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CÂMBIO-Ajuste de posições impulsiona dólar; foco segue na Europa

SÃO PAULO, 17 de dezembro (Reuters) - O dólar operava em leve alta nesta sexta-feira, em meio ao movimento de investidores ajustando posições e comprando a moeda norte-americana, já de olho no final do ano. A Europa segue como foco de atenção, mas por enquanto não traz estresse ao mercado doméstico. Lá fora, o dólar […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2010 às 10h33.

SÃO PAULO, 17 de dezembro (Reuters) - O dólar operava em
leve alta nesta sexta-feira, em meio ao movimento de
investidores ajustando posições e comprando a moeda
norte-americana, já de olho no final do ano. A Europa segue
como foco de atenção, mas por enquanto não traz estresse ao
mercado doméstico.

Lá fora, o dólar registra desvalorização, o que pode se
refletir no mercado local ao longo do pregão, disseram
especialistas.

Às 11h33 (horário de Brasília), o dólar subia 0,35 por
cento, a 1,708 real . Frente a uma cesta de moedas, o
dólar exibia queda de 0,18 por cento . O euro
ganhava 0,12 por cento, a 1,3255 dólar.

"Os investidores começam a puxar um pouco a posição para
tentar virar o ano com posição comprada em dólar, mas não sei
se isso vai se manter", avaliou Mário Battistel, gerente de
câmbio da Fair Corretora.

O consultor financeiro da Previbank DTVM, Jorge Lima,
lembrou que o mercado estabeleceu um piso para o dólar em 1,70
real, que vem sendo respeitado.

Em relação à Europa, a notícia do rebaixamento do rating da
Irlanda pela Moody's -- de Aa2 para Baa1 -- não traz nervosismo
no mercado interno, uma vez que as dificuldades do país não são
novidade e já foram aprovadas ajudas financeiras, como o
empréstimo de 22,5 bilhões de euros pelo Fundo Monetário
Internacional.

"O que se entende é que esse rebaixamento devia ter sido
feito proporcionalmente, ao longo do tempo, e não um downgrade
direto de vários pontos depois que as coisas já aconteceram.
Isso é fato passado", resumiu Lima.

Ainda na Europa, os investidores monitoram o encontro dos
líderes da União Europeia, iniciado na véspera. A cúpula tem
como objetivo restaurar a confiança do mercado ao criar uma
rede de segurança financeira permanente para a zona do euro a
partir de 2013, com os líderes prometendo fazer o que for
preciso para proteger a moeda comum.

O esboço do comunicado da cúpula, divulgado nesta
sexta-feira, mostrou que os líderes concordaram em tentar
aumentar os vencimentos das novas emissões de bônus soberanos e
envolver investidores privados no mecanismo a ser criado em
2013.

"Sem dúvida nenhuma, a Europa ainda é uma preocupação. Há
essa reunião da cúpula para tentar uma solução mais
transparente para a questão, mas acredito que as ajudas
caminharão de acordo com a necessidade, como aconteceu com a
Irlanda", disse Lima.

Battistel, da Fair, acredita que os líderes tentarão fazer
de tudo para tentar recompor a economia europeia, mas os
comentários dos líderes durante a cúpula parecem "discurso de
final de ano". "Eles vão empurrar a questão até o ano que vem",
brincou.

Nos EUA, a notícia positiva para os mercados foi a
aprovação da extensão do corte de impostos iniciado na era
Bush. Lima, da Previbank, avaliou que a aprovação dos cortes
"abre uma perspectiva nova para a recuperação da economia dos
EUA, que vem acontecendo, ainda que de forma fraca e lenta".

(Por Nathália Ferreira; Edição de Vanessa Stelzer)

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SÃO PAULO, 17 de dezembro (Reuters) - O dólar operava em
leve alta nesta sexta-feira, em meio ao movimento de
investidores ajustando posições e comprando a moeda
norte-americana, já de olho no final do ano. A Europa segue
como foco de atenção, mas por enquanto não traz estresse ao
mercado doméstico.

Lá fora, o dólar registra desvalorização, o que pode se
refletir no mercado local ao longo do pregão, disseram
especialistas.

Às 11h33 (horário de Brasília), o dólar subia 0,35 por
cento, a 1,708 real . Frente a uma cesta de moedas, o
dólar exibia queda de 0,18 por cento . O euro
ganhava 0,12 por cento, a 1,3255 dólar.

"Os investidores começam a puxar um pouco a posição para
tentar virar o ano com posição comprada em dólar, mas não sei
se isso vai se manter", avaliou Mário Battistel, gerente de
câmbio da Fair Corretora.

O consultor financeiro da Previbank DTVM, Jorge Lima,
lembrou que o mercado estabeleceu um piso para o dólar em 1,70
real, que vem sendo respeitado.

Em relação à Europa, a notícia do rebaixamento do rating da
Irlanda pela Moody's -- de Aa2 para Baa1 -- não traz nervosismo
no mercado interno, uma vez que as dificuldades do país não são
novidade e já foram aprovadas ajudas financeiras, como o
empréstimo de 22,5 bilhões de euros pelo Fundo Monetário
Internacional.

"O que se entende é que esse rebaixamento devia ter sido
feito proporcionalmente, ao longo do tempo, e não um downgrade
direto de vários pontos depois que as coisas já aconteceram.
Isso é fato passado", resumiu Lima.

Ainda na Europa, os investidores monitoram o encontro dos
líderes da União Europeia, iniciado na véspera. A cúpula tem
como objetivo restaurar a confiança do mercado ao criar uma
rede de segurança financeira permanente para a zona do euro a
partir de 2013, com os líderes prometendo fazer o que for
preciso para proteger a moeda comum.

O esboço do comunicado da cúpula, divulgado nesta
sexta-feira, mostrou que os líderes concordaram em tentar
aumentar os vencimentos das novas emissões de bônus soberanos e
envolver investidores privados no mecanismo a ser criado em
2013.

"Sem dúvida nenhuma, a Europa ainda é uma preocupação. Há
essa reunião da cúpula para tentar uma solução mais
transparente para a questão, mas acredito que as ajudas
caminharão de acordo com a necessidade, como aconteceu com a
Irlanda", disse Lima.

Battistel, da Fair, acredita que os líderes tentarão fazer
de tudo para tentar recompor a economia europeia, mas os
comentários dos líderes durante a cúpula parecem "discurso de
final de ano". "Eles vão empurrar a questão até o ano que vem",
brincou.

Nos EUA, a notícia positiva para os mercados foi a
aprovação da extensão do corte de impostos iniciado na era
Bush. Lima, da Previbank, avaliou que a aprovação dos cortes
"abre uma perspectiva nova para a recuperação da economia dos
EUA, que vem acontecendo, ainda que de forma fraca e lenta".

(Por Nathália Ferreira; Edição de Vanessa Stelzer)

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