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Com balanços no radar, bolsa recua com exterior e noticiário político

Às 11:58, o Ibovespa caía 0,9 por cento, a 84.697 pontos

Bovespa: tom negativo prevalecia na bolsa brasileira nesta quarta-feira (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 25 de abril de 2018 às 12h02.

São Paulo - O tom negativo prevalecia na bolsa brasileira nesta quarta-feira, ditado pelo cenário externo e o noticiário político local, enquanto a safra de balanços também chamava a atenção dos investidores, após a divulgação dos resultados do banco Santander Brasil, da fabricante de celulose Fibria e da Telefônica Brasil.

Às 11:58, o Ibovespa caía 0,9 por cento, a 84.697 pontos. O volume financeiro somava 4,36 bilhões de reais.

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No exterior, o rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro norte-americano superou 3 por cento pela primeira vez em quatro anos, pressionando os pregões em Wall Street, em meio à apreensão sobre o aumento dos custos de financiamento para as empresas.

O S&P 500 cedia 0,2 por cento, mesmo após resultados corporativos mais positivos, como o da fabricante de aviões Boeing.

"A preocupação com a elevação do rendimento dos Treasuries...segue motivando as vendas nas bolsas", escreveu a consultoria de investimentos Lopes Filho em nota a clientes.

No Brasil, o noticiário político trazia desconforto, segundo profissionais da área de renda variável, que citaram pesquisa Ibope sobre a sucessão presidencial no Estado de São Paulo mostrando o pré-candidato do PSDB Geraldo Alckmin empatado com o adversário Jair Bolsonaro (PSL).

Eles também citaram como outro evento desfavorável na cena local a decisão da Segunda Turma do STF retirando dos processos que estão nas mãos do juiz federal Sérgio Moro trechos de delações feitas por executivos da Odebrecht que implicam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Destaques

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON cediam 2,41 e 3 por cento, respectivamente, em meio a notícias na mídia de que o leilão da cessão onerosa pode não ocorrer este ano. Na semana passada, duas fontes afirmaram à Reuters que a discussão seguia indefinida, com União e empresa disputando o recebimento de bilhões de reais na revisão de contrato de 2010.

- SANTANDER BRASIL UNIT caía 2,78 por cento, mesmo após avaliação positiva de analistas para o resultado do banco no primeiro trimestre, com forte crescimento do lucro e rentabilidade recorde. O BTG Pactual disse que o resultado foi muito bom, mas destacou a ajuda da tesouraria. O Morgan Stanley elevou o preço-alvo do ADR de 9 para 10 dólares.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,73 por cento e BRADESCO PN, que divulga resultado na quinta-feira antes da abertura da bolsa, subia 0,47 por cento. Ainda no setor, BANCO DO BRASIL caía 1,12 por cento.

- FIBRIA ON tinha queda de 0,57 por cento, com resultado no radar, incluindo Ebitda ajustado de 1,824 bilhão de reais nos três meses encerrados em março, salto ante os 644 milhões de reais apurados um ano antes. O Credit Suisse disse que a primeira impressão é de que o resultado operacional foi um pouco abaixo do esperado.

- TELEFÔNICA BRASIL PN subia 1,10 por cento, com analistas considerando que os números da operadora, que atua sob a marca Vivo, ficaram em linha com as expectativas no primeiro trimestre. No período, a empresa teve alta de 10,2 por cento no lucro líquido contábil, a 1,098 bilhão de reais, com aumento da receita e queda dos custos operacionais.

- VALE ON caía 0,21 por cento, tendo como pano de fundo o recuo dos preços do minério de ferro na China <.IO62-CNO=MB>, com investidores à espera do resultado da mineradora, após o fechamento da bolsa.

- HAPVIDA ON, que não está no Ibovespa, saltava 16,81 por cento, a 27,45 reais, em sua estreia na bolsa brasileira, após a operadora de planos de saúde precificar sua oferta inicial de ações a 23,50 reais no começo da semana, em operação que movimentou 3,43 bilhões de reais. (Por Paula Arend Laier Edição de Raquel Stenzel)

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