Bovespa recua após abertura de olho no exterior
Por Olívia Bulla São Paulo - Depois de esticar os ganhos na marca psicológica dos 70 mil pontos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) busca agora retomar os níveis anteriores à crise financeira de 2008, assim como ocorre nas principais bolsas ao redor do mundo. A expectativa de uma nova rodada de estímulo […]
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2010 às 07h18.
Por Olívia Bulla
São Paulo - Depois de esticar os ganhos na marca psicológica dos 70 mil pontos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) busca agora retomar os níveis anteriores à crise financeira de 2008, assim como ocorre nas principais bolsas ao redor do mundo. A expectativa de uma nova rodada de estímulo econômico, em um movimento organizado por vários bancos centrais, mantém elevado o apetite dos investidores pelo risco. No entanto, a pesquisa ADP serviu de contraponto para o dia, ao anunciar novas demissões no setor privado dos EUA em setembro. Após abrir próximo da estabilidade, às 10h14 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) registrava queda de 0,29%, aos 71.079 pontos.
Nesta manhã, a pesquisa ADP/MA mostrou um corte de 39 mil empregos no setor privado dos EUA em setembro ante agosto. O resultado contrariou a expectativa dos economistas, que previam 20 mil novas contratações no mês passado. O número do setor privado é considerado um indicador de direção do relatório do mercado de trabalho norte-americano (payroll), que traz o saldo líquido de vagas nos setores público e privado. O relatório será divulgado na sexta-feira.
Para especialistas, a condição do mercado de trabalho nos EUA pode ser o divisor de águas para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidir se chegou o momento de atuar. Sendo ou não a hora de novas medidas de afrouxo monetário, os riscos de um duplo mergulho da economia na recessão perdem cada vez mais força.
No Brasil, é praticamente unânime as apostas de que a Bovespa tem espaço para avançar ainda mais. Em relatório, analistas da Lopes Filho Consultoria afirmam que o Ibovespa deverá testar a resistência representada pelo topo do ano formado em abril, aos 71.989 pontos. Tendo como base o processo de acumulação recente, o índice à vista tem condições de vencer essa barreira e atingir máximas históricas ao redor de 75 mil pontos. Para a equipe do BB Investimentos, as resistências em 72,5 mil pontos e 74 mil pontos devem se mostrar mais fortes.