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Bovespa abre em queda de olho no exterior e na Vale

À espera de novas declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), os índices futuros das Bolsas de Nova York exibem queda

Bovespa: às 10h20, o Índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,54%, aos 47.164 pontos, na mínima do dia (Marcos Issa/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 10h57.

São Paulo - Apesar das fortes perdas da véspera, a BM&FBovespa abriu o pregão desta quarta-feira novamente em queda, de olho no comportamento dos mercados internacionais e atenta ao balanço da Vale.

À espera de novas declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), os índices futuros das Bolsas de Nova York exibem queda, com os investidores cada vez mais receosos quanto ao iminente início da retirada de estímulos monetários nos EUA. Às 10h20, o Índice Bovespa ( Ibovespa ) caía 0,54%, aos 47.164 pontos, na mínima do dia.

O analista sênior do BB Investimentos, Hamilton Alves, lembra que os mercados acionários passam por um processo de correção técnica, diante da possibilidade crescente de retirada dos estímulos.

"Os dirigentes do Fed já estão falando disso, o que mostra que o assunto está ganhando força", avalia, lembrando que agosto é um mês de férias no Hemisfério Norte. "Se não fosse acontecer algo logo, eles nem falariam nada", completa.

De fato, as de declarações dos presidentes das distritais do Fed em Atlanta, Dennis Lockhart, em Dallas, Richard Fischer, e em Chicago, Charles Evans, reforçaram as possibilidades de diminuição da compra de bônus em breve - talvez setembro ou até dezembro.

Em busca de pistas sobre o momento exato do início dessa retirada, os investidores monitoram nesta quarta-feira os discursos do presidente da distrital da Filadélfia, Charles Plosser (13h30), e de Cleveland, Sandra Pianalto (14h45).


Às 9h50, em Wall Street, o futuro do S&P 500 caía 0,27%, sinalizando uma continuidade da queda registrada nesta terça-feira, 06, quando o índice acionário do país fechou abaixo dos 1,7 mil pontos na sessão regular. Ainda na agenda econômica norte-americana, às 16 horas, sai o crédito ao consumidor em junho.

De acordo com Alves, do BB, a grande questão para os mercados financeiros é saber o ritmo da retirada dos estímulos americanos. "Se for algo gradual, ficará a expectativa entre os ativos de risco de que pode haver espaço para cair mais, dificultando uma retomada da trajetória de alta", avalia.

"Isso seria uma tortura para os mercados." Do contrário, acrescenta, "há uma queda abrupta", mas depois, inicia-se uma recomposição, diante dos sinais mais firmes da economia dos EUA.

Com isso, os índices acionários globais tendem a oscilar entre os intervalos recentes, entre os topos e fundos alcançados, aguçando a volatilidade. O noticiário corporativo também pode agitar os negócios. A expectativa dos investidores nesta quarta-feira girará em torno do balanço da Vale no segundo trimestre, que será divulgado após o fechamento do mercado.

Os números da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de abril a junho, divulgados nesta terça-feira à noite, também estarão em evidência. A siderúrgica reportou lucro, Ebitda ( lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e receita acima das expectativas de analistas. A Petrobras anunciou que atingiu em julho recorde mensal de processamento de óleo em refinarias no Brasil.

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São Paulo - Apesar das fortes perdas da véspera, a BM&FBovespa abriu o pregão desta quarta-feira novamente em queda, de olho no comportamento dos mercados internacionais e atenta ao balanço da Vale.

À espera de novas declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), os índices futuros das Bolsas de Nova York exibem queda, com os investidores cada vez mais receosos quanto ao iminente início da retirada de estímulos monetários nos EUA. Às 10h20, o Índice Bovespa ( Ibovespa ) caía 0,54%, aos 47.164 pontos, na mínima do dia.

O analista sênior do BB Investimentos, Hamilton Alves, lembra que os mercados acionários passam por um processo de correção técnica, diante da possibilidade crescente de retirada dos estímulos.

"Os dirigentes do Fed já estão falando disso, o que mostra que o assunto está ganhando força", avalia, lembrando que agosto é um mês de férias no Hemisfério Norte. "Se não fosse acontecer algo logo, eles nem falariam nada", completa.

De fato, as de declarações dos presidentes das distritais do Fed em Atlanta, Dennis Lockhart, em Dallas, Richard Fischer, e em Chicago, Charles Evans, reforçaram as possibilidades de diminuição da compra de bônus em breve - talvez setembro ou até dezembro.

Em busca de pistas sobre o momento exato do início dessa retirada, os investidores monitoram nesta quarta-feira os discursos do presidente da distrital da Filadélfia, Charles Plosser (13h30), e de Cleveland, Sandra Pianalto (14h45).


Às 9h50, em Wall Street, o futuro do S&P 500 caía 0,27%, sinalizando uma continuidade da queda registrada nesta terça-feira, 06, quando o índice acionário do país fechou abaixo dos 1,7 mil pontos na sessão regular. Ainda na agenda econômica norte-americana, às 16 horas, sai o crédito ao consumidor em junho.

De acordo com Alves, do BB, a grande questão para os mercados financeiros é saber o ritmo da retirada dos estímulos americanos. "Se for algo gradual, ficará a expectativa entre os ativos de risco de que pode haver espaço para cair mais, dificultando uma retomada da trajetória de alta", avalia.

"Isso seria uma tortura para os mercados." Do contrário, acrescenta, "há uma queda abrupta", mas depois, inicia-se uma recomposição, diante dos sinais mais firmes da economia dos EUA.

Com isso, os índices acionários globais tendem a oscilar entre os intervalos recentes, entre os topos e fundos alcançados, aguçando a volatilidade. O noticiário corporativo também pode agitar os negócios. A expectativa dos investidores nesta quarta-feira girará em torno do balanço da Vale no segundo trimestre, que será divulgado após o fechamento do mercado.

Os números da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de abril a junho, divulgados nesta terça-feira à noite, também estarão em evidência. A siderúrgica reportou lucro, Ebitda ( lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e receita acima das expectativas de analistas. A Petrobras anunciou que atingiu em julho recorde mensal de processamento de óleo em refinarias no Brasil.

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