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Cenário pertubador e forças incertas, a mensagem do CEO do JPMorgan após resultado do banco

Jamie Dimon citou fatores como a inflação e a guerra para justificar os resultados do balanço do banco, e chamou a atenção para uma série de incertezas

Jamie Dimon citou fatores como a inflação e a guerra para justificar os resultados do balanço do JPMorgan (Getty Images)

Publicado em 12 de abril de 2024 às 11h25.

Última atualização em 12 de abril de 2024 às 11h56.

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, disse que o resultado do banco, divulgado nesta sexta-feira, 12, foi afetado por vários fatores, entre eles a inflação e a guerra. “Olhando para o futuro, continuamos alertas para uma série de forças incertas significativas", disse. Em comunicado divulgado, ele citou que o cenário é "perturbador", com "guerras e violências terríveis" traz incerteza não só aos negócios do J.P. Morgan, como também na economia em geral.

Dimon também falou sobre os esforços do Federal Reserve para retirar os ativos que detém no seu balanço de 7,5 bilhões de dólares, afirmando que o banco nunca havia experimentado o efeito do aperto quantitativo nessa escala. O CEO se refere às decisões recentes do Fed para tentar conter a inflação nos Estados Unidos. “Não sabemos como esses fatores irão se comportar, mas devemos preparar a empresa para uma ampla gama de ambientes potenciais para garantir que possamos estar presentes de forma consistente para os clientes”, afirmou ele.

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Os comentários de Dimon acontecem em meio a preocupações com a inflação. Apesar de o ritmo dos aumentos de preços ter saído do pico de junho de 2022, os dados até agora em 2024 mostraram uma inflação superior às expectativas e bem acima da meta anual de 2% do banco central americano. Como resultado, os mercados tiveram de mudar drasticamente as suas expectativas quanto às reduções das taxas de juro. Segundo informações da CNBC, taxas mais elevadas são geralmente consideradas positivas para os bancos, desde que não causem uma recessão.

O JPMorgan Chase teve lucro líquido de US$ 13,42 bilhões no primeiro trimestre de 2024, 6% maior do que os US$ 12,6 bilhões apurados no mesmo período do ano passado. Já o lucro por ação do banco, entre janeiro e março, ficou em US$ 4,44, acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 4,17.

O JPMorgan explicou em nota que o resultado foi afetado negativamente por uma despesa extraordinária de US$ 725 milhões repassados ao Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) em função das quebras de bancos regionais dos EUA ocorridas no ano passado.

Já a receita do JPMorgan somou US$ 41,9 bilhões no trimestre, com alta de 9% na comparação anual.  Após o balanço, nos negócios do pré-mercado em Nova York, a ação do JPMorgan caía 1,5% às 8h30 (de Brasília).

(Com Agência Estado)

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