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Bovespa cai 0,62% com exterior e cautela com Petrobras

Por Sueli Campo São Paulo - O ceticismo com a reunião do G-20 somado às renovadas incertezas em relação às economias de países da Europa e mais resultados desapontadores de empresas nos EUA deixaram os investidores novamente na defensiva no mercado internacional e, por tabela, aqui. Diante desse panorama adverso, a Bovespa voltou a trabalhar […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2010 às 17h36.

Por Sueli Campo

São Paulo - O ceticismo com a reunião do G-20 somado às renovadas incertezas em relação às economias de países da Europa e mais resultados desapontadores de empresas nos EUA deixaram os investidores novamente na defensiva no mercado internacional e, por tabela, aqui.

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Diante desse panorama adverso, a Bovespa voltou a trabalhar alinhada com Nova York e não teve nenhuma pausa no movimento de baixa. Na mínima do pregão, registrada no comecinho da tarde, o Ibovespa chegou a registrar perda de 0,95%, descendo aos 70.941 pontos, mas depois conseguiu pelo menos reaver os 71 mil pontos. O índice à vista fechou a quinta-feira em baixa de 0,62%, em 71.195,16 pontos, com volume financeiro de R$ 5,990 bilhões.

A queda de cerca de 1,5% nas ações da Petrobras, que divulga após o fechamento o seu balanço do terceiro trimestre, também ajudou a pressionar a Bolsa brasileira. Petrobras PN caiu 1,51% e a ON cedeu 1,47%. Esse recuo dos papéis revela a cautela dos investidores com o balanço, que deve vir mais para "neutro", com vários pontos negativos entre os quais aumento de custos. Mas a expectativa é de um lucro maior do que o apurado no trimestre anterior.

Com uma agenda esvaziada nos EUA devido ao feriado em comemoração ao Dia do Veterano, os investidores centraram fogo no lado corporativo, que não trouxe boas notícias. O balanço da gigante Cisco Systems com projeções pessimistas de receita forçou uma queda mais acentuada no Nasdaq e no Dow Jones, que caíam 0,85% e 0,64% às 18h20, e trouxe a reboque a preocupação de que outras empresas também anunciem projeções menores do que as previstas. As ações da Cisco desabavam 16%.

Além do efeito Cisco, pesaram sobre os negócios o ceticismo do mercado em relação ao encontro do G-20, que começou hoje em Seul, na Coreia do Sul, no sentido de resolver o desequilíbrio cambial e mais as preocupações com a rolagem das dívidas de países da Europa no começo da semana que vem. Também causou preocupação o avanço da inflação na China para 4,4% em outubro ante outubro do ano passado, a maior alta em dois anos, o que fez crescer a expectativa de que novas medidas de aperto monetário possam estar a caminho.

Esses números da China de hoje criaram uma expectativa ainda maior em relação aos indicadores do país que serão conhecidos nesta madrugada. Ou seja, amanhã os mercados abrem digerindo os dados chineses de vendas no varejo, produção industrial e inflação, todos referentes a outubro.

As ações da Vale operaram no sentido inverso ao do Ibovespa, beneficiadas pela alta das commodities metálicas (o cobre subiu 1,3% em Nova York). Vale PNA encerrou o pregão com valorização de 0,28% e a ON teve ganho de 0,43%.

As construtoras também foram destaque positivo, contribuindo para conter a queda do Ibovespa. O resultado recorde anunciado ontem à noite pela MRV Engenharia contagiou todo o setor, trazendo boas perspectivas para os outros balanços que estão na fila. Após o fechamento saem os números de Cyrela e Rossi, que subiram respectivamente 1,20% e 2,50%. Gafisa ON avançou 2,62%. Mas quem roubou a cena foi MRV, que disparou 6,80%, liderando os ganhos do Ibovespa.

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