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CÂMBIO-Dólar tem leve alta após surpresa positiva com EUA

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 5 de novembro (Reuters) - A surpresa positiva com dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos abriu caminho para a alta do dólar nesta sexta-feira. A moeda norte-americana subiu 0,12 por cento, para 1,680 real. Com isso, a queda na semana --provocada pela decisão do Federal Reserve de […]

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 15h38.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 5 de novembro (Reuters) - A surpresa positiva
com dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos abriu
caminho para a alta do dólar nesta sexta-feira. A moeda
norte-americana subiu 0,12 por cento, para 1,680 real.

Com isso, a queda na semana --provocada pela decisão do
Federal Reserve de injetar mais 600 bilhões de dólares na
economia-- diminuiu para 1,35 por cento.

Os Estados Unidos criaram 151 mil postos de trabalho em
outubro, com a abertura de 159 mil vagas no setor privado,
mostraram dados do Departamento de Trabalho. A previsão de
analistas era de geração de 60 mil empregos [ID:nN05120856].

O relatório estimulou a recuperação do dólar no mercado
internacional.

Ante uma cesta com as principais moedas , a divisa
dos EUA subia 0,8 por cento, às 16h33. O euro , que no
dia anterior foi cotado no maior nível em mais de nove meses,
recuava 1,1 por cento.

A fraqueza do mercado de trabalho é uma das principais
razões para o criticado pacote do Fed de estímulo à economia.
Na opinião de autoridades de outros países, a medida visa
desvalorizar o dólar para que os Estados Unidos se beneficiem
no comércio exterior.

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaueble,
disse que o pacote não resolve os problemas norte-americanos, e
o ministro sul-africano, Pravin Gordhan, alertou para efeitos
devastadores sobre países em desenvolvimento [ID:nN05271770].

Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
disse que o pacote tem efeito "duvidoso". Os líderes do G20 se
reunirão na semana que vem (11 e 12 de novembro) para discutir
os desequilíbrios da economia global.

No mercado brasileiro, a ausência de notícias manteve o
foco no exterior. Na opinião de analistas, o governo só deve
tomar novas medidas contra a valorização do real após a reunião
do G20. "Antes disso acho difícil vir algo", disse o gerente de
câmbio de um banco dealer, que não quis ser identificado.

A atuação do governo no câmbio se restringiu, nesta
sexta-feira, aos dois leilões habituais de compra no mercado à
vista.

No mercado futuro, a aposta de estrangeiros na valorização
do real voltou às máximas recentes após um breve recuo em
outubro, diante das medidas do governo no câmbio.

Na quinta-feira, os investidores não-residentes mantinham
16,148 bilhões de dólares em posições vendidas em contratos de
dólar futuro e cupom cambial, ante 10,238 bilhões de dólares no
final do mês passado, segundo dados da BM&FBovespa.

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