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Bovespa se equilibra entre pacote e economia global

Bolsa deve voltar a perder esse nível hoje, segundo a opinião de um operador do mercado

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 10h51.

São Paulo - Ao que tudo indica, a Bovespa recuperou os 65 mil pontos ontem, para voltar a perder esse nível hoje, na opinião de um operador do mercado. Apesar dessa visão, o Ibovespa abriu hoje em alta de 0,20%, aos 65.343,79 pontos. Às 10h32, o índice subia 0,44%. O fato é que os mercados financeiros estão carentes de novos estímulos para retomar o apetite ao risco e os sinais inconclusivos sobre os rumos da economia global deixam os investidores receosos. Por aqui, as medidas adicionais para reativar a indústria brasileira podem ser um gatilho para o dia, mas tudo vai depender do comportamento dos negócios no exterior.

Para um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, a ausência de notícias relevantes nesta terça-feira e a falta de um condutor para os negócios podem abrir espaço para uma realização de lucros. "Ontem subiu para hoje cair", brinca.

O principal evento econômico previsto para o dia está agendado para as 15 horas, quando o Federal Reserve publica a ata da última reunião de política monetária. O documento, porém, deve destacar o compromisso do Banco Central dos EUA de manter os juros baixos até 2014 e trazer o mesmo tom cauteloso dos últimos avisos dados pelo presidente da instituição, Ben Bernanke.

Ainda nos EUA, saem os dados das encomendas à indústria em fevereiro. Já na Europa, as atenções seguem voltadas à Espanha, que hoje apresenta os planos detalhados do Orçamento de 2012 ao Parlamento do país. Enquanto isso, a Bolsa de Madri e a de Frankfurt caem.

Já no Brasil, a produção industrial registrou a maior alta em um ano, ao crescer 1,3% em fevereiro ante janeiro, acima da mediana prevista após levantamento feito pelo AE Projeções. Já na comparação ante fevereiro de 2010, houve uma queda de 3,9%, mais suave que as estimativas coletadas. Além disso, o IBGE revisou os dados da indústria em janeiro, que apontaram uma retração menor, de -1,5% ante dezembro, ante a leitura original de -2,1%.

Hoje o governo brasileiro anuncia mais um pacote de medidas para estimular a atividade industrial, que passa por uma crise de competitividade em função da pesada carga tributária, da desleal concorrência internacional e da valorizada taxa de câmbio.

Segundo o profissional citado acima em anonimato, dependendo do que for anunciado pela presidente Dilma Rousseff e seus ministros da área econômica, as ações ligadas à demanda doméstica podem reagir em alta, descolando, inclusive, o desempenho da Bolsa em relação às praças internacionais.

Nesse sentido, o analista técnico Gilberto Coelho avalia que os sinais de recuperação do Ibovespa começam a ganhar consistência, com uma consolidação do suporte em torno dos 64 mil pontos, que delimita o canal de alta do índice à vista. Porém, de acordo com ele, o jogo na Bolsa só começa a esquentar se a marca dos 66 mil pontos for testada, favorecendo a trajetória ascendente rumo até os 69 mil pontos.

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São Paulo - Ao que tudo indica, a Bovespa recuperou os 65 mil pontos ontem, para voltar a perder esse nível hoje, na opinião de um operador do mercado. Apesar dessa visão, o Ibovespa abriu hoje em alta de 0,20%, aos 65.343,79 pontos. Às 10h32, o índice subia 0,44%. O fato é que os mercados financeiros estão carentes de novos estímulos para retomar o apetite ao risco e os sinais inconclusivos sobre os rumos da economia global deixam os investidores receosos. Por aqui, as medidas adicionais para reativar a indústria brasileira podem ser um gatilho para o dia, mas tudo vai depender do comportamento dos negócios no exterior.

Para um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, a ausência de notícias relevantes nesta terça-feira e a falta de um condutor para os negócios podem abrir espaço para uma realização de lucros. "Ontem subiu para hoje cair", brinca.

O principal evento econômico previsto para o dia está agendado para as 15 horas, quando o Federal Reserve publica a ata da última reunião de política monetária. O documento, porém, deve destacar o compromisso do Banco Central dos EUA de manter os juros baixos até 2014 e trazer o mesmo tom cauteloso dos últimos avisos dados pelo presidente da instituição, Ben Bernanke.

Ainda nos EUA, saem os dados das encomendas à indústria em fevereiro. Já na Europa, as atenções seguem voltadas à Espanha, que hoje apresenta os planos detalhados do Orçamento de 2012 ao Parlamento do país. Enquanto isso, a Bolsa de Madri e a de Frankfurt caem.

Já no Brasil, a produção industrial registrou a maior alta em um ano, ao crescer 1,3% em fevereiro ante janeiro, acima da mediana prevista após levantamento feito pelo AE Projeções. Já na comparação ante fevereiro de 2010, houve uma queda de 3,9%, mais suave que as estimativas coletadas. Além disso, o IBGE revisou os dados da indústria em janeiro, que apontaram uma retração menor, de -1,5% ante dezembro, ante a leitura original de -2,1%.

Hoje o governo brasileiro anuncia mais um pacote de medidas para estimular a atividade industrial, que passa por uma crise de competitividade em função da pesada carga tributária, da desleal concorrência internacional e da valorizada taxa de câmbio.

Segundo o profissional citado acima em anonimato, dependendo do que for anunciado pela presidente Dilma Rousseff e seus ministros da área econômica, as ações ligadas à demanda doméstica podem reagir em alta, descolando, inclusive, o desempenho da Bolsa em relação às praças internacionais.

Nesse sentido, o analista técnico Gilberto Coelho avalia que os sinais de recuperação do Ibovespa começam a ganhar consistência, com uma consolidação do suporte em torno dos 64 mil pontos, que delimita o canal de alta do índice à vista. Porém, de acordo com ele, o jogo na Bolsa só começa a esquentar se a marca dos 66 mil pontos for testada, favorecendo a trajetória ascendente rumo até os 69 mil pontos.

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