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Com sexta baixa seguida, Bovespa retoma nível de novembro

Bolsa perdeu o patamar dos 57 mil pontos e os investidores estão com falta de apetite


	Investidor observa monitores com cotações de ações na BM&FBovespa, em São Paulo
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Investidor observa monitores com cotações de ações na BM&FBovespa, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - O ceticismo quanto à capacidade de recuperação da economia brasileira, em um cenário de inflação alta, e a falta de apetite de investidores locais e estrangeiros por ativos de risco no País levaram a Bovespa à sexta queda consecutiva e a perder o patamar dos 57 mil pontos. A trajetória de baixa foi acentuada após a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, nos Estados Unidos, que azedou de vez os mercados internacionais. Das 69 ações que compõe a carteira teórica do Ibovespa, apenas oito terminara no azul nesta quarta-feira.

O índice à vista encerrou com deslize de 1,98%, aos 56.177,60 pontos, nível mais baixo desde 16 de novembro do ano passado (55.402 pontos). A Bovespa iniciou o ano em 62 mil pontos. Nesta sessão, o Ibovespa oscilou dos 56.034 pontos (-2,23%), na mínima, aos 57.569 pontos (+0,44%), na máxima. O giro financeiro somou R$ 8,136 bilhões (dado preliminar).

Com seis baixas seguidas, a Bovespa não engatava uma sequência de baixas tão longa desde maio do ano passado, quando recuou por oito sessões (8 a 17 de maio). Neste mês, a Bolsa acumula perda de 6,0% e, no ano, de 7,83%.

"A Bovespa ficou sem sustentação. Apesar de os balanços de algumas empresas estarem mostrando números consistentes, há uma situação interna que converge para uma dúvida sobre se o governo está no controle da situação", avalia o analista-chefe da corretora Magliano, Henrique Kleine.

Por serem mais líquidas, as blue chips funcionaram como porta de saída para os investidores, o que se refletiu em desvalorização acentuada desses papéis. Petrobras ON e PNA recuaram 2,70% e 2,65%, respectivamente. Vale ON escorregou 3,21%, enquanto as ações PNA da companhia perderam 3,57%. OGX ON, que despencou mais de 20% só em fevereiro, passou por correção e subiu 2,22%, principal alta do dia.

Todos os papéis do setor financeiro, que têm grande participação do Ibovespa, terminaram no vermelho. O mesmo aconteceu com os setores de siderurgia e metalurgia, que são mais expostos ao exterior.

Os destaques de queda do Ibovespa foram liderados por PDG ON, com baixa de 5,83%, seguida por Rossi Residencial ON (-5,53%), Braskem PNA (-4,30%), Gafisa ON (-4,25%) e Gerdau Metalúrgica PN (-4,23%).

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