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Bovespa fecha em queda pela quarta sessão seguida

Índice fechou em baixa de 0,93 por cento, aos 52.248 pontos - nível mais baixo de fechamento desde 4 de setembro

Bovespa: na mínima da sessão, o índice voltou ao patamar de 51 mil pontos, o que não acontecia desde o início de outubro (Alexandre Battibugli/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 17h32.

São Paulo - Com foco no setor financeiro , os investidores seguiram na ponta vendedora no mercado acionário brasileiro nesta sexta-feira, levando o principal índice a fechar na mínima de dois meses após quatro sessões seguidas de queda.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,93 por cento, aos 52.248 pontos -- nível mais baixo de fechamento desde 4 de setembro. Na mínima da sessão, o índice voltou ao patamar de 51 mil pontos, o que não acontecia desde o início de outubro.

O giro financeiro da sessão somou 9,2 bilhões de reais, acima da média diária recente, impulsionada por operações diretas com ações de AmBev, Bradesco e Vale no final da sessão, disse um operador sob condição de anonimato.

Os negócios seguiram contaminados por temores de um corte da nota soberana do Brasil, refletindo a combinação de piora das contas públicas e baixo crescimento econômico, disseram profissionais do mercado.

Com isso, os grandes bancos, cujos ratings forçosamente seguiriam a piora na nota do governo, foram de novo o principal termômetro no Ibovespa dessa percepção mais negativa, com Bradesco, e Itaú Unibanco e Banco do Brasil entre as maiores perdas.

"Quando há rumor de rebaixamento de nota de crédito, o setor financeiro acaba sofrendo um pouquinho mais", disse Ricardo Zeno, sócio-diretor da AZ Investimentos.

Também pesou sobre as ações brasileiras o dado de criação de empregos dos EUA, que mostrou uma inesperada aceleração em outubro. Foram abertas no período 204 mil novas vagas, bem acima de expectativa de pesquisa da Reuters de criação de 125 mil postos de trabalho.

Os dados sugerem que a maior economia do mundo pode estar ganhando fôlego, alimentando as expectativas de que Federal Reserve comece a reduzir o programa de compra de ativos já este ano, reduzindo a liquidez nos mercados, especialmente para ativos de maior risco.

"Com possível redução de estímulos pelo Fed, o cenário realmente fica pessimista para investimento no mercado (de renda) variável", disse o analista da Banrisul Corretora Fábio Gonçalves.

No âmbito corporativo, TIM Participações foi destaque negativo, após a companhia ter divulgado na véspera seu plano de investimento 2014-16 e o presidente-executivo da controladora Telecom Italia, Marco Patuano, ter dito que a TIM é um ativo fundamental, mas que tudo tem seu preço.

Com a alta do dólar, ações de algumas exportadoras, como as siderúrgicas Usiminas e CSN, além da fabricante de jatos Embraer figuraram entre os destaques positivo do índice.

Dentre os demais balanços trimestrais, os de BM&FBovespa e Cetip tiveram pouco impacto sobre as ações, que fecharam quase estáveis.

Atualizado às 18h32min.

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São Paulo - Com foco no setor financeiro , os investidores seguiram na ponta vendedora no mercado acionário brasileiro nesta sexta-feira, levando o principal índice a fechar na mínima de dois meses após quatro sessões seguidas de queda.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,93 por cento, aos 52.248 pontos -- nível mais baixo de fechamento desde 4 de setembro. Na mínima da sessão, o índice voltou ao patamar de 51 mil pontos, o que não acontecia desde o início de outubro.

O giro financeiro da sessão somou 9,2 bilhões de reais, acima da média diária recente, impulsionada por operações diretas com ações de AmBev, Bradesco e Vale no final da sessão, disse um operador sob condição de anonimato.

Os negócios seguiram contaminados por temores de um corte da nota soberana do Brasil, refletindo a combinação de piora das contas públicas e baixo crescimento econômico, disseram profissionais do mercado.

Com isso, os grandes bancos, cujos ratings forçosamente seguiriam a piora na nota do governo, foram de novo o principal termômetro no Ibovespa dessa percepção mais negativa, com Bradesco, e Itaú Unibanco e Banco do Brasil entre as maiores perdas.

"Quando há rumor de rebaixamento de nota de crédito, o setor financeiro acaba sofrendo um pouquinho mais", disse Ricardo Zeno, sócio-diretor da AZ Investimentos.

Também pesou sobre as ações brasileiras o dado de criação de empregos dos EUA, que mostrou uma inesperada aceleração em outubro. Foram abertas no período 204 mil novas vagas, bem acima de expectativa de pesquisa da Reuters de criação de 125 mil postos de trabalho.

Os dados sugerem que a maior economia do mundo pode estar ganhando fôlego, alimentando as expectativas de que Federal Reserve comece a reduzir o programa de compra de ativos já este ano, reduzindo a liquidez nos mercados, especialmente para ativos de maior risco.

"Com possível redução de estímulos pelo Fed, o cenário realmente fica pessimista para investimento no mercado (de renda) variável", disse o analista da Banrisul Corretora Fábio Gonçalves.

No âmbito corporativo, TIM Participações foi destaque negativo, após a companhia ter divulgado na véspera seu plano de investimento 2014-16 e o presidente-executivo da controladora Telecom Italia, Marco Patuano, ter dito que a TIM é um ativo fundamental, mas que tudo tem seu preço.

Com a alta do dólar, ações de algumas exportadoras, como as siderúrgicas Usiminas e CSN, além da fabricante de jatos Embraer figuraram entre os destaques positivo do índice.

Dentre os demais balanços trimestrais, os de BM&FBovespa e Cetip tiveram pouco impacto sobre as ações, que fecharam quase estáveis.

Atualizado às 18h32min.

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