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Bovespa recua com nota, mas exportadoras seguram queda

A pressão vendedora na bolsa local tinha seu efeito atenuado pela alta de papéis de companhias que se beneficiam da valorização do dólar

Minério de ferro: às 11:15, horário de Brasília, o Ibovespa caía 1,56 por cento, a 45.930 pontos (REUTERS/Beawiharta)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2015 às 11h45.

São Paulo - A Bovespa trabalhava no vermelho na manhã desta quinta-feira, após a agencia de classificação de risco Standard & Poor’s retirar o selo de bom pagador do Brasil e manter a perspectiva negativa, o que indica possível novo rebaixamento adiante.

A pressão vendedora na bolsa local tinha seu efeito atenuado pela alta de papéis de companhias que se beneficiam da valorização do dólar, principalmente exportadoras.

A moeda norte-americana subia cerca de 2 por cento ante o real, para perto de 3,88 reais, tendo atingido 3,91 reais na máxima desta manhã.

Às 11:15, horário de Brasília, o Ibovespa caía 1,56 por cento, a 45.930 pontos. Na mínima até esse horário, o Ibovespa caiu 2,3 por cento. O volume financeiro somava 1,8 bilhão de reais.

A agência de classificação de risco S&P 500 cortou na quarta-feira, após o fechamento dos mercados, o rating do país para "BB+" ante "BBB-", dias após o governo prever um inédito déficit primário na proposta orçamentária de 2016.

Além de remover do Brasil o grau de investimento, a S&P sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva "negativa" para a nota de crédito brasileira.

De acordo com o Credit Suisse, agentes de mercado já incorporavam uma elevada probabilidade de rebaixamento pela S&P após o envio da proposta do Orçamento para 2016 com déficit, mas o momento da decisão da agência de risco e a manutenção da perspectiva "negativa" foram inesperados.

"A decisão de manter a perspectiva negativa, em particular, mostra que a agência de classificação atribui uma probabilidade significativa de 'uma maior deterioração da posição fiscal do Brasil', com 'potenciais reversões de políticas chave', quer devido à 'falta de coesão dentro do gabinete da presidente' ou 'maior turbulência econômica' do que o esperado", disse.

Na visão da área econômica do banco, comandada por Nilson Teixeira, outras importantes agências de risco devem seguir a S&P e revisar o rating soberano do Brasil.

Em nota a clientes, o Bank of America Merril Lynch destacou que, historicamente, as bolsas recuam até 3 por cento após um rebaixamento de um país para crédito especulativo pela S&P.

"Entre os maiores países que já são classificados como 'junk'", seis estão nesse nível desde 2002 (Bulgária, Croácia, Egito, Grécia, Portugal e Rússia). A maior parte da reação do mercado aconteceu, de modo geral, no dia após o rebaixamento, quando as ações caíram na média até 3 por cento em dólar.

Destaques

Petrobras mostrava as preferenciais caindo 4,29 por cento e os papéis ordinários perdendo 3,10 por cento, conforme o rebaixamento do rating brasileiro aprofunda a dificuldade de algumas empresas que são grandes tomadoras de financiamentos, como é o caso da estatal.

Banco do Brasil caía 5,13 por cento, guiando as perdas do setor bancário no Ibovespa após a decisão da S&P.

Itaú Unibanco recuava 3,22 por cento, Bradesco cedia 4,06 por cento e Santander Brasil tinha variação negativa de 0,07 por cento.

Vale abriu em queda, mas passou ao território positivo, com alta de 1,56 por cento nos papéis preferenciais de classe A, enquanto as ações ordinárias avançavam 2,78 por cento, com a pressão vendedora pela decisão da S&P amortecida pela alta dos preços do minério de ferro no mercado à vista da China para a máxima de 10 semanas e o dólar em alta frente ao real.

Embraer avançava 1,98 por cento e JBS ganhava 2,18 por cento, beneficiadas pela alta do dólar frente ao real. O câmbio também ajudava as fabricantes de celulose Fibria e Suzano Papel e Celulose, que exibiam valorização de 0,86 e de 0,85 por cento, respectivamente.

