Exame Logo

Bovespa recua pressionada por Vale e OGX

Índice fechou em queda de 0,82% seguindo o tom negativo das bolsas norte-americanas, diante da falta de acordo orçamentário nos EUA

Sede da Bovespa: giro financeiro do pregão foi de 4,8 bilhões de reais, abaixo da média do ano, refletindo a resistência dos investidores em assumir posições mais sólidas (Yasuyoshi/AFP Photo)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 17h53.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta segunda-feira, pressionado pela ação preferencial da Vale e pela petroleira OGX e seguindo o tom negativo das bolsas norte-americanas, diante da falta de acordo orçamentário nos Estados Unidos.

O Ibovespa recuou 0,82 por cento, a 52.417 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 4,8 bilhões de reais, abaixo da média do ano, refletindo a resistência dos investidores em assumir posições mais sólidas.

O volume negociado na Bovespa tem sido reduzido em outubro, não tendo passado de pouco mais de 5 bilhões de reais por dia, com investidores contendo apostas frente à indefinição sobre o impasse político nos EUA.

Em meio aos debates para tirar o governo norte-americano de sua primeira paralisação em 17 anos, que entrou em sua segunda semana, o Congresso norte-americano tem até 17 de outubro para aumentar o limite de empréstimos do país ou abrir caminho para um default.

"Na sexta-feira houve uma pequena expectativa de algum avanço nas negociações durante o fim de semana. Como isso não aconteceu e (o presidente da Câmara dos Deputados, John) Boehner fechou as portas ao menos momentaneamente para alguma concessão, o mercado fica hoje em compasso de espera", afirmou o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.

Boehner disse no domingo que os republicanos não concordam "de jeito nenhum" com uma medida para elevar o teto da dívida do país sem impor condições para conter o déficit.

Segundo Mendonça, da Saga Capital, o feriado prolongado que mantém a bolsa chinesa fechada também tem contribuído para o baixo volume de negociação na Bovespa.

No front corporativo, a ação preferencial da mineradora Vale, que recuou 1,6 por cento, foi uma das maiores responsáveis por pressionar o Ibovespa.

Contudo, foi a petroleira OGX, controlada pelo empresário Eike Batista, que registrou a maior perda do índice, novamente afetada por especulações de que se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial em breve.

Além disso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) rejeitou pedido para que a companhia mantenha três campos de petróleo onde investimentos foram suspensos.

A mineradora MMX e a empresa de logística LLX seguiram a OGX e também recuaram expressivamente. Segundo o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, embora a LLX não seja mais controlada por Batista, o clima de mal estar com as empresas "X", particularmente com a OGX, acaba castigando também o papel da companhia.

A ação da Telefônica Brasil também foi destaque de queda, após analistas do Credit Suisse reduzirem a recomendação para os papéis de "overweight" (desempenho acima da média) para "neutral" (em linha com a média) e cortarem o preço-alvo da ação de 59 reais para 51 reais.

Na ponta positiva, o papel preferencial da siderúrgica Usiminas teve a maior alta do dia.

Nesta segunda, o Goldman Sachs reiterou recomendação de compra para a empresa. "Vemos uma crescente valorização para as ações da Usiminas no curto prazo, por acreditarmos que os resultados no terceiro trimestre podem surpreender o mercado positivamente, levantando o potencial das estimativas para 2014", afirmaram analistas em relatório.

Veja também

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta segunda-feira, pressionado pela ação preferencial da Vale e pela petroleira OGX e seguindo o tom negativo das bolsas norte-americanas, diante da falta de acordo orçamentário nos Estados Unidos.

O Ibovespa recuou 0,82 por cento, a 52.417 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 4,8 bilhões de reais, abaixo da média do ano, refletindo a resistência dos investidores em assumir posições mais sólidas.

O volume negociado na Bovespa tem sido reduzido em outubro, não tendo passado de pouco mais de 5 bilhões de reais por dia, com investidores contendo apostas frente à indefinição sobre o impasse político nos EUA.

Em meio aos debates para tirar o governo norte-americano de sua primeira paralisação em 17 anos, que entrou em sua segunda semana, o Congresso norte-americano tem até 17 de outubro para aumentar o limite de empréstimos do país ou abrir caminho para um default.

"Na sexta-feira houve uma pequena expectativa de algum avanço nas negociações durante o fim de semana. Como isso não aconteceu e (o presidente da Câmara dos Deputados, John) Boehner fechou as portas ao menos momentaneamente para alguma concessão, o mercado fica hoje em compasso de espera", afirmou o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.

Boehner disse no domingo que os republicanos não concordam "de jeito nenhum" com uma medida para elevar o teto da dívida do país sem impor condições para conter o déficit.

Segundo Mendonça, da Saga Capital, o feriado prolongado que mantém a bolsa chinesa fechada também tem contribuído para o baixo volume de negociação na Bovespa.

No front corporativo, a ação preferencial da mineradora Vale, que recuou 1,6 por cento, foi uma das maiores responsáveis por pressionar o Ibovespa.

Contudo, foi a petroleira OGX, controlada pelo empresário Eike Batista, que registrou a maior perda do índice, novamente afetada por especulações de que se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial em breve.

Além disso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) rejeitou pedido para que a companhia mantenha três campos de petróleo onde investimentos foram suspensos.

A mineradora MMX e a empresa de logística LLX seguiram a OGX e também recuaram expressivamente. Segundo o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, embora a LLX não seja mais controlada por Batista, o clima de mal estar com as empresas "X", particularmente com a OGX, acaba castigando também o papel da companhia.

A ação da Telefônica Brasil também foi destaque de queda, após analistas do Credit Suisse reduzirem a recomendação para os papéis de "overweight" (desempenho acima da média) para "neutral" (em linha com a média) e cortarem o preço-alvo da ação de 59 reais para 51 reais.

Na ponta positiva, o papel preferencial da siderúrgica Usiminas teve a maior alta do dia.

Nesta segunda, o Goldman Sachs reiterou recomendação de compra para a empresa. "Vemos uma crescente valorização para as ações da Usiminas no curto prazo, por acreditarmos que os resultados no terceiro trimestre podem surpreender o mercado positivamente, levantando o potencial das estimativas para 2014", afirmaram analistas em relatório.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame