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Cena externa e pesquisas fazem índice flertar com mínima

Perspectivas de alternância em Brasília têm servido como argumento para compras na bolsa nos últimos meses e vice-versa

Operadores na Bovespa: às 12h49, o Ibovespa caía 2,2 por cento, aos 56.008 pontos (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 13h33.

São Paulo - A influência externa negativa e a frustração de parte dos investidores com pesquisas eleitorais divulgadas na véspera empurravam o principal índice da Bovespa a flertar nesta sexta-feira com as mínimas desde agosto.

Às 12h49, o Ibovespa caía 2,2 por cento, aos 56.008 pontos. Na mínima, o índice recuou abaixo dos 55.800 pontos. O giro financeiro da sessão era de 3,11 bilhões de reais.

Profissionais do mercado atribuíam o movimento às perdas das bolsas globais, com crescentes receios de desaceleração na Alemanha e na China, e aos primeiros números de intenção de votos para o segundo turno da corrida presidencial do país no dia 26, conhecidos na quinta-feira à noite.

Ibope e Datafolha mostraram o candidato de oposição Aécio Neves (PSDB) com 46 por cento das intenções de voto, contra 44 por cento para a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), configurando empate técnico.

"Estavam achando que o Aécio ia aparecer muito mais na frente", disse à Reuters um operador de uma corretora de um banco estrangeiro, em São Paulo.

Investidores têm manifestado insatisfação com as diretrizes econômicas do atual governo. Perspectivas de alternância em Brasília têm servido como argumento para compras na bolsa nos últimos meses e vice-versa.

O pessimismo persistente das bolsas estrangeiras com o crescimento econômico na Alemanha e na China também pesava nos negócios. A Reuters noticiou que o governo alemão vai cortar as projeções de crescimento para 2014 e 2015 na semana que vem, segundo duas fontes na coalizão que governa o país. E uma prévia com economistas apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) da China deve ter tido no terceiro trimestre o menor crescimento em mais de cinco anos. Segundo o operador, que pediu para não ser identificado, o vai e vem das bolsas e do noticiário eleitoral está sendo um terreno fértil para investidores que fazem operações de curtíssimo prazo, esperando fazer lucros com a volatilidade.

"É pior porque estamos perto dos vencimentos de opções e da temporada de balanços, para o qual as expectativas não são boas." Na próxima quarta-feira acontece o vencimento dos contratos de índice futuro. Na segunda-feira seguinte (20) será a vez do exercício de opções sobre ações. Ações de estatais, que respondem mais de perto à dinâmica eleitoral, como Petrobras e Banco do Brasil, apareciam entre as líderes de perdas, movimento que se alastrava para ações de todo o setor financeiro.

Individualmente, Grupo Pão de Açúcar era também destaque negativo. A maior varejista do país informou pela manhã que sua receita líquida consolidada subiu 10,9 por cento no terceiro trimestre na comparação anual, com ajuda da integração da CDiscount. Sem isso, o avanço seria de 5,7 por cento.

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São Paulo - A influência externa negativa e a frustração de parte dos investidores com pesquisas eleitorais divulgadas na véspera empurravam o principal índice da Bovespa a flertar nesta sexta-feira com as mínimas desde agosto.

Às 12h49, o Ibovespa caía 2,2 por cento, aos 56.008 pontos. Na mínima, o índice recuou abaixo dos 55.800 pontos. O giro financeiro da sessão era de 3,11 bilhões de reais.

Profissionais do mercado atribuíam o movimento às perdas das bolsas globais, com crescentes receios de desaceleração na Alemanha e na China, e aos primeiros números de intenção de votos para o segundo turno da corrida presidencial do país no dia 26, conhecidos na quinta-feira à noite.

Ibope e Datafolha mostraram o candidato de oposição Aécio Neves (PSDB) com 46 por cento das intenções de voto, contra 44 por cento para a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), configurando empate técnico.

"Estavam achando que o Aécio ia aparecer muito mais na frente", disse à Reuters um operador de uma corretora de um banco estrangeiro, em São Paulo.

Investidores têm manifestado insatisfação com as diretrizes econômicas do atual governo. Perspectivas de alternância em Brasília têm servido como argumento para compras na bolsa nos últimos meses e vice-versa.

O pessimismo persistente das bolsas estrangeiras com o crescimento econômico na Alemanha e na China também pesava nos negócios. A Reuters noticiou que o governo alemão vai cortar as projeções de crescimento para 2014 e 2015 na semana que vem, segundo duas fontes na coalizão que governa o país. E uma prévia com economistas apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) da China deve ter tido no terceiro trimestre o menor crescimento em mais de cinco anos. Segundo o operador, que pediu para não ser identificado, o vai e vem das bolsas e do noticiário eleitoral está sendo um terreno fértil para investidores que fazem operações de curtíssimo prazo, esperando fazer lucros com a volatilidade.

"É pior porque estamos perto dos vencimentos de opções e da temporada de balanços, para o qual as expectativas não são boas." Na próxima quarta-feira acontece o vencimento dos contratos de índice futuro. Na segunda-feira seguinte (20) será a vez do exercício de opções sobre ações. Ações de estatais, que respondem mais de perto à dinâmica eleitoral, como Petrobras e Banco do Brasil, apareciam entre as líderes de perdas, movimento que se alastrava para ações de todo o setor financeiro.

Individualmente, Grupo Pão de Açúcar era também destaque negativo. A maior varejista do país informou pela manhã que sua receita líquida consolidada subiu 10,9 por cento no terceiro trimestre na comparação anual, com ajuda da integração da CDiscount. Sem isso, o avanço seria de 5,7 por cento.

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