Bovespa fecha em queda com manutenção de incertezas
A Bovespa fechou em queda pelo 6º pregão consecutivo, com agentes ainda adotando posições defensivas
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2015 às 18h07.
São Paulo - A Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira pelo sexto pregão consecutivo e com o seu principal índice no menor patamar em um mês, diante das persistentes incertezas políticas e econômicas no país, e encerrou a semana com declínio acumulado de 5 por cento.
O Ibovespa caiu 1,02 por cento, a 44.831 pontos. O volume financeiro somou 5,5 bilhões de reais, abaixo da média do mês de 7,2 bilhões de reais.
O enfraquecimento dos pregões em Wall Street acentuou o viés negativo do índice de referência do mercado acionário brasileiro, com o S&P 500 terminando com variação negativa de 0,05 por cento.
Profissionais do mercado financeiro consultados pela Reuters avaliaram positivamente as sinalizações da véspera do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre como a autoridade monetária pode agir no atual cenário de volatilidade nos mercados.
Tombini reduziu algumas incertezas, mas a avaliação de vários profissionais é de que os fundamentos por trás da crise de confiança no país não mudaram, sendo necessário um desfecho da crise política para alteração efetiva na dinâmica no mercado.
Destaques
Itaú Unibanco e Bradesco fecharam em queda de 2,43 e 2,3 por cento, respondendo pela maior pressão de baixa do Ibovespa. O Credit Suisse destacou em relatório a clientes que a queda dos papéis dos bancos no acumulado do ano foi pressionada em grande parte pela deterioração do risco soberano, seguido pela piora do prêmio de risco das ações, e muito pouco devido a revisões para baixo nas estimativas de lucros. "Embora os prêmios de risco das ações estejam acima da média histórica, eles ainda estão abaixo das máximas de 2008 e 2011, o que indicaria risco adicional de queda de dois dígitos em um cenário mais extremo", disseram os analistas.
Vale encerrou com as preferenciais de classe A com queda de 3,52 por cento, enquanto os papéis ordinários caíram 2,82 por cento, entre os principais pesos negativos no Ibovespa, em sessão com queda nos preços do minério de ferro à vista na China.
Petrobras fechou com as preferenciais em queda de 2,01 por cento e os papéis ordinários recuando 2,65 por cento, apesar do avanço dos preços do petróleo . Agentes financeiros repercutiram relatório do Bank of America Merrill Lynch reduzindo projeções para os investimentos (capex) e o crescimento da produção dado o cenário macroeconômico mais fraco, bem como do HSBC cortando o preço-alvo das preferenciais de 9 para 8 reais e citando que o futuro da companhia ficou mais desafiador com a queda recente do petróleo e a depreciação do real .
CSN encerrou em baixa de 4,52 por cento, revertendo os ganhos da abertura, assim como Usiminas, que recuou 3,67 por cento, após fortes ganhos recentes e diante da trégua na alta do dólar à vista frente ao real pelo segundo pregão seguido.
Hypermarcas e CIA Hering subiram 4,1 e 3,5 por cento, respectivamente, em dia de alta no setor de consumo, diante da queda das taxas futuras de juros, que também beneficiou CCR e Ecorodovias, que terminaram em alta de 2,32 e 1,92 por cento, respectivamente. No caso de CCR, também ajudou recomendação de compra do Credit Suisse após forte queda do papel por ruído regulatório e desempenho mais fraco do que suas concorrentes.
Texto atualizado às 18h06
São Paulo - A Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira pelo sexto pregão consecutivo e com o seu principal índice no menor patamar em um mês, diante das persistentes incertezas políticas e econômicas no país, e encerrou a semana com declínio acumulado de 5 por cento.
O Ibovespa caiu 1,02 por cento, a 44.831 pontos. O volume financeiro somou 5,5 bilhões de reais, abaixo da média do mês de 7,2 bilhões de reais.
O enfraquecimento dos pregões em Wall Street acentuou o viés negativo do índice de referência do mercado acionário brasileiro, com o S&P 500 terminando com variação negativa de 0,05 por cento.
Profissionais do mercado financeiro consultados pela Reuters avaliaram positivamente as sinalizações da véspera do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre como a autoridade monetária pode agir no atual cenário de volatilidade nos mercados.
Tombini reduziu algumas incertezas, mas a avaliação de vários profissionais é de que os fundamentos por trás da crise de confiança no país não mudaram, sendo necessário um desfecho da crise política para alteração efetiva na dinâmica no mercado.
Destaques
Itaú Unibanco e Bradesco fecharam em queda de 2,43 e 2,3 por cento, respondendo pela maior pressão de baixa do Ibovespa. O Credit Suisse destacou em relatório a clientes que a queda dos papéis dos bancos no acumulado do ano foi pressionada em grande parte pela deterioração do risco soberano, seguido pela piora do prêmio de risco das ações, e muito pouco devido a revisões para baixo nas estimativas de lucros. "Embora os prêmios de risco das ações estejam acima da média histórica, eles ainda estão abaixo das máximas de 2008 e 2011, o que indicaria risco adicional de queda de dois dígitos em um cenário mais extremo", disseram os analistas.
Vale encerrou com as preferenciais de classe A com queda de 3,52 por cento, enquanto os papéis ordinários caíram 2,82 por cento, entre os principais pesos negativos no Ibovespa, em sessão com queda nos preços do minério de ferro à vista na China.
Petrobras fechou com as preferenciais em queda de 2,01 por cento e os papéis ordinários recuando 2,65 por cento, apesar do avanço dos preços do petróleo . Agentes financeiros repercutiram relatório do Bank of America Merrill Lynch reduzindo projeções para os investimentos (capex) e o crescimento da produção dado o cenário macroeconômico mais fraco, bem como do HSBC cortando o preço-alvo das preferenciais de 9 para 8 reais e citando que o futuro da companhia ficou mais desafiador com a queda recente do petróleo e a depreciação do real .
CSN encerrou em baixa de 4,52 por cento, revertendo os ganhos da abertura, assim como Usiminas, que recuou 3,67 por cento, após fortes ganhos recentes e diante da trégua na alta do dólar à vista frente ao real pelo segundo pregão seguido.
Hypermarcas e CIA Hering subiram 4,1 e 3,5 por cento, respectivamente, em dia de alta no setor de consumo, diante da queda das taxas futuras de juros, que também beneficiou CCR e Ecorodovias, que terminaram em alta de 2,32 e 1,92 por cento, respectivamente. No caso de CCR, também ajudou recomendação de compra do Credit Suisse após forte queda do papel por ruído regulatório e desempenho mais fraco do que suas concorrentes.
Texto atualizado às 18h06