Bovespa abre em queda
Bolsa deve engatar uma realização de lucros mais contundente nesta sessão, devolvendo parte dos ganhos de 10% acumulados desde o início de janeiro
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 10h37.
São Paulo - Depois de interromper a sequência de altas na última sexta-feira e fechar o dia em ligeira queda, beirando a estabilidade, a Bovespa deve engatar uma realização de lucros mais contundente nesta sessão, devolvendo parte dos ganhos de 10% acumulados desde o início de janeiro. A magnitude do movimento depende também dos desdobramentos da Grécia e dos indicadores nos EUA. Mas não deve ser nada que ameace a casa dos 60 mil pontos. Por volta das 11h05, o Ibovespa caía 0,86%, aos 62.362,38 pontos, na pontuação mínima após a abertura.
O analista da Ágora Invest Daniel Marques diz que já esperava para antes a realização de lucros sinalizada para esta segunda-feira pela Bolsa. Para ele, o movimento hoje deve ser mais forte, mas não deve ir abaixo dos 61,5 mil pontos. "Essa região deve ser defendida", avalia. Além disso, o profissional acredita que a tendência de alta da Bolsa também não deve ser alterada. "Não tem nada de enfraquecimento", completa.
O gestor de renda variável da Máxima Asset Management, Felipe Casotti, também desconfia do tamanho da realização de lucros da Bolsa hoje. Ao mesmo tempo, ele mostra-se descrente quanto ao desempenho do mercado acionário doméstico ao longo de 2012. "Essa euforia talvez não se repita", afirma, referindo-se ao comportamento em janeiro.
Para Casotti, a valorização em torno de 10% da Bolsa neste mês está mais relacionada a um alívio do que a uma recuperação. "O cenário de estresse, de ruptura da Europa e de crise sistêmica, que prevaleceu em 2011, é menos factível hoje. A percepção entre os investidores mudou bastante e passou a ser de relativa tranquilidade", avalia. Nesse sentido, ele lembra que a Bolsa figurou no ranking dos piores desempenhos no ano passado. "Mas esse ano já estamos entre os que mais subiram", ressalta, acrescentando que esse movimento ocorreu por causa dos preços baixos das ações brasileiras.
E o cenário externo volta a preocupar os investidores. Pelo segundo fim de semana consecutivo, o governo de Atenas não chegou a um acordo final com seus credores privados, turvando as condições de solvência do país e deslocando as atenções dos negócios para o encontro de cúpula da União Europeia (UE), que acontece hoje em Bruxelas. O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, embarcou rumo à Bélgica com um pacto entre as lideranças políticas de apoio para uma nova série de medidas de austeridade fiscal, a fim de que o país receba um segundo pacote de resgate financeiro, avaliado em 130 bilhões de euros.
São Paulo - Depois de interromper a sequência de altas na última sexta-feira e fechar o dia em ligeira queda, beirando a estabilidade, a Bovespa deve engatar uma realização de lucros mais contundente nesta sessão, devolvendo parte dos ganhos de 10% acumulados desde o início de janeiro. A magnitude do movimento depende também dos desdobramentos da Grécia e dos indicadores nos EUA. Mas não deve ser nada que ameace a casa dos 60 mil pontos. Por volta das 11h05, o Ibovespa caía 0,86%, aos 62.362,38 pontos, na pontuação mínima após a abertura.
O analista da Ágora Invest Daniel Marques diz que já esperava para antes a realização de lucros sinalizada para esta segunda-feira pela Bolsa. Para ele, o movimento hoje deve ser mais forte, mas não deve ir abaixo dos 61,5 mil pontos. "Essa região deve ser defendida", avalia. Além disso, o profissional acredita que a tendência de alta da Bolsa também não deve ser alterada. "Não tem nada de enfraquecimento", completa.
O gestor de renda variável da Máxima Asset Management, Felipe Casotti, também desconfia do tamanho da realização de lucros da Bolsa hoje. Ao mesmo tempo, ele mostra-se descrente quanto ao desempenho do mercado acionário doméstico ao longo de 2012. "Essa euforia talvez não se repita", afirma, referindo-se ao comportamento em janeiro.
Para Casotti, a valorização em torno de 10% da Bolsa neste mês está mais relacionada a um alívio do que a uma recuperação. "O cenário de estresse, de ruptura da Europa e de crise sistêmica, que prevaleceu em 2011, é menos factível hoje. A percepção entre os investidores mudou bastante e passou a ser de relativa tranquilidade", avalia. Nesse sentido, ele lembra que a Bolsa figurou no ranking dos piores desempenhos no ano passado. "Mas esse ano já estamos entre os que mais subiram", ressalta, acrescentando que esse movimento ocorreu por causa dos preços baixos das ações brasileiras.
E o cenário externo volta a preocupar os investidores. Pelo segundo fim de semana consecutivo, o governo de Atenas não chegou a um acordo final com seus credores privados, turvando as condições de solvência do país e deslocando as atenções dos negócios para o encontro de cúpula da União Europeia (UE), que acontece hoje em Bruxelas. O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, embarcou rumo à Bélgica com um pacto entre as lideranças políticas de apoio para uma nova série de medidas de austeridade fiscal, a fim de que o país receba um segundo pacote de resgate financeiro, avaliado em 130 bilhões de euros.