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Bovespa recua quase 1% com queda em NY e incerteza doméstica

Às 13:30, o Ibovespa recuava 0,88 por cento, aos 45.228 pontos. No melhor momento, o índice chegou a subir 0,77 por cento


	Petróleo: às 13:30, o Ibovespa recuava 0,88 por cento, aos 45.228 pontos
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Petróleo: às 13:30, o Ibovespa recuava 0,88 por cento, aos 45.228 pontos (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 12h43.

São Paulo - A Bovespa voltou a operar no vermelho na tarde desta sexta-feira, na esteira do recuo nos pregões em Nova York e com a aceleração da queda dos preços do petróleo, enquanto persistentes incertezas políticas e fiscais internas seguem adicionando volatilidade aos negócios.

Às 13:30, o Ibovespa recuava 0,88 por cento, aos 45.228 pontos. No melhor momento, o índice chegou a subir 0,77 por cento.

O volume financeiro era de 2,2 bilhões de reais.

Novos ruídos envolvendo a permanência do ministro da Fazenda no cargo reforçavam o viés defensivo, com reportagens na mídia trazendo que Joaquim Levy teria afirmado que deixará o governo caso a meta de superávit primário para 2016 seja zerada pelo Congresso Nacional.

No começo desta tarde, ao ser questionada sobre o tema, a presidente Dilma Rousseff disse que seu governo ainda está discutindo sobre qual será a meta fiscal do ano que vem e afirmou que pode haver posições diferentes sobre o assunto.

Em Wall Street, o S&P 500 caía 0,91 por cento, contaminado pelo declínio dos preços do petróleo para novas mínimas históricas, com o barril nos Estados Unidos no patamar de 35 dólares pela primeira vez desde 2009.

A última sessão da semana nos mercados financeiros também era marcada por cautela antes da reunião do Federal Reserve na próxima semana, em meio a expectativas de possível alta de juros norte-americanos.

De volta ao Brasil, a cena corporativa também estava no radar, com a Moody's revisando avaliação acerca de empresas brasileiras e anúncio de plano de oferta voluntária de aquisição de ações da BR Properties pela GP Investments.

Destaques

=BR PROPERTIES era destaque na ponta positiva do Ibovespa, com alta de 3,99 por cento, após a GP Investments manifestar interesse de sua subsidiária GP Real Properties em realizar oferta pública voluntária para aquisição de 37,81 a 62,81 por cento das ações de emissão da empresa de investimentos em imóveis comerciais.

=PETROBRAS mostrava as preferenciais em baixa 1,74 por cento, abandonando a tentativa de recuperação vista mais cedo, na esteira da queda dos preços do petróleo para novas mínimas em sete anos. Também estava sob o foco reportagem do jornal Valor Econômico de que a empresa encontra dificuldade para vender ativos, mesmo aqueles no pré-sal.

=VALE via as preferenciais de classe A desabarem 5,39 por cento, retomando a tendência negativa após trégua em dois pregões, conforme o minério de ferro na China recuou para 37 dólares a tonelada, na mínima em uma década. Na véspera, a Moody's rebaixou o rating da Vale para "Baa3", ante "Baa2", e manteve a perspectiva negativa citando as perspectivas para a commodity.

=BMF&BOVESPA mostrava estabilidade, mesmo após anúncio de novo programa de recompra de até 40 milhões de ações, com duração de um ano, com analistas também repercutino divulgação do orçamento para 2016 dentro de um intervalo de 200 milhões a 230 milhões de reais.

=BRADESCO cedia 0,81 por cento e ITAÚ UNIBANCO tinha quade de 0,38 cento, também revertendo a melhora diante da abertura negativa de Wall Street. A Moody's colocou em revisão para possível rebaixamento os ratings de depósitos e dívida em moeda estrangeira de ambos, assim como de outros 15 bancos brasileiros.

=BTG PACTUAL, que não está no Ibovespa, saltava 12,15 por cento, experimentando trégua após cinco quedas seguidas, com o declínio acumulado desde a prisão do banqueiro André Esteves em 25 de novembro superando 60 por cento. BRASIL PHARMA, que tem o BTG como sócio e também vinha sofrendo por expectativas relacionadas ao grupo, disparava 16,02 por cento.

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em (Edição de Cesar Bianconi)

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