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Bovespa fecha em queda, mas tem primeiro mês no azul em 2013

Com queda de 0,67% na última sessão do mês, Ibovespa fechou julho com valorização de 1,64 por cento

Bovespa: índice chegou a cair 0,87 por cento, com investidores cautelosos antes do comunicado do Fed divulgado nesta tarde (Alexandre Battibugli/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 19h06.

São Paulo - A Bovespa encerrou julho com sua primeira alta mensal no ano, mas especialistas estão pouco otimistas sobre a consistência do avanço, mantendo a avaliação de que apenas uma reversão de expectativas sobre a economia doméstica poderia dar sustentação ao índice.

Com queda de 0,67 por cento na última sessão do mês, a 48.234 pontos, o Ibovespa, principal índice acionário doméstico, fechou julho com valorização de 1,64 por cento. O último mês em que o índice havia avançado foi dezembro de 2012, quando teve alta 6,05 por cento. No ano, porém, a queda ainda é de 20,86 por cento.

O giro financeiro da sessão foi de 7,07 bilhões de reais.

O Ibovespa reagiu em julho com investidores abocanhando barganhas em um momento em que havia pouco espaço para novas quedas, após o índice ter registrado em junho seu pior desempenho mensal desde maio de 2012.

Segundo especialistas, o mercado também ficou mais aliviado com os sinais de aperto na política monetária do Banco Central brasileiro e indicadores de inflação abaixo do esperado, levando o índice a sair do nível dos 45 mil pontos no início do mês para fechar acima de 48 mil pontos.

A falta de notícias mais animadoras sobre a economia doméstica, porém, conteve um avanço mais consistente do índice.

"As dúvidas continuam por aí, tem que haver alguma informação adicional para a bolsa subir", afirmou a analista de investimento Mitsuko Kaduoka, da Indusval & Partners Corretora.

As perspectivas para os balanços de empresas no segundo trimestre também eram pouco animadoras, em meio a um dólar mais valorizado, que pode prejudicar companhias endividadas em moeda estrangeira, à atividade econômica fraca e à inflação ainda alta.

O quadro era agravado por um cenário externo ainda preocupante, principalmente devido à perspectiva de retirada dos estímulos monetários do banco central norte-americano mais tarde neste ano e temores de desaceleração da economia chinesa.

"Principalmente Petrobras e Vale, que são porta de entrada de investidores, têm sofrido bastante com as notícias da China", afirmou analista Marcelo Torto, da Ativa Corretora.

Para Torto, porém, declarações de autoridades chinesas afirmando que não aceitariam um crescimento do Produto Interno Bruto inferior a 7 por cento deram mais tranquilidade ao mercado.

"Com a bolsa relativamente barata aqui no Brasil, podemos esperar que, com uma melhor análise sobre o cenário macroeconômico, algumas oportunidades comecem a ficar mais evidentes", afirmou Torto.

Atualizado às 19h05min.

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São Paulo - A Bovespa encerrou julho com sua primeira alta mensal no ano, mas especialistas estão pouco otimistas sobre a consistência do avanço, mantendo a avaliação de que apenas uma reversão de expectativas sobre a economia doméstica poderia dar sustentação ao índice.

Com queda de 0,67 por cento na última sessão do mês, a 48.234 pontos, o Ibovespa, principal índice acionário doméstico, fechou julho com valorização de 1,64 por cento. O último mês em que o índice havia avançado foi dezembro de 2012, quando teve alta 6,05 por cento. No ano, porém, a queda ainda é de 20,86 por cento.

O giro financeiro da sessão foi de 7,07 bilhões de reais.

O Ibovespa reagiu em julho com investidores abocanhando barganhas em um momento em que havia pouco espaço para novas quedas, após o índice ter registrado em junho seu pior desempenho mensal desde maio de 2012.

Segundo especialistas, o mercado também ficou mais aliviado com os sinais de aperto na política monetária do Banco Central brasileiro e indicadores de inflação abaixo do esperado, levando o índice a sair do nível dos 45 mil pontos no início do mês para fechar acima de 48 mil pontos.

A falta de notícias mais animadoras sobre a economia doméstica, porém, conteve um avanço mais consistente do índice.

"As dúvidas continuam por aí, tem que haver alguma informação adicional para a bolsa subir", afirmou a analista de investimento Mitsuko Kaduoka, da Indusval & Partners Corretora.

As perspectivas para os balanços de empresas no segundo trimestre também eram pouco animadoras, em meio a um dólar mais valorizado, que pode prejudicar companhias endividadas em moeda estrangeira, à atividade econômica fraca e à inflação ainda alta.

O quadro era agravado por um cenário externo ainda preocupante, principalmente devido à perspectiva de retirada dos estímulos monetários do banco central norte-americano mais tarde neste ano e temores de desaceleração da economia chinesa.

"Principalmente Petrobras e Vale, que são porta de entrada de investidores, têm sofrido bastante com as notícias da China", afirmou analista Marcelo Torto, da Ativa Corretora.

Para Torto, porém, declarações de autoridades chinesas afirmando que não aceitariam um crescimento do Produto Interno Bruto inferior a 7 por cento deram mais tranquilidade ao mercado.

"Com a bolsa relativamente barata aqui no Brasil, podemos esperar que, com uma melhor análise sobre o cenário macroeconômico, algumas oportunidades comecem a ficar mais evidentes", afirmou Torto.

Atualizado às 19h05min.

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