Capitalização avalia Twitter em 3,7 bilhões de dólares
O dinheiro ajudará o Twitter a se expandir, afirmou a empresa em seu blog oficial
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 10h15.
São Francisco - O Twitter levantou 200 milhões de dólares em capital, em uma transação que avalia a companhia de microblogs em 3,7 bilhões de dólares, menos de um ano depois que ela iniciou seus primeiros esforços sérios para ganhar dinheiro.
O capital, aportado pela Kleiner Perkins Caufield & Byers, uma empresa de investimentos do Vale do Silício, e por investidores existentes do Twitter sugere as fortes esperanças dos investidores quanto às companhias de redes sociais.
"É um múltiplo considerável. Mas a ideia é que a escala (do Twitter) possa ser monetizada", disse Colin Gillis, analista da BGC Partners, que estima que a receita anual atual do Twitter esteja abaixo dos 100 milhões de dólares.
O dinheiro ajudará o Twitter a se expandir, afirmou a empresa em seu blog oficial, na quarta-feira. A mensagem não deu detalhes sobre a operação e um porta-voz se recusou a discutir aspectos específicos da transação.
O Twitter, que tinha 175 milhões de usuários até setembro, faz parte da nova safra de empresas de redes sociais que atravessa rápida expansão, que inclui também Facebook e Zynga.
O Facebook foi avaliado em mais de 45 bilhões de dólares em recentes transações de ações realizadas no mercado secundário, de acordo com o Sharepost, um mercado online para a negociação de ações de empresas de capital fechado.
Os investidores acompanham atentamente empresas como Facebook e Twitter, na expectativa de eventualmente comprarem ações dessas empresas quando elas abrirem capital.
Gillis disse que a nova avaliação do Twitter pode resultar na postergação de uma oferta pública inicial de ações, já que a empresa precisaria "crescer para se enquadrar à avaliação", e gerar mais receita a fim de se justificar perante os investidores do mercado aberto.
Mas Sandeep Aggarwal, analista da Caris & Co., diz acreditar que o Twitter pode abrir seu capital já em 2011, especialmente porque a empresa necessitaria de recursos novos para "aproveitar novas oportunidades".
"Essas empresas estão famintas por recursos", disse Aggarwal.