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Bovespa mostra fraqueza na abertura de olho nos EUA

Até mesmo parte do otimismo dos mercados financeiros com o encaminhamento de uma solução fiscal nos Estados Unidos se dissolveu nesta manhã


	Telão da Bovespa: às 10h05, o Ibovespa subia 0,15%, aos 54.253,83 pontos, na máxima
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: às 10h05, o Ibovespa subia 0,15%, aos 54.253,83 pontos, na máxima (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 11h16.

São Paulo - Após a arrancada no período vespertino do pregão de segunda-feira, 14, a Bovespa inicia a sessão desta terça-feira, 15, "de ressaca".

Até mesmo parte do otimismo dos mercados financeiros com o encaminhamento de uma solução fiscal nos Estados Unidos se dissolveu nesta manhã, trazendo os índices futuros das Bolsas de Nova York para a linha d'água e inibindo o apetite por risco.

Internamente, o noticiário envolvendo as "empresas X" e a proximidade do vencimento de índice, amanhã, movimentam os negócios locais. Às 10h05, o Ibovespa subia 0,15%, aos 54.253,83 pontos, na máxima.

No mesmo horário, o futuro do S&P 500 recuava 0,01%, apagando a alta robusta verificada mais cedo, com os investidores esperando para ver se os legisladores norte-americanos vão manter o compromisso de encerrar o duplo impasse fiscal nos EUA. A piora para o dia em Wall Street pode estar relacionada ao balanço trimestral mais fraco que o esperado do Citigroup no terceiro trimestre deste ano, anunciado mais cedo.

Até então, os mercados financeiros renovavam o otimismo com o Congresso dos EUA, após senadores democratas e republicanos mostrarem um "tremendo progresso", conforme palavras do líder da maioria no Senado, Harry Reid, para chegar a um acordo que afastaria o risco de calote do país e permitiria a reabertura do governo Obama.

Contudo, a solução costurada com o líder da oposição, Mitch McConnell, é provisória e prevê uma elevação do teto da dívida até o dia 7 de fevereiro, autorizando ainda a realização de gastos pela administração federal até o dia 15 de janeiro.

Já as principais bolsas europeias conseguem se sustentar em alta, beneficiadas também pelo avanço inesperado do índice alemão ZEW de sentimento econômico para os próximos seis meses.


Os destaques vão para as Bolsas de Frankfurt, que atingiu máxima histórica mais cedo, e de Londres, que avança impulsionada pela notícia de que a Rio Tinto alcançou novo recorde trimestral na produção de minério de ferro.

A mineradora é a segunda maior produtora de minério de ferro do mundo, atrás apenas da Vale, e pode calibrar as apostas para o balanço da companhia brasileira no trimestre passado. Aliás, a temporada de resultados começa nesta terça-feira, 15, após o fechamento do mercado, com a divulgação dos números trimestrais da Localiza.

Mas é na mineradora MMX que as atenções estão concentradas. Ontem à noite, a MMX Mineração informou que os acionistas controladores, Eike Batista e Centennial Asset Mining Fund LLC, firmaram contrato definitivo com a Impala, divisão da Trafigura e Mubadala, no qual os fundos tornam-se acionistas indiretos com 65% do capital social da MMX Porto Sudeste (PortCo).

A transação contempla um investimento total na PorCo de US$ 400 milhões, por parte da Impala e Mubadala. As dívidas da MMX Sudeste Mineração, no valor de R$ 1,3 bilhão, serão transferidas para a PortCo.

Além disso, o setor ligado ao consumo doméstico pode reagir ao desempenho positivo das vendas do comércio varejista em agosto. Segundo o IBGE, as venda do varejo, no conceito restrito, subiram 0,9% em agosto ante julho, ficando no teto do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções. Em base anual, o avanço de 6,2% nesse quesito superou as estimativas coletadas.

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