CBA reverte prejuízo e tem lucro líquido no 3º trimestre de R$ 100 milhões
Houve, porém, queda de 80% em comparação ao lucro registrado no segundo trimestre deste ano
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de novembro de 2022 às 10h53.
O lucro líquido da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) chegou a R$ 100 milhões no terceiro trimestre de 2022, em uma reversão de cenário em relação ao prejuízo líquido de R$ 41 milhões no mesmo período de 2021. Houve, porém, queda de 80% em comparação ao lucro registrado no segundo trimestre deste ano.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no terceiro trimestre atingiu R$ 331 milhões, alta de 5% ante o mesmo período de 2021. Porém, teve variação negativa de 48% em comparação ao segundo trimestre deste ano.
Já a receita líquida atingiu R$ 2,2 bilhões no trimestre, queda de 2% ante o mesmo período de 2021 e de 4% em comparação ao segundo trimestre deste ano.
Em seu relatório de resultados, a CBA diz que o mercado global de alumínio foi marcado pela continuidade das incertezas político-econômicas, como a manutenção do conflito entre Rússia e Ucrânia, pressões inflacionárias, arrefecimento do crescimento global e a manutenção da política de Covid-zero pela China.
O conflito entre Rússia e Ucrânia, aliado aos ataques nas principais linhas de gás natural que ligam a Europa à Rússia, pressionaram os preços de energia elétrica no mercado europeu, impulsionando a inflação e a preocupação com a saúde da economia local.
Na China, a política de Covid-zero continua sendo imposta pelo governo, trazendo dificuldades no crescimento econômico e demandando novos estímulos. Além disso, uma forte onda de calor e um período de poucas chuvas forçaram algumas indústrias a reduzirem produção (inclusive a do alumínio). Em contrapartida os setores automobilístico e de infraestrutura permaneceram estáveis, mitigando essa desaceleração, na visão da CBA.
De acordo com a consultoria CRU, o consumo de alumínio primário global apresentou crescimento de 0,6% no terceiro trimestre, comparado ao segundo trimestre, puxado pela China, que tem mantido níveis de exportações acima do histórico e apresentado bom desempenho nos setores de transportes e energia, suportados por estímulos recentes. Nos demais países, houve uma retração de 3,5% trimestral, principalmente influenciada pela queda de 9,4% da demanda na Europa.