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BOVESPA-Após ano sem brilho, bolsa deve ter 2011 melhor

Por Rodolfo Barbosa e Elzio Barreto SÃO PAULO, 30 de dezembro (Reuters) - Os receios com a recuperação dos Estados Unidos, a crise fiscal da Europa e o aperto monetário na China fizeram a Bovespa terminar 2010 com desempenho distante das previsões de analistas, mas a expectativa é que a melhora do cenário externo no […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2010 às 15h25.

Por Rodolfo Barbosa e Elzio Barreto

SÃO PAULO, 30 de dezembro (Reuters) - Os receios com a
recuperação dos Estados Unidos, a crise fiscal da Europa e o
aperto monetário na China fizeram a Bovespa terminar 2010 com
desempenho distante das previsões de analistas, mas a
expectativa é que a melhora do cenário externo no ano que vem
se traduza em um período mais positivo para o mercado acionário
doméstico.

Muitos analistas previam ao longo do ano que o Ibovespa
--principal índice de ações da bolsa paulista-- conseguisse
novos recordes históricos, encerrando 2010 entre 74 mil e 75
mil pontos.

As projeções não se confirmaram também devido ao fraco
desempenho das ações da Petrobras , que sofreram em
meio ao longo processo de capitalização da estatal. As ações
preferenciais da empresa amargam queda de quase 24 por cento no
ano até 29 de dezembro.

"É preciso levar em conta o ótimo 2009 que o Brasil teve
depois de um difícil 2008", apontou o chefe de ações para
América Latina na Baring Asset Management, em Londres, Roberto
Lampl.

No ano passado, o Ibovespa registrou valorização ao redor
de 83 por cento, após perder cerca de 41 por cento nos 12 meses
de 2008, no estouro da crise financeira global.

Em 2010, o índice teve sua máxima durante os negócios no
começo de novembro, aos 73.103 pontos, sem romper o recorde
histórico de 73.920 tocado no fim de maio de 2008. A mínima
intradia deste ano ficou em 57.633 pontos, em maio, diante de
visões ruins sobre os EUA e por temores sobre a zona do euro.

"Vamos para frente, o mundo inteiro caindo em dívidas e a
gente com espaço para crescer aqui", afirmou o analista sênior
da BB Investimentos Hamilton Moreira.

"Com certeza nós esperávamos que a Petrobras tivesse uma
performance melhor. Ela travou bem o índice, tem a ver com a
capitalização. Com a eleição presidencial definida, os
fundamentos da empresa continuam. E com os EUA voltando a
crescer, as petrolíferas serão favorecidas", acrescentou.

Para 2011, a previsão é que o Ibovespa termine o ano na
faixa dos 80 mil pontos, segundo a mediana das estimativas de
23 analistas, estrategistas e gestores de fundo consultados
pela Reuters no início de dezembro. Isso representaria alta em
torno de 15 por cento sobre o atual patamar.

ALTAS DE DESTAQUE

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Por Rodolfo Barbosa e Elzio Barreto

SÃO PAULO, 30 de dezembro (Reuters) - Os receios com a
recuperação dos Estados Unidos, a crise fiscal da Europa e o
aperto monetário na China fizeram a Bovespa terminar 2010 com
desempenho distante das previsões de analistas, mas a
expectativa é que a melhora do cenário externo no ano que vem
se traduza em um período mais positivo para o mercado acionário
doméstico.

Muitos analistas previam ao longo do ano que o Ibovespa
--principal índice de ações da bolsa paulista-- conseguisse
novos recordes históricos, encerrando 2010 entre 74 mil e 75
mil pontos.

As projeções não se confirmaram também devido ao fraco
desempenho das ações da Petrobras , que sofreram em
meio ao longo processo de capitalização da estatal. As ações
preferenciais da empresa amargam queda de quase 24 por cento no
ano até 29 de dezembro.

"É preciso levar em conta o ótimo 2009 que o Brasil teve
depois de um difícil 2008", apontou o chefe de ações para
América Latina na Baring Asset Management, em Londres, Roberto
Lampl.

No ano passado, o Ibovespa registrou valorização ao redor
de 83 por cento, após perder cerca de 41 por cento nos 12 meses
de 2008, no estouro da crise financeira global.

Em 2010, o índice teve sua máxima durante os negócios no
começo de novembro, aos 73.103 pontos, sem romper o recorde
histórico de 73.920 tocado no fim de maio de 2008. A mínima
intradia deste ano ficou em 57.633 pontos, em maio, diante de
visões ruins sobre os EUA e por temores sobre a zona do euro.

"Vamos para frente, o mundo inteiro caindo em dívidas e a
gente com espaço para crescer aqui", afirmou o analista sênior
da BB Investimentos Hamilton Moreira.

"Com certeza nós esperávamos que a Petrobras tivesse uma
performance melhor. Ela travou bem o índice, tem a ver com a
capitalização. Com a eleição presidencial definida, os
fundamentos da empresa continuam. E com os EUA voltando a
crescer, as petrolíferas serão favorecidas", acrescentou.

Para 2011, a previsão é que o Ibovespa termine o ano na
faixa dos 80 mil pontos, segundo a mediana das estimativas de
23 analistas, estrategistas e gestores de fundo consultados
pela Reuters no início de dezembro. Isso representaria alta em
torno de 15 por cento sobre o atual patamar.

ALTAS DE DESTAQUE

Apesar do desempenho do Ibovespa não ter deixado o mercado
satisfeito, alguns papéis se sobressaíram positivamente em
2010, notadamente aqueles de empresas ligadas à economia
interna e menos dependentes do exterior.

O índice de ações brasileiras do setor imobiliário
acumulava até 29 de dezembro ganho de perto de 10 por cento em
2010, enquanto o que acompanha empresas voltadas ao consumo
tinha alta de cerca de 24,5 por cento.

"Foi um ano em que aqueles que estavam fora de petróleo e
siderurgia se beneficiaram", resumiu o gestor de renda variável
da Mercatto Investimentos, Roni Lacerda.

O estrategista para investidores de varejo da Ágora
Corretora, Francisco Cataldo, citou como destaques a varejista
de roupas Lojas Renner e a fabricante de bebidas
AmBev . Para 2011, ele mantém a aposta em companhias
expostas ao mercado doméstico. "Vão ser as nossas preferidas",
afirmou.

Dentro do Ibovespa, a maior alta do ano ficou com a ação
ordinária Souza Cruz , que subiu até o último pregão
cerca de 60 por cento, seguida pelos papéis preferenciais da
AmBev , que no mesmo intervalo avançaram ao redor de
48 por cento. As ações ordinárias da Lojas Renner ,
por sua vez, tivberam ganho na casa dos 43 por cento.

(Reportagem adicional de Luciana Lopez; Edição de Cesar
Bianconi)

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