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Bovespa acompanha exterior e abre em alta

A expectativa de que o IPCA pudesse surpreender para cima hoje foi frustrada, já que o dado subiu 0,47% no mês passado, de +0,60% em fevereiro

Bovespa: por volta das 10h10, o Ibovespa subia 0,53%, aos 56.210,02 pontos, na máxima (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 10h54.

São Paulo - A desaceleração do IPCA em março e o estouro do teto da meta da inflação no acumulado em 12 meses devem ser relegados pela Bovespa nesta quarta-feira.

Como ambas as taxas nesses períodos vieram abaixo da mediana estimada após levantamento feito pelo AE Projeções, os negócios locais tendem a redirecionar o radar para o ambiente externo, onde as principais bolsas operam em alta após os números da balança comercial na China.

O dado tende a contribuir para um desempenho favorável da Vale, mas depois de três pregões consecutivos no azul, a Bolsa brasileira pode começar a mostrar sinais de cansaço. Por volta das 10h10, o Ibovespa subia 0,53%, aos 56.210,02 pontos, na máxima.

A expectativa de que o IPCA pudesse surpreender para cima hoje foi frustrada, já que o dado subiu 0,47% no mês passado, de +0,60% em fevereiro, ficando abaixo da mediana estimada, de 0,50%.

Nos últimos 12 meses até março, o IPCA avança 6,59%, resultado que também ficou abaixo da mediana de 6,62%. É válido lembrar que o centro da meta de inflação no País é de 4,5%, com uma margem de tolerância de dois pontos porcentuais, entre 2,5% e 6,5%.

No mercado doméstico de juros, as taxas futuras reagem ao dado em queda, diante da avaliação de que o Banco Central pode esperar um pouco mais, talvez até maio, para então iniciar o ciclo de aperto monetário. Com isso, a Bolsa brasileira deve refletir mais o comportamento dos mercados internacionais, onde o sinal positivo prevalece.


As Bolsas de Frankfurt e de Paris exibiam ganhos ao redor de 1% nesta manhã, embaladas pelo crescimento maior que o esperado da produção industrial na França. Os negócios com risco também são motivados pela China, que animam as ações de mineradoras no exterior.

O país asiático registrou um déficit comercial de US$ 880 milhões em março, após atingir um superávit comercial de US$ 15,25 bilhões em fevereiro. O resultado contrariou as expectativas de saldo positivo em US$ 14,7 bilhões no mês passado e foi influenciado pelo crescimento das importações.

As compras de produtos no exterior pela China avançaram 14,1% em março, ante igual mês de 2012, ante uma queda de 15,2% no mês anterior, na mesma base de comparação. Economistas previam alta menor para as importações, de 6,1%. Já as exportações aumentaram 10% em março, em base anual, abaixo do aumento de 21,8% no mês anterior e da previsão de alta de 12,0%.

Às 10h10, em Wall Street, o futuro do S&P 500 subia 0,19%, com os investidores já reagindo à divulgação antecipada da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve. No documento, divulgado às 10 horas, o Banco Central norte-americano afirmou que a política fiscal nos Estados Unidos se tornou mais restritiva e alguns dados econômicos do país estão um pouco mais positivos que o esperado.

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São Paulo - A desaceleração do IPCA em março e o estouro do teto da meta da inflação no acumulado em 12 meses devem ser relegados pela Bovespa nesta quarta-feira.

Como ambas as taxas nesses períodos vieram abaixo da mediana estimada após levantamento feito pelo AE Projeções, os negócios locais tendem a redirecionar o radar para o ambiente externo, onde as principais bolsas operam em alta após os números da balança comercial na China.

O dado tende a contribuir para um desempenho favorável da Vale, mas depois de três pregões consecutivos no azul, a Bolsa brasileira pode começar a mostrar sinais de cansaço. Por volta das 10h10, o Ibovespa subia 0,53%, aos 56.210,02 pontos, na máxima.

A expectativa de que o IPCA pudesse surpreender para cima hoje foi frustrada, já que o dado subiu 0,47% no mês passado, de +0,60% em fevereiro, ficando abaixo da mediana estimada, de 0,50%.

Nos últimos 12 meses até março, o IPCA avança 6,59%, resultado que também ficou abaixo da mediana de 6,62%. É válido lembrar que o centro da meta de inflação no País é de 4,5%, com uma margem de tolerância de dois pontos porcentuais, entre 2,5% e 6,5%.

No mercado doméstico de juros, as taxas futuras reagem ao dado em queda, diante da avaliação de que o Banco Central pode esperar um pouco mais, talvez até maio, para então iniciar o ciclo de aperto monetário. Com isso, a Bolsa brasileira deve refletir mais o comportamento dos mercados internacionais, onde o sinal positivo prevalece.


As Bolsas de Frankfurt e de Paris exibiam ganhos ao redor de 1% nesta manhã, embaladas pelo crescimento maior que o esperado da produção industrial na França. Os negócios com risco também são motivados pela China, que animam as ações de mineradoras no exterior.

O país asiático registrou um déficit comercial de US$ 880 milhões em março, após atingir um superávit comercial de US$ 15,25 bilhões em fevereiro. O resultado contrariou as expectativas de saldo positivo em US$ 14,7 bilhões no mês passado e foi influenciado pelo crescimento das importações.

As compras de produtos no exterior pela China avançaram 14,1% em março, ante igual mês de 2012, ante uma queda de 15,2% no mês anterior, na mesma base de comparação. Economistas previam alta menor para as importações, de 6,1%. Já as exportações aumentaram 10% em março, em base anual, abaixo do aumento de 21,8% no mês anterior e da previsão de alta de 12,0%.

Às 10h10, em Wall Street, o futuro do S&P 500 subia 0,19%, com os investidores já reagindo à divulgação antecipada da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve. No documento, divulgado às 10 horas, o Banco Central norte-americano afirmou que a política fiscal nos Estados Unidos se tornou mais restritiva e alguns dados econômicos do país estão um pouco mais positivos que o esperado.

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