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Cogna cai 5% após guidance decepcionar; Triunfo dispara 54% em 2 dias

Confira os principais destaques de ações desta segunda-feira

Bolsa (Germano Lüders/Exame)
PB

Paula Barra

Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 10h50.

Última atualização em 15 de dezembro de 2020 às 10h52.

Em sessão de perdas para o Ibovespa (-0,45%), as principais contribuições negativas em pontos para o índice nesta segunda-feira, 14, vieram das ações da Vale (VALE3), em meio à queda do minério, Itaú (ITUB4) e B3 (B3SA3). Do outro lado, apareceram os papéis de Magazine Luiza (MGLU3), BTG Pactual (BPAC11) e BR Distribuidora (BRDT3), após o Itaú BBA reforçar recomendação de compra.

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BR Distribuidora

As ações da BR Distribuidora (BRDT3) subiram 3,69%, após o Itaú BBA reforçar recomendação de compra para os papéis. Os analistas do banco apontam que, enquanto o Ibovespa praticamente zerou as perdas no acumulado do ano, os ativos da companhia caem 26% no mesmo período, o que, para eles, é injustificado.

Segundo os analistas, a perspectiva de venda da participação remanescente da Petrobras na empresa tem prejudicado o desempenho das ações, mas a baixa alavancagem e a geração de caixa tornam o investimento atrativo. Além disso, eles estimam um dividend yield (dividendos sobre preço da ação) de 8%, sem considerar um potencial dividendo extraordinário. O preço justo para o papel, na visão deles, é de 31,00 para 2021, o que implica em um potencial de valorização de 45% frente ao fechamento de ontem.

Cogna

As ações da Cogna (COGN3) caíram 5,47%, liderando as perdas do Ibovespa na sessão. No radar, a companhia reportou nesta manhã que pretende mais do que dobrar seu Ebitda recorrente nos próximos 4 anos, passando do estimado de 1 bilhão de reais em 2020 para 2,4 bilhões de reais em 2024.

Segundo o estrategista Gustavo Cruz, da RB Investimentos, a Cogna mostrou que os próximos anos vão ser mais complicados do que alguns analistas projetavam.  "O setor de educação inteiro recuou, pois o sentimento que fica é que o setor e não só a empresa enfrentarão esse período mais delicado". No mesmo setor, Yduqs (YDUQ3), Ser Educacional (SEER3) e Ânima (ANIM3) recuaram 4,01%, 2,53% e 1,93%, respectivamente.

Cruz comenta ainda que a empresa indicou que busca migrar bastante para o digital, mas essa transição não é do dia para noite. "O valor para o acionista vai ser penalizado no médio prazo".

Em entrevista à EXAME Invest, Rodrigo Galindo, CEO da empresa, disse que, como parte do plano de reestruturação de longo prazo da empresa, planeja o lançamento de um abrangente marketplace B2C (ou seja, com oferta de gradução e pós-gradução a cursos livres e de educação financeira ao consumidor final) e acelerar o crescimento do ensino à distância (EAD). O plano é ampliar em 50% a oferta de cursos EAD, sendo que o acréscimo será de 100% nos cursos da área de saúde e engenharia, que possuem ticket médio mais elevado.

Petrobras

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3; PETR4) caíram 0,43%, enquanto as preferenciais subiram 0,18%, apesar do dia de alta do petróleo no exterior. Os contratos do petróleo Brent, negociados em Londres e usados como referência pela estatal, avançaram 0,68%, em meio a notícias sobre vacinas e explosão de um navio-tanque na Arábia Saudita.

No radar, a companhia disse que avançou no processo para venda de 50% de sua participação nas concessões do importante Polo Marlim ao iniciar a fase não vinculante da operação.

Segundo analistas da Exame Research, embora a venda do Polo Marlim ainda esteja numa fase inicial, o avanço mostra o comprometimento da Petrobras com o plano de desinvestimentos, o que tem implicações positivas para as ações. No entanto, no curto prazo, as oscilações do petróleo continuam como principais drivers para a empresa na bolsa.

Vale

As ações da Vale (VALE3) caíram 1,54% em meio à queda dos preços do minério de ferro. Os contratos futuros da commodity negociados na bolsa de Dalian caíram 3,21%, cotados em 966 iuanes a tonelada. Produtores de aço e minério da China pediram às autoridades que investiguem a alta do preço da commodity. Na sexta-feira, os contratos futuros chegaram a disparar 10%, indo para sua quinta semana seguida no positivo.

CVC Brasil

As ações da CVC Brasil subiram 1,91%, na esteira de notícias sobre vacinas. Nos Estados Unidos, a vacinação em massa começa nesta segunda, após a vacina da Pfizer ser autorizada pela FDA (espécie de Anvisa americana) na sexta-feira, 11. A expectativa é de que a FDA também aprove a vacina da Modena ainda nesta semana.

Oi

As ações ordinárias da Oi (OIBR3) caíram 6,78%, enquanto as preferenciais (OIBR4) recuaram 9,69%. A companhia vendeu, em leilão realizado nesta tarde, suas operações de telefonia móvel para o consórcio entre Vivo, Tim e Claro, no valor de 16,5 bilhões de reais.

A vitória do consórcio não foi uma surpresa. Outra possível candidata, a Highline do Brasil, teria apresentado anteriormente uma proposta formal cujo valor exato não foi revelado, mas foi superado pelo trio. Segundo a assessoria do consórcio, a proposta das três empresas foi a única no leilão.

Triunfo

As ações da Triunfo (TPIS3) seguiram em disparada na Bolsa, acumulando ganhos de 54% nos últimos dois pregões. Hoje, subiram 34,09%, com forte volume financeiro de 63,7 milhões de reais, 12 vezes acima da média diária dos últimos 21 pregões, de 5,2 milhões de reais.

O movimento ocorre após a companhia ter informado na semana passada que a 8ª Vara Cível de Campinas aprovou o encerramento da recuperação judicial do Aeroporto de Viracopos, iniciado em maio de 2018. Com a aprovação, poderá ter início o processo de relicitação do aeroporto, controlado pela UTC e Triunfo.

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