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CÂMBIO-Otimismo com EUA faz dólar subir pelo 2o dia

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 5 de janeiro (Reuters) - O dólar subiu pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira, acompanhando o mercado externo após sinais de força da economia dos Estados Unidos. A moeda norte-americana teve alta de 0,66 por cento, a 1,675 real. Enquanto o mercado fechava no Brasil, o dólar subia 0,87 por […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2011 às 15h39.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 5 de janeiro (Reuters) - O dólar subiu pelo
segundo dia seguido nesta quarta-feira, acompanhando o mercado
externo após sinais de força da economia dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana teve alta de 0,66 por cento,
a 1,675 real. Enquanto o mercado fechava no Brasil, o dólar
subia 0,87 por cento em relação a uma cesta com as principais
divisas , como o euro , que caía a 1,3165 dólar.

A valorização do dólar no mundo ganhou força após a
divulgação de que o setor privado dos Estados Unidos criou 297
mil empregos em dezembro, mais que o previsto. [ID:nN05268256]

Pouco depois, outro dado indicando que o setor de serviços
cresceu em dezembro no ritmo mais forte em mais de quatro anos
também impulsionou o dólar. [ID:nN05270404]

Com isso, o clima no mercado brasileiro --que já era
favorável à alta do dólar por causa da expectativa de uma ação
mais contundente do governo-- permitiu que a taxa de câmbio
terminasse o dia no maior patamar em uma semana.

"Acho que aproveitaram a instabilidade lá fora", disse o
operador de uma corretora em São Paulo, em referência a
investidores com posições compradas na moeda norte-americana,
que se beneficiam com a alta da moeda ante o real.

Na véspera, o dólar já havia subido 0,79 por cento,
afastando-se do nível de 1,65 real. O mercado reagiu na ocasião
à ameaça do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de usar
"infinitas" medidas contra a valorização excessiva do real, que
prejudica as exportações brasileiras. [ID:nN04225615]

O analista Diego Donadio, do BNP Paribas, recomendou por
exemplo que os investidores comprem dólares com o objetivo de
vendê-los a 1,70 real. "Acreditamos que Mantega está mandando
uma mensagem mais clara ao mercado de que novas medidas virão
mais cedo do que tarde", escreveu. [ID:nN04235791]

No que diz respeito ao Banco Central, a intervenção no
mercado manteve o roteiro dos últimos dias, com dois leilões de
câmbio no mercado à vista.

De acordo com dados da instituição divulgados nesta
quarta-feira, o BC comprou nessas operações quase duas vezes
mais dólares do que a entrada de capitais no país ao longo de
2010. O fluxo positivo foi de 24,354 bilhões de dólares, e o BC
comprou 41,417 bilhões de dólares. [ID:nN05267428]

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Nathália
Ferreira)

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Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 5 de janeiro (Reuters) - O dólar subiu pelo
segundo dia seguido nesta quarta-feira, acompanhando o mercado
externo após sinais de força da economia dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana teve alta de 0,66 por cento,
a 1,675 real. Enquanto o mercado fechava no Brasil, o dólar
subia 0,87 por cento em relação a uma cesta com as principais
divisas , como o euro , que caía a 1,3165 dólar.

A valorização do dólar no mundo ganhou força após a
divulgação de que o setor privado dos Estados Unidos criou 297
mil empregos em dezembro, mais que o previsto. [ID:nN05268256]

Pouco depois, outro dado indicando que o setor de serviços
cresceu em dezembro no ritmo mais forte em mais de quatro anos
também impulsionou o dólar. [ID:nN05270404]

Com isso, o clima no mercado brasileiro --que já era
favorável à alta do dólar por causa da expectativa de uma ação
mais contundente do governo-- permitiu que a taxa de câmbio
terminasse o dia no maior patamar em uma semana.

"Acho que aproveitaram a instabilidade lá fora", disse o
operador de uma corretora em São Paulo, em referência a
investidores com posições compradas na moeda norte-americana,
que se beneficiam com a alta da moeda ante o real.

Na véspera, o dólar já havia subido 0,79 por cento,
afastando-se do nível de 1,65 real. O mercado reagiu na ocasião
à ameaça do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de usar
"infinitas" medidas contra a valorização excessiva do real, que
prejudica as exportações brasileiras. [ID:nN04225615]

O analista Diego Donadio, do BNP Paribas, recomendou por
exemplo que os investidores comprem dólares com o objetivo de
vendê-los a 1,70 real. "Acreditamos que Mantega está mandando
uma mensagem mais clara ao mercado de que novas medidas virão
mais cedo do que tarde", escreveu. [ID:nN04235791]

No que diz respeito ao Banco Central, a intervenção no
mercado manteve o roteiro dos últimos dias, com dois leilões de
câmbio no mercado à vista.

De acordo com dados da instituição divulgados nesta
quarta-feira, o BC comprou nessas operações quase duas vezes
mais dólares do que a entrada de capitais no país ao longo de
2010. O fluxo positivo foi de 24,354 bilhões de dólares, e o BC
comprou 41,417 bilhões de dólares. [ID:nN05267428]

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Nathália
Ferreira)

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