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Bovespa mostra indefinição com cenário misto no exterior

Às 12:01, o Ibovespa subia 0,16%, a 72.239 pontos. Até o momento, o índice oscilou entre queda de 0,19% e alta de 0,8%

B3: volume financeiro na bolsa somava 2,8 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

B3: volume financeiro na bolsa somava 2,8 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 14 de junho de 2018 às 12h29.

Última atualização em 14 de junho de 2018 às 12h31.

São Paulo - A bolsa paulista não mostrava uma tendência clara nesta quinta-feira, tendo como pano de fundo um cenário também misto no exterior e com as ações da BRF em destaque na ponta positiva do Ibovespa, em meio a expectativas de que Pedro Parente assuma a presidência-executiva da companhia de alimentos.

Às 12:01, o Ibovespa subia 0,16 por cento, a 72.239 pontos. Até o momento, o índice oscilou entre queda de 0,19 por cento e alta de 0,8 por cento.

O volume financeiro na bolsa somava 2,8 bilhões de reais.

No exterior, os pregões em Wall Street e na Europa mostravam ganhos, mas o índice MSCI de ações de mercados emergentes recuava 0,8 por cento.

No cenário internacional, repercutia a decisão do Banco Central Europeu (BCE) nesta quinta-feira de encerrar o programa de compra de títulos de 2,55 trilhões de euros no final do ano, enquanto também sinalizou que os juros devem permanecer inalterados até pelo menos o terceiro trimestre de 2019.

Também no radar, as vendas do varejo nos Estados Unidos cresceram mais que o esperado em maio, quando os consumidores compraram veículos e uma série de outros bens mesmo pagando mais pela gasolina, na mais recente indicação de aceleração do crescimento econômico no segundo trimestre.

De acordo com profissionais da área de renda variável, o mercado acionário brasileiro segue sem um gatilho no curto prazo para uma recuperação mais sólida, dadas as incertezas ainda elevadas no panorama político-eleitoral e sobre o ritmo da economia no Brasil.

Um operador ouvido pela Reuters acrescentou que a atuação do Banco Central no mercado de câmbio tem corroborado a fraqueza da bolsa, com as ações ficando sensíveis à piora das expectativas, enquanto, no câmbio, o BC tem ajudado a absorver esse impacto. "Não se pode comprar dólar, então se vende bolsa", disse.

Desde a semana passada, a autoridade monetária ampliou significativamente a oferta de swaps cambiais, o que derrubou a cotação da moeda norte-americana, que no pior momento chegou a perto de 4 reais. Desde então, o dólar vem oscilando ao redor de 3,70 reais.

DESTAQUES

- BRF subia 7 por cento, em meio a expectativas de que Pedro Parente assuma a presidência-executiva da companhia de alimentos, que tem sofrido com uma série de eventos negativos, que levaram as ações a acumular queda de mais de 45 por cento apenas neste ano.

- PETROBRAS PN subia 0,33 por cento, tendo no radar aprovação pela Câmara dos Deputados de um requerimento que confere regime de urgência ao projeto que autoriza a petrolífera de controle estatal a vender até 70 por cento dos campos da chamada cessão onerosa.

- EMBRAER cedia 1,78 por cento, em sessão negativa para exportadoras em geral, conforme o dólar mostrava uma trégua ante o real.

- WEG tinha queda de 1,67 por cento, tendo ainda no radar relatório do Morgan Stanley reiterando 'underweight', com preço-alvo de 14 reais - embora acima dos 9,2 reais anteriores, segue abaixo do preço corrente.

- MAGAZINE LUIZA tinha elevação de 3,7 por cento, com o setor de consumo como um todo mostrando ganhos nesta sessão. CVC BRASIL subia 2,9 por cento, em uma trégua após as fortes perdas recentes, ainda ajudada pelo movimento mais tranquilo no mercado de câmbio.

- VALE caía 1,2 por cento, apesar da alta do preço do minério de ferro na China.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,05 por cento e BRADESCO PN subia 0,8 por cento, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT caía 1,9 por cento e BANCO DO BRASIL subia 0,15 por cento.

 

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