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Bovespa fecha em alta de 1,37%, com Petrobras e BB em destaque

No campo político, a expectativa do mercado é que o governo anuncie ainda nesta quarta-feira o contingenciamento do Orçamento

Bovespa: "O mercado está conseguindo manter uma percepção mais otimista de recuperação da economia (do país)" (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: "O mercado está conseguindo manter uma percepção mais otimista de recuperação da economia (do país)" (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 29 de março de 2017 às 18h03.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta quarta-feira, engatando a sexta sessão seguida no azul, tendo as ações da Petrobras e do Banco do Brasil entre os maiores ganhos.

O Ibovespa subiu 1,37 por cento, a 65.528 pontos. Em seis pregões, o índice acumulou alta de 4 por cento. O giro financeiro somou 9,7 bilhões de reais.

"O mercado está conseguindo manter uma percepção mais otimista de recuperação da economia (do país) e de mudança dos múltiplos das empresas com uma queda mais forte dos juros", disse o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo.

No campo político, a expectativa do mercado é que o governo anuncie ainda nesta quarta-feira o contingenciamento do Orçamento e eventuais aumentos de impostos para cumprir a meta fiscal deste ano.

Esta semana, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles adiantou que o governo estima receitas extras de cerca de 17 bilhões de reais para 2017 com devolução à União de hidrelétricas e com questão envolvendo precatórios.

Segundo fontes ouvidas pela Reuters, o corte deve ficar em torno de 30 bilhões de reais, e deve ser promovida a reoneração da folha de pagamentos.

No exterior, o mercado seguiu atento aos desdobramentos do chamado Brexit após a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, iniciar formalmente o processo de separação da União Europeia dizendo que a decisão "não tem volta".

Destaques

- PETROBRAS PN teve alta de 3,58 por cento e PETROBRAS ON avançou 3,27 por cento, acompanhando a alta dos preços do petróleo no mercado internacional, impulsionados pela avanço menor que o esperado dos estoques norte-americanos, interrupções no fornecimento na Líbia e expectativa de que uma redução da produção liderada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo deve ser estendida.[O/R]

- BANCO DO BRASIL ON subiu 3,63 por cento, após analistas da UBS Securities elevarem o preço-alvo dos papéis do banco para 34 reais, ante 23 reais, e alterarem a recomendação para "neutra", ante "venda".

- BRADESCO PN teve alta de 2,08 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN valorizou-se em 1,48 por cento. Dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira mostraram recuo na inadimplência do mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres, para 5,6 por cento em fevereiro, ante 5,7 por cento em janeiro.

- VALE PNA avançou 0,88 por cento e VALE ON ganhou 1,01 por cento, na terceira sessão seguida de ganhos, após o anúncio da escolha do novo presidente. Nos três pregões, os papéis PNA acumularam ganhos de 5,4 por cento. A sessão foi marcada ainda por alta nos contratos futuro do aço e de minério de ferro na China.

- USIMINAS PNA subiu 2,3 por cento. Na véspera, o fundo Geração Futuro L Par, do empresário Lírio Parisotto, indicou o advogado Mario Daud Filho para a eleição à presidência do conselho de administração da Usiminas, para substituir Elias Brito, indicado pelo grupo controlador Ternium.

- CETIP ON subiu 0,92 por cento, no último dia de negociação antes da conclusão de troca de ações com BM&FBOVESPA, que avançou 3,64 por cento.

- JBS ON caiu 0,66 por cento, ainda em meio aos desdobramentos da operação Carne Fraca, da Polícia Federal. A empresa informou que vai dar férias coletivas por 20 dias aos funcionários de dez de suas 36 unidades de abate bovinos no Brasil, a partir da próxima segunda-feira, para ajustar a capacidade da empresa às restrições impostas ao setor.

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