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Bovespa reverte alta e fecha no vermelho após decisão do Fed

A bolsa fechou em queda com investidores precificando uma alta de juros nos Estados Unidos antes do esperado anteriormente

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: segundo dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,68%, a 46.721 pontos (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2015 às 17h08.

São Paulo - A bolsa brasileira fechou em queda nesta quarta-feira, com investidores precificando uma alta de juros nos Estados Unidos antes do esperado anteriormente, após o banco central norte-americano deixar a porta aberta para uma elevação já em dezembro.

O Ibovespa caiu 0,64 por cento, a 46.740 pontos, na quarta sessão consecutiva de queda.

No período, o índice acumula queda recuo de 2,16 por cento. O índice subia cerca de 0,8 por cento antes da divulgação do Fed, mas devolveu a alta e passou a recuar logo em seguida.

O giro financeiro do pregão totalizou 7,2 bilhões de reais.

O mercado já previa que o Fed não aumentaria os juros, mas esperava que uma postura mais branda alimentasse a expectativa de uma elevação mais tardia das taxas.

"A principal mudança foi que, no comunicado anterior, se falava sobre o perigo de contágio da economia global na economia americana, e agora só se fala que o Fed está monitorando os desenvolvimentos econômicos e financeiros no exterior. Serviu para passar para o mercado a impressão de que a alta de juros deve ser um pouquinho antes do precificado", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora. Embora a decisão do Fed tenha sido o acontecimento mais aguardado do dia, o cenário local também esteve na mira do mercado, que tentou antecipar se as chamadas "pedaladas fiscais" serão incluídas ou não no déficit primário deste ano, após o governo federal prever na terça-feira que o déficit do setor público deste ano será de no mínimo 48,9 bilhões de reais. Este cálculo não inclui as pedaladas.

"É uma coisa que pode ficar para o ano que vem, o que complica ainda mais o ajuste fiscal", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

DESTAQUES

=PETROBRAS subiu 1,32 por cento nas preferenciais, em linha com a alta dos preços do petróleo no exterior, que avançaram com dados sobre aumento de estoques da commodity nos EUA dentro das expectativas.

=VALE perdeu 3 por cento nas preferenciais, após o minério de ferro no mercado à vista na China atingir o menor valor desde meados de julho, com queda de 1,3 dólar, para menos de 50 dólares a tonelada. Também influenciou declaração da agência de classificação de risco Moody's afirmando que o minério de ferro deverá continuar caindo em 2016 devido ao elevado nível de estoque. =CSN caiu 6,3 por cento, também com a baixa do preço do minério de ferro e após a agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's cortar na terça-feira a nota de longo prazo em moeda estrangeira da siderúrgica, de "BB" para "BB-", com perspectiva negativa.

=HYPERMARCAS subiu 5 por cento, em reação à informação de que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, enviará proposta nesta quarta-feira de redução do ICMS sobre remédios de 18 para 12 por cento, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

=AMBEV caiu 1,92 por cento, exercendo a maior pressão de baixa no Ibovespa, uma vez que o governo paulista também deve propor aumento do ICMS da cerveja de 18 para 25 por cento, segundo reportagem da Folha. =CCR teve variação positiva de 0,33 por cento, após a empresa divulgar queda de 28,6 por cento no lucro do terceiro trimestre devido à maior despesa financeira por conta do encarecimento de sua dívida. O resultado foi modesto, mas veio dentro das expectativas de analistas compiladas pela Reuters. =SMILES subiu 2,35 por cento. Em relatório nesta quarta-feira, o Santander disse que, em seu cenário básico, o programa de passageiros frequentes da Gol pode ainda manter seu valor ocorrendo uma reestruturação, fusão ou recuperação judicial da controladora, caso em que o preço-alvo de Smiles para o fim de 2016 representaria um potencial de alta de quase 50 por cento ante o preço atual. "Acreditamos que pode haver uma oportunidade potencial de compra da ação, mas não que tenhamos chegado ao ponto de entrada", disseram os analistas do banco. =CIA HERING caiu 4,42 por cento, segunda maior baixa do dia. O JP Morgan cortou o preço-alvo da empresa para 13 reais, com recomendação "underweight".

