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Bovespa avança apesar de dados ruins nos EUA

Por Olívia Bulla São Paulo - O número de postos de trabalho eliminados nos Estados Unidos em setembro foi quase dez vezes maior que o previsto pelos economistas, mas a Bolsa de Valores de São Paulo registra ganhos no início da sessão de hoje. Os dados fracos do mercado de trabalho norte-americano podem ser o […]

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2010 às 07h27.

Por Olívia Bulla

São Paulo - O número de postos de trabalho eliminados nos Estados Unidos em setembro foi quase dez vezes maior que o previsto pelos economistas, mas a Bolsa de Valores de São Paulo registra ganhos no início da sessão de hoje. Os dados fracos do mercado de trabalho norte-americano podem ser o motivo para o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) adotar medidas adicionais de estímulo à economia. As atenções hoje também estão voltadas para o desempenho das ações de primeira linha, como as da Petrobras, no Brasil. Às 10h26 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) avançava 0,10%, aos 69.990 pontos.

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A economia dos EUA cortou 95 mil empregos em setembro, depois que trabalhadores contratados para o censo deste ano foram desligados e governos estaduais e locais eliminaram vagas. O dado foi muito pior que o corte de 10 mil vagas esperado pelos economistas. O setor privado criou 64 mil empregos no mês passado, ante previsão de 85 mil vagas.

Para o economista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, é praticamente iminente uma nova ação do Fed para incentivar a economia norte-americana. "Em agosto, o Fed disse que poderia atuar. Em setembro, que estava pronto para atuar. Agora, não tem mais jeito: eles vão ter de agir e, se demorar muito mais, a situação só tende a piorar", avaliou Galdi, lembrando que "a pedra no sapato" da economia dos EUA é o emprego e a habitação.

No Brasil, o foco recai sobre as ações de primeira linha. Depois de uma série de rebaixamentos nas recomendações para as ações da Petrobras, hoje foi a vez da Fator Corretora revisar para baixo o preço-alvo dos papéis PN da companhia e manter a recomendação para as ações da estatal em "manutenção". Fontes disseram que, além da pressão vinda por essas recomendações nos últimos dias, questões políticas têm afastado os investidores da estatal, em meio à maior participação do governo na companhia e especulações sobre irregularidades em contratos.

Os rumores passaram a afetar não só a estatal de petróleo. Em relatório divulgado hoje, o UBS reduziu a recomendação para as ações da Vale, de comprar para neutro, citando ingerências políticas sobre a mineradora. Essas pressões devem se intensificar, diante das negociações de um novo código para o setor no País.

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