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Bovespa monitora Petrobras para seguir em alta

O governo federal deve reajustar em 7% o preço do combustível e entre 4% e 5% o do óleo diesel


	Bovespa: por volta das 10h, o Ibovespa subia 0,11%, aos 62.151,36 pontos, na máxima
 (Divulgação)

Bovespa: por volta das 10h, o Ibovespa subia 0,11%, aos 62.151,36 pontos, na máxima (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Depois de reconquistar o patamar dos 62 mil pontos nesta segunda-feira (14), a Bovespa busca apoio nas ações da Petrobras para continuar em alta nesta terça, diante do noticiário renovado sobre aumento de combustíveis.

Mas a hesitação dos mercados internacionais, em meio a declarações de autoridades norte-americanas sobre a questão do teto da dívida dos Estados Unidos tende a encurtar o fôlego dos negócios locais. Por volta das 10h, o Ibovespa subia 0,11%, aos 62.151,36 pontos, na máxima.

Segundo apuração do Grupo Estado, a gasolina vai ficar mais cara nos postos pela primeira vez em quase dez anos. O governo federal deve reajustar em 7% o preço do combustível e entre 4% e 5% o do óleo diesel.

O anúncio é esperado para semana que vem, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, volta das férias e pode ser acompanhado de medidas para evitar o impacto na inflação, tal como o aumento da mistura de etanol na gasolina.

Cálculos feitos por especialistas apontam que esse aumento dos combustíveis proporcionaria à Petrobras um aporte de R$ 600 milhões no caixa a partir deste mês.

Nesta segunda, as ações da estatal petrolífera fecharam sem direção única no mercado à vista e também sofreram poucas variações nas negociações do after market.

Nesta terça, os papéis podem reagir em alta, apesar de o mercado estar "esperando para ver" se, de fato, algo será anunciado.


Mesmo assim, o desempenho da blue chip, juntamente com as ações da Vale, pode afastar a Bolsa do comportamento errático dos negócios no exterior.

Os investidores mostram menor disposição ao risco diante das preocupações renovadas com a questão sobre a dívida pública dos Estados Unidos, após afirmações feitas nesta segunda, separadamente, pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner; pelo presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, bem como pelo próprio presidente norte-americano, Barack Obama.

Enquanto o primeiro alertou que a capacidade de financiamento dos EUA se esgotará em meados de fevereiro ou no início de março, os dois últimos convocaram ações do Congresso para elevar o teto do endividamento do país.

A Fitch afirmou, nesta manhã, que um atraso nesse assunto levaria a uma revisão formal da nota de risco de crédito soberano (rating) dos EUA.

No horário acima, o futuro do S&P 500 caía 0,33%, na mínima da sessão, na expectativa também por uma série de dados sobre inflação e atividade previstos para o dia nos EUA.

Já na Europa, as principais bolsas operavam na linha d'água, com ligeiro ganho e perda, com o resultado do leilão bem-sucedido de bônus espanhóis contrabalançando os números ruins do Produto Interno Bruto (PIB) alemão em 2012.

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