Texto atualizado às 18h07

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São Paulo - A bolsa brasileira fechou em queda nesta quarta-feira, com investidores precificando uma alta de juros nos Estados Unidos antes do esperado anteriormente, após o banco central norte-americano deixar a porta aberta para uma elevação já em dezembro.

O Ibovespa caiu 0,64 por cento, a 46.740 pontos, na quarta sessão consecutiva de queda.

No período, o índice acumula queda recuo de 2,16 por cento. O índice subia cerca de 0,8 por cento antes da divulgação do Fed, mas devolveu a alta e passou a recuar logo em seguida.

O giro financeiro do pregão totalizou 7,2 bilhões de reais.

O mercado já previa que o Fed não aumentaria os juros, mas esperava que uma postura mais branda alimentasse a expectativa de uma elevação mais tardia das taxas.

"A principal mudança foi que, no comunicado anterior, se falava sobre o perigo de contágio da economia global na economia americana, e agora só se fala que o Fed está monitorando os desenvolvimentos econômicos e financeiros no exterior. Serviu para passar para o mercado a impressão de que a alta de juros deve ser um pouquinho antes do precificado", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora. Embora a decisão do Fed tenha sido o acontecimento mais aguardado do dia, o cenário local também esteve na mira do mercado, que tentou antecipar se as chamadas "pedaladas fiscais" serão incluídas ou não no déficit primário deste ano, após o governo federal prever na terça-feira que o déficit do setor público deste ano será de no mínimo 48,9 bilhões de reais. Este cálculo não inclui as pedaladas.

"É uma coisa que pode ficar para o ano que vem, o que complica ainda mais o ajuste fiscal", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

DESTAQUES

=PETROBRAS subiu 1,32 por cento nas preferenciais, em linha com a alta dos preços do petróleo no exterior, que avançaram com dados sobre aumento de estoques da commodity nos EUA dentro das expectativas.

=VALE perdeu 3 por cento nas preferenciais, após o minério de ferro no mercado à vista na China atingir o menor valor desde meados de julho, com queda de 1,3 dólar, para menos de 50 dólares a tonelada. Também influenciou declaração da agência de classificação de risco Moody's afirmando que o minério de ferro deverá continuar caindo em 2016 devido ao elevado nível de estoque. =CSN caiu 6,3 por cento, também com a baixa do preço do minério de ferro e após a agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's cortar na terça-feira a nota de longo prazo em moeda estrangeira da siderúrgica, de "BB" para "BB-", com perspectiva negativa.

=HYPERMARCAS subiu 5 por cento, em reação à informação de que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, enviará proposta nesta quarta-feira de redução do ICMS sobre remédios de 18 para 12 por cento, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

=AMBEV caiu 1,92 por cento, exercendo a maior pressão de baixa no Ibovespa, uma vez que o governo paulista também deve propor aumento do ICMS da cerveja de 18 para 25 por cento, segundo reportagem da Folha. =CCR teve variação positiva de 0,33 por cento, após a empresa divulgar queda de 28,6 por cento no lucro do terceiro trimestre devido à maior despesa financeira por conta do encarecimento de sua dívida. O resultado foi modesto, mas veio dentro das expectativas de analistas compiladas pela Reuters. =SMILES subiu 2,35 por cento. Em relatório nesta quarta-feira, o Santander disse que, em seu cenário básico, o programa de passageiros frequentes da Gol pode ainda manter seu valor ocorrendo uma reestruturação, fusão ou recuperação judicial da controladora, caso em que o preço-alvo de Smiles para o fim de 2016 representaria um potencial de alta de quase 50 por cento ante o preço atual. "Acreditamos que pode haver uma oportunidade potencial de compra da ação, mas não que tenhamos chegado ao ponto de entrada", disseram os analistas do banco. =CIA HERING caiu 4,42 por cento, segunda maior baixa do dia. O JP Morgan cortou o preço-alvo da empresa para 13 reais, com recomendação "underweight".

Texto atualizado às 18h07
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