Dólar operava com leves oscilações nesta quarta-feira (Divulgação/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 29 de agosto de 2018 às 11h12.
Última atualização em 29 de agosto de 2018 às 11h13.
São Paulo - O dólar operava com leves oscilações nesta quarta-feira uma vez que a cautela eleitoral e a força no exterior continham o movimento de vendedores após salto no início do pregão.
Às 10:56, o dólar avançava 0,07 por cento, a 4,1444 reais na venda, depois de bater a máxima de 4,1651 reais no início dos negócios. Na mínima, a moeda foi a 4,1223 reais. O dólar futuro tinha leve ganho de cerca de 0,1 por cento.
O Banco Central anunciou na noite de terça-feira que fará leilões de venda de dólares com compromisso de recompra na próxima sexta-feira, para rolagem dos 2,150 bilhões de dólares que vencem no próximo dia 5 de setembro.
Com isso, o BC retira qualquer pressão adicional sobre o câmbio por causa de dúvidas sobre esse vencimento.
"Com o leilão de linha, o BC dá uma sinalização de que está de olho no mercado e vai entrar se necessário", afirmou a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest Fernanda Consorte.
Nesta sessão, a autoridade monetária ainda realiza leilão de até 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de setembro, no total de 5,255 bilhões de dólares.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Apesar de o leilão de linha ter contribuído para a realização de lucro quando o dólar foi acima de 4,15 reais, o mercado ainda segue bastante cauteloso, limitando a movimentação da moeda.
"Está muito volátil, sem saber para onde ir", explicou Fernanda ao se referir à indefinição do cenário eleitoral, com o candidato preferido do mercado, Geraldo Alckmin (PSDB), patinando nas pesquisas e a possibilidade de um segundo turno com a participação do PT.
O mercado aguarda a divulgação da pesquisa do DataPoder360, de olho ainda no início da campanha de rádio e televisão na sexta-feira.
No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas uma vez que o alívio recente em torno do acordo comercial entre os Estados Unidos e o México dava lugar à preocupação entre os investidores de que o conflito entre norte-americanos e chineses não terminará em breve.
Além disso, os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre também contribuíam para manter a moeda norte-americana pressionada ante outras divisas, tanto fortes e quanto emergentes. A economia norte-americana cresceu 4,2 por cento de abril a junho, ante 4,1 por cento estimados inicialmente.