Bovespa fecha em forte queda por cenário externo e IOF
O Ibovespa fechou em queda, diante do clima de aversão ao risco no exterior e da decisão do governo de zerar o IOF para investimentos estrangeiros em renda fixa
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2013 às 17h45.
São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa fechou em forte queda nesta quarta-feira, diante do clima de aversão ao risco no exterior e da decisão do governo brasileiro de zerar a alíquota do IOF para investimentos estrangeiros em renda fixa.
O Ibovespa caiu 2,15 %, a 52.858 pontos, segundo dados preliminares. O giro financeiro do pregão foi de 7,33 bilhões de reais. O dia também foi marcado por fortes quedas nas principais bolsas globais.
"Esse quadro de indefinição da economia norte-americana deixa os investidores de fora do mercado", disse o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, citando as persistentes preocupações sobre o futuro do programa de estímulos monetários nos Estados Unidos.
A decepção com os esforços do Japão para impulsionar o crescimento econômico também contribuiu para o clima de maior aversão ao risco nos mercados globais.
Na cena doméstica, pesou a decisão do governo federal de cortar de 6 % para zero a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre recursos estrangeiros destinados para a renda fixa.
"Quando existe intervenção do governo no mercado financeiro, quer dizer que as coisas não vão muito bem", disse o analista-chefe da Magliano Corretora, Henrique Kleine, citando que a medida trouxe certo desconforto entre investidores.
Segundo analistas, a decisão deve motivar alguma migração de recursos da Bovespa para a renda fixa, que também se beneficia da alta dos juros --o mercado espera que a Selic, hoje em 8 %, termine 2013 em 8,5 % ao ano.
A mudança no IOF também trouxe forte volatilidade ao mercado cambial e movimentos bruscos para os contratos de juros futuros nesta quarta-feira.
"Muito mais do que a medida em si, é a comunicação do governo que atrapalha", disse o sócio-sênior da Humaitá Investimentos, Guido Chagas.
"Você acredita em quê? No que ele (governo) está fazendo ou no que ele está falando? As sinalizações são contraditórias", avaliou. "Isso só aumenta a incerteza com o Brasil e afugenta o investidor de longo prazo." Em maio, investidores estrangeiros retiraram pouco mais de 1 bilhão de reais da Bovespa, em meio às preocupações com as perspectivas para a economia brasileira.
São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa fechou em forte queda nesta quarta-feira, diante do clima de aversão ao risco no exterior e da decisão do governo brasileiro de zerar a alíquota do IOF para investimentos estrangeiros em renda fixa.
O Ibovespa caiu 2,15 %, a 52.858 pontos, segundo dados preliminares. O giro financeiro do pregão foi de 7,33 bilhões de reais. O dia também foi marcado por fortes quedas nas principais bolsas globais.
"Esse quadro de indefinição da economia norte-americana deixa os investidores de fora do mercado", disse o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, citando as persistentes preocupações sobre o futuro do programa de estímulos monetários nos Estados Unidos.
A decepção com os esforços do Japão para impulsionar o crescimento econômico também contribuiu para o clima de maior aversão ao risco nos mercados globais.
Na cena doméstica, pesou a decisão do governo federal de cortar de 6 % para zero a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre recursos estrangeiros destinados para a renda fixa.
"Quando existe intervenção do governo no mercado financeiro, quer dizer que as coisas não vão muito bem", disse o analista-chefe da Magliano Corretora, Henrique Kleine, citando que a medida trouxe certo desconforto entre investidores.
Segundo analistas, a decisão deve motivar alguma migração de recursos da Bovespa para a renda fixa, que também se beneficia da alta dos juros --o mercado espera que a Selic, hoje em 8 %, termine 2013 em 8,5 % ao ano.
A mudança no IOF também trouxe forte volatilidade ao mercado cambial e movimentos bruscos para os contratos de juros futuros nesta quarta-feira.
"Muito mais do que a medida em si, é a comunicação do governo que atrapalha", disse o sócio-sênior da Humaitá Investimentos, Guido Chagas.
"Você acredita em quê? No que ele (governo) está fazendo ou no que ele está falando? As sinalizações são contraditórias", avaliou. "Isso só aumenta a incerteza com o Brasil e afugenta o investidor de longo prazo." Em maio, investidores estrangeiros retiraram pouco mais de 1 bilhão de reais da Bovespa, em meio às preocupações com as perspectivas para a economia brasileira.