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Bovespa abre em baixa puxada por exterior

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, em meio à aversão ao risco no exterior, diante da piora da situação dos chamados Piigs (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha). Números ruins sobre a atividade manufatureira na China agravam a situação e penalizam as commodities. Às 10h13 […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2011 às 10h26.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, em meio à aversão ao risco no exterior, diante da piora da situação dos chamados Piigs (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha). Números ruins sobre a atividade manufatureira na China agravam a situação e penalizam as commodities. Às 10h13 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 1,41%, para 61.714 pontos.

A já debilitada crise das dívidas soberanas na Europa se agravou desde a última sexta-feira, quando a Standard & Poor's (S&P) rebaixou a perspectiva do rating (classificação de risco) da Itália, de estável para negativa, citando a débil projeção de crescimento econômico e as menores probabilidades de o país melhorar sua situação fiscal. Ontem, na Espanha, o governo socialista sofreu dura derrota nas eleições regionais - após uma semana de protestos contra o desemprego elevado -, transformando o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero no mais novo alvo da crise econômica que assola o Velho Continente.

Do outro lado do mundo, a atividade industrial chinesa perdeu tração no início deste mês, caindo para o menor nível dos últimos dez meses. A leitura preliminar do índice PMI HSBC da China cedeu para 51,1 em maio, ante um dado final de 51,8 em abril. Outro dado mostrou queda nas importações de alguns metais básicos, como cobre e minério de ferro, replicando o sinal positivo das bolsas também nas commodities.

Nos Estados Unidos, a semana começou com uma queda do índice de atividade regional do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Chicago, de 0,32 em março para -0,45 em abril. Ao longo da semana, são esperados dados do Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre passado, do setor imobiliário e dos gastos do consumidor.

O economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante, destaca que o ambiente brasileiro também está repleto de incertezas. Apesar da nova rodada de melhora nas projeções do mercado financeiro para a alta do IPCA em 2011, de 6,31% para 6,27%, segundo a pesquisa Focus, o especialista ressalta que o indicador ainda está muito próximo do teto da meta de inflação e deve seguir assim ainda no segundo semestre de 2011.

Diante disso, Amarante indaga: "O que motivaria um investidor a comprar ações hoje?". Para ele, nenhum cenário (interno ou externo) favorece aplicações em renda variável e novas quedas não podem ser descartadas. "Inicialmente, o Ibovespa deve buscar os 60 mil pontos", avalia, ressaltando que tentativas pontuais de recuperação podem estimular algumas ações, sobretudo as relacionadas aos setores de energia elétrica e telecomunicações, tidos como mais defensivos.

Indefinições sobre o plano de investimento estratégico da Petrobras e sobre a nova gestão da Vale reduzem o ímpeto das ações de primeira linha. Ainda sobre o noticiário corporativo, rumores de que a subsidiária brasileira do Carrefour pode tentar fazer uma fusão com o Grupo Pão de Açúcar podem agitar os papéis da maior varejista nacional.

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São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, em meio à aversão ao risco no exterior, diante da piora da situação dos chamados Piigs (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha). Números ruins sobre a atividade manufatureira na China agravam a situação e penalizam as commodities. Às 10h13 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 1,41%, para 61.714 pontos.

A já debilitada crise das dívidas soberanas na Europa se agravou desde a última sexta-feira, quando a Standard & Poor's (S&P) rebaixou a perspectiva do rating (classificação de risco) da Itália, de estável para negativa, citando a débil projeção de crescimento econômico e as menores probabilidades de o país melhorar sua situação fiscal. Ontem, na Espanha, o governo socialista sofreu dura derrota nas eleições regionais - após uma semana de protestos contra o desemprego elevado -, transformando o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero no mais novo alvo da crise econômica que assola o Velho Continente.

Do outro lado do mundo, a atividade industrial chinesa perdeu tração no início deste mês, caindo para o menor nível dos últimos dez meses. A leitura preliminar do índice PMI HSBC da China cedeu para 51,1 em maio, ante um dado final de 51,8 em abril. Outro dado mostrou queda nas importações de alguns metais básicos, como cobre e minério de ferro, replicando o sinal positivo das bolsas também nas commodities.

Nos Estados Unidos, a semana começou com uma queda do índice de atividade regional do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Chicago, de 0,32 em março para -0,45 em abril. Ao longo da semana, são esperados dados do Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre passado, do setor imobiliário e dos gastos do consumidor.

O economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante, destaca que o ambiente brasileiro também está repleto de incertezas. Apesar da nova rodada de melhora nas projeções do mercado financeiro para a alta do IPCA em 2011, de 6,31% para 6,27%, segundo a pesquisa Focus, o especialista ressalta que o indicador ainda está muito próximo do teto da meta de inflação e deve seguir assim ainda no segundo semestre de 2011.

Diante disso, Amarante indaga: "O que motivaria um investidor a comprar ações hoje?". Para ele, nenhum cenário (interno ou externo) favorece aplicações em renda variável e novas quedas não podem ser descartadas. "Inicialmente, o Ibovespa deve buscar os 60 mil pontos", avalia, ressaltando que tentativas pontuais de recuperação podem estimular algumas ações, sobretudo as relacionadas aos setores de energia elétrica e telecomunicações, tidos como mais defensivos.

Indefinições sobre o plano de investimento estratégico da Petrobras e sobre a nova gestão da Vale reduzem o ímpeto das ações de primeira linha. Ainda sobre o noticiário corporativo, rumores de que a subsidiária brasileira do Carrefour pode tentar fazer uma fusão com o Grupo Pão de Açúcar podem agitar os papéis da maior varejista nacional.

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