CÂMBIO-BC suaviza atuação, mas dólar tem apenas leve baixa
Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 27 de setembro (Reuters) - O dólar fechou em leve baixa nesta segunda-feira, após o Banco Central adotar uma postura mais branda com apenas um leilão de compra da moeda norte-americana no mercado. A divisa teve variação negativa de 0,06 por cento, a 1,710 real. O BC promoveu apenas um […]
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2010 às 13h40.
Por Silvio Cascione
SÃO PAULO, 27 de setembro (Reuters) - O dólar fechou em
leve baixa nesta segunda-feira, após o Banco Central adotar uma
postura mais branda com apenas um leilão de compra da moeda
norte-americana no mercado.
A divisa teve variação negativa de 0,06 por cento, a
1,710 real.
O BC promoveu apenas um leilão de compra de dólares no
mercado à vista, no final da tarde. A autoridade monetária
vinha realizando dois leilões por dia desde o dia 8, para fazer
frente ao fluxo de dólares atípico para a capitalização da
Petrobras .
A intervenção menos intensa coincide com a avaliação do
governo de que a entrada de capitais no país deve ficar mais
branda após a oferta de ações da estatal.
Nesta manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse
que espera agora uma "calmaria" no mercado de câmbio
[ID:nN27259516], mas reiterou o "arsenal" que o governo tem
para frear a valorização do real caso necessário.
Com os comentários, a taxa de câmbio permaneceu estagnada,
acima de 1,70 real.
"Ninguém tem coragem de chegar e fazer uma venda forte",
disse o operador de câmbio de um banco nacional, que preferiu
não ser identificado.
Na semana passada, analistas já comentavam que o governo
tem conseguido impor um piso ao dólar sem recorrer a medidas
como o uso do Fundo Soberano na compra de dólares
[ID:nN22247547].
Passada a oferta de ações da Petrobras, o mercado agora
tenta definir os rumos do mercado de câmbio até o final do
ano.
Para Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, o
crescente déficit em transações correntes pode dar espaço a um
ajuste do dólar para cima. É preciso também ficar atento à
possibilidade de os bancos terem coberto posições vendidas no
mercado à vista.
Já David Beker, do Bank of America Merrill Lynch, pondera
que as condições globais são favoráveis à valorização do real.
"A intervenção japonesa no câmbio e a expectativa de juros
baixos no G3 por um longo período dão força para o 'carry
trade' estrutural, com posição comprada em moedas da América
Latina."
No restante da semana, segue também a rolagem de contratos
futuros que vencem na BM&FBovespa com a virada do mês. Os
investidores estrangeiros, com 14,7 bilhões de dólares em
posições vendidas em dólar futuro e cupom cambial, são os
agentes mais interessados na força do real.
(Edição de Daniela Machado)
Por Silvio Cascione
SÃO PAULO, 27 de setembro (Reuters) - O dólar fechou em
leve baixa nesta segunda-feira, após o Banco Central adotar uma
postura mais branda com apenas um leilão de compra da moeda
norte-americana no mercado.
A divisa teve variação negativa de 0,06 por cento, a
1,710 real.
O BC promoveu apenas um leilão de compra de dólares no
mercado à vista, no final da tarde. A autoridade monetária
vinha realizando dois leilões por dia desde o dia 8, para fazer
frente ao fluxo de dólares atípico para a capitalização da
Petrobras .
A intervenção menos intensa coincide com a avaliação do
governo de que a entrada de capitais no país deve ficar mais
branda após a oferta de ações da estatal.
Nesta manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse
que espera agora uma "calmaria" no mercado de câmbio
[ID:nN27259516], mas reiterou o "arsenal" que o governo tem
para frear a valorização do real caso necessário.
Com os comentários, a taxa de câmbio permaneceu estagnada,
acima de 1,70 real.
"Ninguém tem coragem de chegar e fazer uma venda forte",
disse o operador de câmbio de um banco nacional, que preferiu
não ser identificado.
Na semana passada, analistas já comentavam que o governo
tem conseguido impor um piso ao dólar sem recorrer a medidas
como o uso do Fundo Soberano na compra de dólares
[ID:nN22247547].
Passada a oferta de ações da Petrobras, o mercado agora
tenta definir os rumos do mercado de câmbio até o final do
ano.
Para Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, o
crescente déficit em transações correntes pode dar espaço a um
ajuste do dólar para cima. É preciso também ficar atento à
possibilidade de os bancos terem coberto posições vendidas no
mercado à vista.
Já David Beker, do Bank of America Merrill Lynch, pondera
que as condições globais são favoráveis à valorização do real.
"A intervenção japonesa no câmbio e a expectativa de juros
baixos no G3 por um longo período dão força para o 'carry
trade' estrutural, com posição comprada em moedas da América
Latina."
No restante da semana, segue também a rolagem de contratos
futuros que vencem na BM&FBovespa com a virada do mês. Os
investidores estrangeiros, com 14,7 bilhões de dólares em
posições vendidas em dólar futuro e cupom cambial, são os
agentes mais interessados na força do real.
(Edição de Daniela Machado)