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BTG supera CSN e Pão de Açúcar com valor de mercado de R$ 27 bilhões

Valor por papel do banco saiu a R$ 31,25 no IPO, no centro do intervalo estimado para a oferta

Banco de investimentos de André Esteves é a 16ª maior empresa da Bovespa (Julio Bittencourt)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 21h44.

São Paulo - O BTG Pactual emplacou a maior oferta inicial do mercado acionário brasileiro em quase três anos, numa operação que o coloca como uma das 20 maiores companhias listadas da Bovespa.

O banco do bilionário André Esteves levantou 3,656 bilhões de reais com a venda de 117 milhões de units, a 31,25 reais cada, no centro da faixa fixada pelos coordenadores da oferta, de 28,75 a 33,75 reais, como mostrou nesta terça-feira a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Foi o maior IPO desde os cerca de 14 bilhões de reais levantados por outro banco, o Santander Brasil em outubro de 2009.

A operação do BTG, o maior banco de investimentos independente da América Latina, colocou 93,6 milhões de papéis na oferta primária (papéis novos) e 23,4 milhões na secundária (títulos vendidos pelos atuais sócios).

Segundo o IFR, serviço da Thomson Reuters, a transação atraiu 170 grandes investidores, o que garantiu demanda três vezes superior à oferta. Ainda assim, a quantidade vendida ficou aquém dos 121,5 milhões de unidades que BTG Pactual e parceiros ofereciam na operação.

O resultado da oferta confere ao banco um valor de mercado de cerca de 27 bilhões de reais, colocando-o como a décima-sexta maior empresa listada na Bovespa, à frente de gigantes domésticas como CSN e Pão de Açúcar.

A operação pode dar fôlego ao combalido mercado acionário brasileiro, que vem enfileirando uma série de fracassos nos últimos anos, com a maior aversão a risco dos investidores, em meio à sucessão de crises internacionais.

A última estreia na bolsa paulista ocorreu na segunda-feira, da locadora de veículos Locamérica, e que saiu abaixo da faixa esperada pelos coordenadores. Antes, em julho, a Abril Educação também saiu abaixo do esperado.


Desde então, várias empresas que pretendiam estrear na bolsa adiaram ou simplesmente canceleram os planos, após perceberem fraca demanda do mercado por seus papéis, grupo que inclui as operadoras de turismo CVC e Brasil Travel, a empresa de infraestrutura Isolux e a de petróleo e gás Seabras.

De todo modo, a previsão do presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, é de que cerca de 40 companhias brasileiras estejam prontas para abrir o capital este ano.

No caso do BTG, o investidor parece não ter se incomodado muito com o fato de Esteves ter sido multado pelo órgão regulador do mercado de capitais da Itália, em 350 mil euros por uso de informações privilegiadas.

A negociação das units na Bovespa acontece na próxima quinta-feira (26), com o código "BBTG11".

Em paralelo, o BTG está realizando uma oferta de recibos de units, com papéis que serão listados na bolsa de Amsterdã. A precificação será anunciada na quarta-feira.

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São Paulo - O BTG Pactual emplacou a maior oferta inicial do mercado acionário brasileiro em quase três anos, numa operação que o coloca como uma das 20 maiores companhias listadas da Bovespa.

O banco do bilionário André Esteves levantou 3,656 bilhões de reais com a venda de 117 milhões de units, a 31,25 reais cada, no centro da faixa fixada pelos coordenadores da oferta, de 28,75 a 33,75 reais, como mostrou nesta terça-feira a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Foi o maior IPO desde os cerca de 14 bilhões de reais levantados por outro banco, o Santander Brasil em outubro de 2009.

A operação do BTG, o maior banco de investimentos independente da América Latina, colocou 93,6 milhões de papéis na oferta primária (papéis novos) e 23,4 milhões na secundária (títulos vendidos pelos atuais sócios).

Segundo o IFR, serviço da Thomson Reuters, a transação atraiu 170 grandes investidores, o que garantiu demanda três vezes superior à oferta. Ainda assim, a quantidade vendida ficou aquém dos 121,5 milhões de unidades que BTG Pactual e parceiros ofereciam na operação.

O resultado da oferta confere ao banco um valor de mercado de cerca de 27 bilhões de reais, colocando-o como a décima-sexta maior empresa listada na Bovespa, à frente de gigantes domésticas como CSN e Pão de Açúcar.

A operação pode dar fôlego ao combalido mercado acionário brasileiro, que vem enfileirando uma série de fracassos nos últimos anos, com a maior aversão a risco dos investidores, em meio à sucessão de crises internacionais.

A última estreia na bolsa paulista ocorreu na segunda-feira, da locadora de veículos Locamérica, e que saiu abaixo da faixa esperada pelos coordenadores. Antes, em julho, a Abril Educação também saiu abaixo do esperado.


Desde então, várias empresas que pretendiam estrear na bolsa adiaram ou simplesmente canceleram os planos, após perceberem fraca demanda do mercado por seus papéis, grupo que inclui as operadoras de turismo CVC e Brasil Travel, a empresa de infraestrutura Isolux e a de petróleo e gás Seabras.

De todo modo, a previsão do presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, é de que cerca de 40 companhias brasileiras estejam prontas para abrir o capital este ano.

No caso do BTG, o investidor parece não ter se incomodado muito com o fato de Esteves ter sido multado pelo órgão regulador do mercado de capitais da Itália, em 350 mil euros por uso de informações privilegiadas.

A negociação das units na Bovespa acontece na próxima quinta-feira (26), com o código "BBTG11".

Em paralelo, o BTG está realizando uma oferta de recibos de units, com papéis que serão listados na bolsa de Amsterdã. A precificação será anunciada na quarta-feira.

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