Braskem salta 6% na bolsa em meio a expectativas com Petrobras
Estatal reforçou que mantém processo de due diligence e que nenhuma decisão foi tomada
Repórter de Invest
Publicado em 18 de setembro de 2023 às 14h08.
Última atualização em 18 de setembro de 2023 às 19h30.
As ações da Braskem (BRKM5) foram o grande destaque de alta na bolsa nesta segunda-feira, 18, de olho nas movimentações em torno da vendado controle da empresa. No domingo, o colunista do O Globo Lauro Jardim noticiou que a Petrobras (PETR4), segunda maior acionista da petroquímica, escolheu a proposta feita pela Apollo Global e a Adnoc como a que mais se encaixa com seus interesses como sócia – e que, teria, inclusive, levado a decisão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em reação, os papéis da Braskem avançaram 5,84% – mesmo após as empresas reforçarem que nenhuma decisão está tomada. Em comunicado, a Petrobras afirmou que mantém o processo de due diligence (auditoria) na Braskem, que vai decidir sobre o desinvestimento ou aumento da participação da companhia no momento da venda das ações detidas pela Novonor (ex-Odebrecht).
Já a Novonor informou que “desde nossas últimas manifestações, até o presente momento, não houve qualquer evolução material ou vinculante nas discussões que vêm mantendo com as eventuais partes interessadas na aquisição de sua participação indireta na Braskem”.
O que está em jogo
Até o momento, a Novonor recebeu duas propostas para a venda de 50,1% no capital ordinário da Braskem.A primeira, de um consórcio formado pelo fundo americano Apollo e a petroleira de Abu Dhabi Adnoc. A segunda foi apresentada pela Unipar.
A Petrobras entra no jogo por ser a segunda maior acionistas e cocontroladora da empresa, com 47% das ações votantes. Com essa posição, a estatal tem direito de vender sua participação nas mesmas condições que a Novonor (tag along) ou direito de preferência caso queira adquirir as ações e aumentar sua participação. Embora não esteja confirmado, a expectativa é que a Petrobras mantenha a participação na Braskem. E ao continuar com 47% das ações votantes, a petroleira teria um grande peso na decisão de sua próxima sócia.