justiça e organização criminosa.

"Ruídos políticos já não fazem estrago no Ibovespa, sendo muito mais fator de limitação de alta do que fator de queda. O juro baixo por muito tempo deve ser o cenário base, alimentando realocação de portfólios que podem beneficiar o fluxo para ativos de risco", escreveram mais cedo analistas da corretora Lerosa Investimentos.

Destaques

- VALE ON caiu 1,85 por cento, em linha com o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China, que recuaram nesta sexta-feira. Os papéis caíram nas últimas quatro sessões, acumulando perda de 6,83 por cento no período.

- CSN ON perdeu 5,08 por cento, pior desempenho do Ibovespa, GERDAU PN cedeu 2,08 por cento e USIMINAS PNA teve perda de 1,26 por cento, também na esteira das perdas para os contratos futuros do minério de ferro e do aço na China.

- CCR ON caiu 1,41 por cento, após analistas do Itaú BBA cortarem a recomendação para os papéis da empresa para "market perform".

- RUMO ON subiu 4,33 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, diante da perspectiva otimista para a subscrição total da oferta de ações, com potencial de movimentar até 2,629 bilhões de reais. A equipe do BTG Pctual manteve a recomendação de "compra" para as ações da empresa.

- PETROBRAS PN subiu 0,13 por cento e PETROBRAS ON avançou 0,12 por cento, em sessão que fechou com os preços do petróleo no mercado internacional em território positivo.

- CARREFOUR BRASIL ON, que não faz parte do Ibovespa, caiu 3,42 por cento, reagindo à troca de comando aprovada pelo do conselho de administração da empresa, que indicou Noël Prioux para substituir Charles André Pierre Desmartis no cargo de diretor-presidente.

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