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CÂMBIO-BC segue intervindo e dólar fecha estável, a R$1,664

Por José de Castro SÃO PAULO, 25 de fevereiro (Reuters) - As intervenções do Banco Central no mercado de câmbio deixaram o dólar estável nesta sexta-feira, após a moeda ter recuado mais cedo à mínima em quase dois meses. A divisa norte-americana fechou a 1,664 real na venda. Pela manhã, a cotação cedeu a 1,659 […]

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 16h51.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 25 de fevereiro (Reuters) - As intervenções do
Banco Central no mercado de câmbio deixaram o dólar estável
nesta sexta-feira, após a moeda ter recuado mais cedo à mínima
em quase dois meses.

A divisa norte-americana fechou a 1,664 real na venda. Pela
manhã, a cotação cedeu a 1,659 real, menor patamar intradia
desde 4 de janeiro.

No acumulado da semana, o dólar também mostrou
estabilidade.

"O máximo que o BC consegue fazer com os leilões é segurar
o dólar, mas isso é momentâneo. Os contínuos ingressos de
recursos fazem com que o mercado (dólar) tenha uma tendência de
baixa", afirmou Moacir Marcos Júnior, operador de câmbio da
Interbolsa do Brasil.

Nesta sessão, a autoridade monetária interveio com dois
leilões de compra no segmento à vista e uma operação de swap
cambial reverso.

A artilharia do BC, que também tem incluído leilões de
compra de moeda no mercado a termo, encaixa-se na estratégia do
governo de frear a valorização do real e proteger os
exportadores.

O dólar também anulou a perda frente ao real em reação à
recuperação da divisa no exterior, em meio à redução dos
temores ligados a uma crise política na Líbia, o que abria
espaço também para alguma estabilização nos preços do petróleo
em Nova York e em Londres .

Contra uma cesta de moedas , o dólar subia 0,3 por
cento no final da tarde, com o euro perdendo valor.

Ainda assim, analistas do Wells Fargo apontaram que o
desempenho do dólar nesta semana foi aquém do esperado.

"O dólar não tem se comportado como esperado.
Aparentemente, não tem havido busca por segurança na moeda.
Desde a eclosão dos eventos no Oriente Médio e no norte da
África, a divisa só tem caído", escreveram em relatório.

Também em nota a clientes, o banco francês BNP Paribas
concluiu por meio de um novo modelo de valor que o real está
levemente "desvalorizado" frente ao dólar.

"As reservas internacionais, a balança comercial e o
diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos explicam
nossa mudança na avaliação entre real e dólar", escreveram os
economistas da área de câmbio para a América Latina.

"Vemos o real como uma moeda defensiva com elevada
arbitragem. Recomendamos ficar comprado em real, não somente
contra o dólar, mas também ante outras moedas
latino-americanas."

Moacir Marcos Júnior, da Interbolsa, lembrou que na próxima
semana os investidores vão estar ajustando posições em meio à
definição da última Ptax do mês. A Ptax é a taxa média
ponderada do dólar, que serve de referência para a liquidação
de contratos futuros e outros derivativos.

"E o mercado vai querer derrubar a Ptax, o que pode fazer o
dólar testar 1,65 (real)", afirmou.

(Edição de Isabel Versiani)

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