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Bovespa abre em alta puxada por notícias da Europa

Por Olívia Bulla São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, com as sinalizações de que os governos da China e do Japão comprariam parte da dívida pública de alguns países da Europa animando os mercados em todo o mundo. A agenda econômica mais fraca dos Estados […]

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 10h07.

Por Olívia Bulla

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, com as sinalizações de que os governos da China e do Japão comprariam parte da dívida pública de alguns países da Europa animando os mercados em todo o mundo. A agenda econômica mais fraca dos Estados Unidos também contribui para manter os negócios no azul, ao mesmo tempo em que a abertura da temporada de balanços, ontem à noite pela Alcoa, renova o otimismo em relação aos números das companhias norte-americanas no fim de 2010. Às 11h06 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,54%, aos 70.508 pontos.

O ministro das Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, uniu-se à China e afirmou hoje que o governo de seu país planeja comprar mais de 20% dos bônus que serão oferecidos pela Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) neste mês. O anúncio atenuou as preocupações quanto à rolagem das dívidas dos países da periferia da zona do euro (que reúne os 17 países que utilizam o euro como moeda). O apoio renovou as esperanças de que as dificuldades na região serão contornadas.

Em relatório, a equipe de analistas do BB Investimentos comenta que, passo a passo, os países europeus vão sendo socorridos, à medida que vão necessitando de auxílio. "Enfim, ninguém quebra, mas as especulações trazem volatilidade ao mercado", avaliam.

Nos EUA, o destaque da agenda econômica vai para os dados sobre os estoques e as vendas no atacado em novembro, que saem às 13 horas (horário de Brasília). O noticiário corporativo começa a ganhar vigor, após a Alcoa abrir a safra de balanços nos EUA. A gigante do alumínio saltou de prejuízo para lucro, tanto no último trimestre do ano passado quanto no resultado acumulado de 2010, em relação ao desempenho aferido um ano antes.

No Brasil, uma série de notícias deve movimentar a Bolsa. A começar pela reportagem publicada na imprensa nacional de que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, autorizou que sua equipe negocie a venda da Cesp para o governo federal, a fim de levantar recursos para investimentos no Estado. Pela fórmula em estudo, a Cesp seria vendida para Furnas, empresa do sistema Eletrobras.

No setor de commodities, enquanto persistem os rumores sobre uma troca de comando na Vale, os investidores estarão atentos ao fato de que a Fibria está interessada em levantar cerca de R$ 1,5 bilhão com a venda de ativos. A Klabin, por sua vez, pode ser influenciada pela informação de que a atual capacidade instalada da companhia limitará suas vendas em 2011.

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