CÂMBIO-DÓlar opera em baixa, mas volume ainda está fraco

SÃO PAULO, 20 de dezembro (Reuters) - O dólar opera em
baixa nesta segunda-feira, com volume de negócios ainda fraco,
à medida que investidores aproveitam a alta dos últimos pregões
para ajustar posições.

Às 11h05, o dólar caía 0,23 por cento, a 1,711 real .
Frente a uma cesta de moedas, o dólar exibia variação positiva
de 0,12 por cento . O euro recuava 0,33 por cento,
a 1,3143 dólar.

"A proximidade do final de ano diminuirá a liquidez nos
mercados domésticos nas próximas semanas... a tendência do
mercado é forçar a formação da Ptax deste mês para baixo, visto
que os estrangeiros permanecem vendidos em algo em torno de 11
bilhões de dólares", comentou a LCA, em boletim diário.

O foco dos investidores continua no cenário externo,
especialmente na Europa, onde persiste a preocupação com a
situação fiscal de alguns países.

A queda do euro em relação ao dólar e ao franco suíço nesta
segunda-feira reflete esse receio com os problemas de dívida na
zona do euro, o que deve persistir até que autoridades da
região deixem claro como irão resolver a questão.

"Eu, particularmente, acredito que o câmbio está alto, o
mercado deveria buscar algo próximo de 1,69 real, 1,685 real,
mas tem as notícias lá fora, Irlanda, Portugal, mudança na
classificação de risco nos países, isso deu uma entornada no
caldo", comentou João Medeiros, diretor de câmbio da corretora
Pioneer.

Segundo ele, o fluxo de entrada de dólares justificaria uma
cotação mais baixa da moeda norte-americana. Contudo, vale
ponderar que nos próximos dias o volume tende a ficar menor. De
acordo com Medeiros, por volta das 10h30 (horário de Brasília),
o volume de negócios registrados no câmbio estava em pouco mais
de 50 milhões de dólares, considerado baixo.

"O ano efetivamente acabou, a não ser que tenha algo mais
sério aqui. Mas a maioria das empresas já saiu para as férias
coletivas e só volta na primeira semana de janeiro", lembrou o
diretor da Pioneer.

Além do receio com o mercado externo, internamente os
investidores adotam certa cautela com a troca de governo.
"Temos a garantia da presidente de que vai manter a mesma
política adotada até agora, mas o mercado tem receio que
aconteça algo diferente", concluiu Medeiros.

(Por Nathália Ferreira; Edição de Vanessa Stelzer)

SÃO PAULO, 20 de dezembro (Reuters) - O dólar opera em
baixa nesta segunda-feira, com volume de negócios ainda fraco,
à medida que investidores aproveitam a alta dos últimos pregões
para ajustar posições.

Às 11h05, o dólar caía 0,23 por cento, a 1,711 real .
Frente a uma cesta de moedas, o dólar exibia variação positiva
de 0,12 por cento . O euro recuava 0,33 por cento,
a 1,3143 dólar.

"A proximidade do final de ano diminuirá a liquidez nos
mercados domésticos nas próximas semanas... a tendência do
mercado é forçar a formação da Ptax deste mês para baixo, visto
que os estrangeiros permanecem vendidos em algo em torno de 11
bilhões de dólares", comentou a LCA, em boletim diário.

O foco dos investidores continua no cenário externo,
especialmente na Europa, onde persiste a preocupação com a
situação fiscal de alguns países.

A queda do euro em relação ao dólar e ao franco suíço nesta
segunda-feira reflete esse receio com os problemas de dívida na
zona do euro, o que deve persistir até que autoridades da
região deixem claro como irão resolver a questão.

"Eu, particularmente, acredito que o câmbio está alto, o
mercado deveria buscar algo próximo de 1,69 real, 1,685 real,
mas tem as notícias lá fora, Irlanda, Portugal, mudança na
classificação de risco nos países, isso deu uma entornada no
caldo", comentou João Medeiros, diretor de câmbio da corretora
Pioneer.

Segundo ele, o fluxo de entrada de dólares justificaria uma
cotação mais baixa da moeda norte-americana. Contudo, vale
ponderar que nos próximos dias o volume tende a ficar menor. De
acordo com Medeiros, por volta das 10h30 (horário de Brasília),
o volume de negócios registrados no câmbio estava em pouco mais
de 50 milhões de dólares, considerado baixo.

"O ano efetivamente acabou, a não ser que tenha algo mais
sério aqui. Mas a maioria das empresas já saiu para as férias
coletivas e só volta na primeira semana de janeiro", lembrou o
diretor da Pioneer.

Além do receio com o mercado externo, internamente os
investidores adotam certa cautela com a troca de governo.
"Temos a garantia da presidente de que vai manter a mesma
política adotada até agora, mas o mercado tem receio que
aconteça algo diferente", concluiu Medeiros.

(Por Nathália Ferreira; Edição de Vanessa Stelzer)