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Bovespa garante alta de 0,20% após pregão volátil

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão bastante volátil, oscilando entre altas e baixas, sem se afastar muito da estabilidade. Na ponta superior da gangorra, o setor financeiro coroava a falta de medidas mais duras para controlar o fluxo cambial, enquanto, na ponta inferior, as blue chips sentiam […]

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 17h47.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão bastante volátil, oscilando entre altas e baixas, sem se afastar muito da estabilidade. Na ponta superior da gangorra, o setor financeiro coroava a falta de medidas mais duras para controlar o fluxo cambial, enquanto, na ponta inferior, as blue chips sentiam o peso da interferência do governo em suas gestões.

No final, o Índice Bovespa (Ibovespa) terminou o dia com alta de 0,20%, aos 69.176,12 pontos. Na mínima, registrou 68.695 pontos (-0,50%) e, na máxima, 69.334 pontos (+0,43%). No mês, o índice acumula alta de 0,86% e, no ano, perda de 18%. O giro financeiro totalizou R$ 6,159 bilhões. Os dados são preliminares.

A Bovespa teve um desempenho melhor do que o das bolsas norte-americanas porque, segundo Paulo Hegg, operador da UM Investimentos, ontem seu comportamento foi pior. Ele lembrou, no entanto, que a notícia sobre o novo terremoto no Japão prejudicou os negócios com ações hoje. Nos EUA, as bolsas passaram a operar em queda com a informação, mesmo com o bom dado de pedidos de auxílio-desemprego.

No caso brasileiro, as blue chips influenciaram o comportamento da Bolsa. Petrobras ON caiu 1,34% e PN, 0,60%. Os papéis foram afetados pela negativa, ontem, do ministro Guido Mantega de que os preços dos combustíveis poderiam subir, como havia afirmado antes o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli. Além disso, os papéis foram rebaixados pela Fitch.

Vale ON caiu 0,82% e PNA, 0,92%. Os papéis também estão sentindo a incerteza dos investidores com os rumos da companhia, com a troca do comando de Roger Agnelli por Murilo Ferreira.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato da commodity para maio avançou 1,35%, a US$ 110,30. Os preços foram puxados pelo resultado dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, que caíram mais do que o previsto e sinalizaram que a economia norte-americana estaria se recuperando (leia-se aumento da demanda).

O índice Dow Jones terminou em baixa de 0,14%, aos 12.409,49 pontos, o S&P recuou 0,15%, aos 1.333,51 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,13%, aos 2.796,14 pontos. A queda se consolidou após o terremoto de magnitude 7,1 no Japão, que também prejudicou a Europa.

Os bancos subiram, ajudados pela medida anunciada ontem por Mantega para o câmbio, mais fraca do que esperava o mercado. E também pelo aumento do rating de várias instituições promovido pela Fitch.

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