Copel avançava 0,30 por cento, uma vez que se trata de uma das beneficiadas pela decisão do plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) na quarta-feira, que revogou medida cautelar que impedia o Ministério de Minas e Energia de renovar, sem licitação, os contratos de concessão de 39 distribuidoras de energia elétrica que vencem entre 2015 e 2017.

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São Paulo - A Bovespa trabalhava no vermelho na manhã desta quinta-feira, após a agencia de classificação de risco Standard & Poor’s retirar o selo de bom pagador do Brasil e manter a perspectiva negativa, o que indica possível novo rebaixamento adiante.

A pressão vendedora na bolsa local tinha seu efeito atenuado pela alta de papéis de companhias que se beneficiam da valorização do dólar, principalmente exportadoras.

A moeda norte-americana subia cerca de 2 por cento ante o real, para perto de 3,88 reais, tendo atingido 3,91 reais na máxima desta manhã.

Às 11:15, horário de Brasília, o Ibovespa caía 1,56 por cento, a 45.930 pontos. Na mínima até esse horário, o Ibovespa caiu 2,3 por cento. O volume financeiro somava 1,8 bilhão de reais.

A agência de classificação de risco S&P 500 cortou na quarta-feira, após o fechamento dos mercados, o rating do país para "BB+" ante "BBB-", dias após o governo prever um inédito déficit primário na proposta orçamentária de 2016.

Além de remover do Brasil o grau de investimento, a S&P sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva "negativa" para a nota de crédito brasileira.

De acordo com o Credit Suisse, agentes de mercado já incorporavam uma elevada probabilidade de rebaixamento pela S&P após o envio da proposta do Orçamento para 2016 com déficit, mas o momento da decisão da agência de risco e a manutenção da perspectiva "negativa" foram inesperados.

"A decisão de manter a perspectiva negativa, em particular, mostra que a agência de classificação atribui uma probabilidade significativa de 'uma maior deterioração da posição fiscal do Brasil', com 'potenciais reversões de políticas chave', quer devido à 'falta de coesão dentro do gabinete da presidente' ou 'maior turbulência econômica' do que o esperado", disse.

Na visão da área econômica do banco, comandada por Nilson Teixeira, outras importantes agências de risco devem seguir a S&P e revisar o rating soberano do Brasil.

Em nota a clientes, o Bank of America Merril Lynch destacou que, historicamente, as bolsas recuam até 3 por cento após um rebaixamento de um país para crédito especulativo pela S&P.

"Entre os maiores países que já são classificados como 'junk'", seis estão nesse nível desde 2002 (Bulgária, Croácia, Egito, Grécia, Portugal e Rússia). A maior parte da reação do mercado aconteceu, de modo geral, no dia após o rebaixamento, quando as ações caíram na média até 3 por cento em dólar.

Destaques

Petrobras mostrava as preferenciais caindo 4,29 por cento e os papéis ordinários perdendo 3,10 por cento, conforme o rebaixamento do rating brasileiro aprofunda a dificuldade de algumas empresas que são grandes tomadoras de financiamentos, como é o caso da estatal.

Banco do Brasil caía 5,13 por cento, guiando as perdas do setor bancário no Ibovespa após a decisão da S&P.

Itaú Unibanco recuava 3,22 por cento, Bradesco cedia 4,06 por cento e Santander Brasil tinha variação negativa de 0,07 por cento.

Vale abriu em queda, mas passou ao território positivo, com alta de 1,56 por cento nos papéis preferenciais de classe A, enquanto as ações ordinárias avançavam 2,78 por cento, com a pressão vendedora pela decisão da S&P amortecida pela alta dos preços do minério de ferro no mercado à vista da China para a máxima de 10 semanas e o dólar em alta frente ao real.

Embraer avançava 1,98 por cento e JBS ganhava 2,18 por cento, beneficiadas pela alta do dólar frente ao real. O câmbio também ajudava as fabricantes de celulose Fibria e Suzano Papel e Celulose, que exibiam valorização de 0,86 e de 0,85 por cento, respectivamente.

Copel avançava 0,30 por cento, uma vez que se trata de uma das beneficiadas pela decisão do plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) na quarta-feira, que revogou medida cautelar que impedia o Ministério de Minas e Energia de renovar, sem licitação, os contratos de concessão de 39 distribuidoras de energia elétrica que vencem entre 2015 e 2017.

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