Mercados

Bovespa abre em queda com sinal negativo externo

Apesar da queda na abertura, a Bolsa brasileira caminha para mais uma semana de alta - a terceira seguida - na melhor sequência de valorização no ano


	Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,29%, aos 48.926,19 pontos
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,29%, aos 48.926,19 pontos (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2013 às 11h05.

São Paulo - O sinal negativo vindo dos mercados internacionais embute uma abertura em queda da BM&FBovespa nesta sexta-feira, mas a tendência para o dia ainda é indefinida.

Se os investidores estrangeiros resolverem dar continuidade ao movimento de zeragem de posições vendidas, no mercado futuro, combinado com compras de ações brasileiras, no mercado à vista, a trajetória recente de alta dos negócios locais tende a continuar.

Contudo, não se pode descartar uma realização de lucros nesta sessão. Seja como for, a Bolsa brasileira caminha para mais uma semana de alta - a terceira seguida - na melhor sequência de valorização no ano. Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,29%, aos 48.926,19 pontos.

Um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista avalia que as bolsas no exterior puxam um início de pregão doméstico no terreno negativo.

No horário acima, o futuro do S&P 500 caía 0,53%, antes da divulgação do único indicador norte-americano previsto para hoje. Logo mais, às 10h55, a Universidade de Michigan informa a leitura final de julho do índice de sentimento do consumidor norte-americano.

Para o profissional, porém, tudo indica que os investidores estão "em compasso de espera" pelos eventos previstos para a semana que vem nos Estados Unidos, quando o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve reúne-se e anuncia a decisão de política monetária, dois dias antes da divulgação do relatório oficial do mercado de trabalho norte-americano (payroll).


"Os mercados devem ficar de lado até lá", avalia.

O chefe da mesa de renda variável de outro corretora paulista lembra que as Bolsas de Nova York estão nas máximas históricas, ou perto delas, na expectativa por uma notícia mais forte, capaz de incitar um movimento intenso de embolso dos ganhos ou, ao contrário, de renovar o fôlego rumo a novas altas. "Falta um gatilho para desarmar de vez ou para retomar o gás", explica.

Os especialistas consultados também ressaltam a importância em monitorar a posição dos investidores estrangeiros nos mercados à vista e futuro de Bolsa.

Dados da BM&F Bovespa atualizados até ontem mostram que os "gringos" encerraram o dia com um descoberto inferior a 50 mil contratos na queda do derivativo, retrocedendo a níveis verificados apenas no início deste ano, agora em 49.397 contratos em aberto.

"Essa operação inversa tem ajudado a Bolsa a registrar alta em sete das últimas nove sessões", explica um dos profissionais consultados, referindo-se à valorização de 7,76% acumulada no período.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valores

Mais de Mercados

Santander eleva recomendação de Bradesco e aposta em crescimento de ROE

EXCLUSIVO: Rio Bravo se prepara para soltar o ETF 'menos passivo' da bolsa

Fiagros enfrentam crise sistêmica, diz Evandro Buccini, da Rio Bravo

Após desistir da Braskem, Adnoc fecha a compra da alemã Covestro