Bovespa segue otimismo externo, mas foco é Bernanke
O otimismo contamina os principais índices de ações na Europa e os futuros em Nova York, o que se reflete no Brasil
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2012 às 10h34.
São Paulo - Apesar dos dados ruins divulgados na Europa na manhã desta sexta-feira, os mercados se apegam à esperança de que o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, anuncie ou pelo menos sinalize no simpósio de Jackson Hole novos incentivos à economia norte-americana. O otimismo contamina os principais índices de ações na Europa e os futuros em Nova York, o que se reflete no Brasil. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre, divulgado nesta manhã, mostrou alta de 0,4% ante os primeiros três meses do ano, mas o dado não deve influenciar diretamente os negócios com ações.
Às 10h08 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,76%, aos 57.690 pontos. Em Nova York, o S&P futuro tinha alta de 0,78%, enquanto o Nasdaq futuro avançava 0,96%. Na Europa, onde os índices à vista já operam, Londres subia 0,45%, Paris tinha alta de 1,16%, Frankfurt avançava 1,35% e Madri registrava ganhos de 1,98%.
Mais cedo, Alemanha, Espanha e Grécia divulgaram dados fracos do varejo. As vendas na Alemanha recuaram 0,9% em julho ante junho, contrariando a expectativa de alta de 0,1%. Na Espanha, houve queda de 7,3% em julho na comparação com julho do ano passado, enquanto na Grécia o desempenho do comércio varejista registrou contração de 10,7%, também em base anual.
Além disso, a taxa de desemprego na zona do euro atingiu um novo recorde em julho, ao alcançar 11,3% da força de trabalho. Segundo a Eurostat, 18 milhões de pessoas estavam desempregadas no mês passado na região, o que representa aumento de 88 mil em relação a junho e o maior total desde o início da série, em janeiro de 1995.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) na zona do euro subiu 2,6% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o que indica aceleração ante a taxa anual de 2,4% verificada em julho, na mesma base de comparação. Os dados são preliminares e ficaram acima da previsão de alta de 2,5%.
Apesar dos números ruins, os investidores se apegam à esperança de que, no discurso desta sexta-feira, às 11h, Bernanke anuncie algo palpável. "A gente vai ficar de olho no presidente do Fed. Se não vier nada, (a pressão de alta) pode mudar, porque o mercado está muito em cima disso. Todos só falam de QE3 (terceira rodada de relaxamento quantitativo)", afirmou um operador ouvido pela Agência Estado.
O economista-chefe da Órama investimentos, Álvaro Bandeira, diz que a Bolsa hoje é "uma loteria". "Temos que esperar as 11h para ver o que Bernanke falará. Se não vier algo de mais definitivo, os índices de ações vão mudar a tendência e ajustar um pouco para baixo. Se vier um discurso dentro do esperado, o mercado, que já vinha precificando um pouco (o QE3), não deve mais subir tanto", afirmou.
Nesta manhã, o IBGE informou alta de 0,4% no PIB no segundo trimestre do ano, na margem, e de 0,5% em relação ao segundo trimestre de 2011.
No primeiro semestre do ano, o PIB avançou 0,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados, no entanto, não devem alterar de forma decisiva o movimento do Ibovespa, muito mais sintonizado com o que acontece nos Estados Unidos e na Europa.
São Paulo - Apesar dos dados ruins divulgados na Europa na manhã desta sexta-feira, os mercados se apegam à esperança de que o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, anuncie ou pelo menos sinalize no simpósio de Jackson Hole novos incentivos à economia norte-americana. O otimismo contamina os principais índices de ações na Europa e os futuros em Nova York, o que se reflete no Brasil. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre, divulgado nesta manhã, mostrou alta de 0,4% ante os primeiros três meses do ano, mas o dado não deve influenciar diretamente os negócios com ações.
Às 10h08 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,76%, aos 57.690 pontos. Em Nova York, o S&P futuro tinha alta de 0,78%, enquanto o Nasdaq futuro avançava 0,96%. Na Europa, onde os índices à vista já operam, Londres subia 0,45%, Paris tinha alta de 1,16%, Frankfurt avançava 1,35% e Madri registrava ganhos de 1,98%.
Mais cedo, Alemanha, Espanha e Grécia divulgaram dados fracos do varejo. As vendas na Alemanha recuaram 0,9% em julho ante junho, contrariando a expectativa de alta de 0,1%. Na Espanha, houve queda de 7,3% em julho na comparação com julho do ano passado, enquanto na Grécia o desempenho do comércio varejista registrou contração de 10,7%, também em base anual.
Além disso, a taxa de desemprego na zona do euro atingiu um novo recorde em julho, ao alcançar 11,3% da força de trabalho. Segundo a Eurostat, 18 milhões de pessoas estavam desempregadas no mês passado na região, o que representa aumento de 88 mil em relação a junho e o maior total desde o início da série, em janeiro de 1995.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) na zona do euro subiu 2,6% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o que indica aceleração ante a taxa anual de 2,4% verificada em julho, na mesma base de comparação. Os dados são preliminares e ficaram acima da previsão de alta de 2,5%.
Apesar dos números ruins, os investidores se apegam à esperança de que, no discurso desta sexta-feira, às 11h, Bernanke anuncie algo palpável. "A gente vai ficar de olho no presidente do Fed. Se não vier nada, (a pressão de alta) pode mudar, porque o mercado está muito em cima disso. Todos só falam de QE3 (terceira rodada de relaxamento quantitativo)", afirmou um operador ouvido pela Agência Estado.
O economista-chefe da Órama investimentos, Álvaro Bandeira, diz que a Bolsa hoje é "uma loteria". "Temos que esperar as 11h para ver o que Bernanke falará. Se não vier algo de mais definitivo, os índices de ações vão mudar a tendência e ajustar um pouco para baixo. Se vier um discurso dentro do esperado, o mercado, que já vinha precificando um pouco (o QE3), não deve mais subir tanto", afirmou.
Nesta manhã, o IBGE informou alta de 0,4% no PIB no segundo trimestre do ano, na margem, e de 0,5% em relação ao segundo trimestre de 2011.
No primeiro semestre do ano, o PIB avançou 0,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados, no entanto, não devem alterar de forma decisiva o movimento do Ibovespa, muito mais sintonizado com o que acontece nos Estados Unidos e na Europa.